Não se pode perdoar ou ter complacência com ladrões do dinheiro público, embora, neste Brasil de tantas incongruências e leis absurdas, mesmo pegos com a mão no cofre, muitos superladrões acabam não só soltos, mas vivendo do produto do que roubaram da população, em vias opulentas, rindo da cara da sociedade. Mas e quando acontece o oposto? Quando a vida de uma pessoa, que eventualmente ocupou um cargo público e tem a vida destruída por uma série de acusações que, muito tempo depois, se comprovam que eram frágeis, sem base? Os exemplos são imensos.
Um dos casos mais incríveis, entre tantas injustiças que destruíram e continuarão destruindo vidas, é o da ex-secretária de Esportes da Prefeitura de Porto Velho, na administração de Roberto Sobrinho. Cleidimara Alves, que chegou a ser também secretária da Sejucel, no Estado, teve sua biografia jogada no lixo durante nove anos.
De uma mulher alegre e de bem com a vida, se transformou numa pessoa doente, depressiva, desesperada. Uma série de erros, incluindo pareceres de técnicos do Tribunal de Contas do Estado, que a consideraram responsáveis por ilegalidades em convênios com a Emdur, feitos em 2012, determinaram que Cleidimara deveria ser condenada, por não ter cumprido corretamente suas obrigações de exigir prestação de contas de três convênios feitos com a Emdur, à época, em valores próximos de 900 mil reais. Corrigido, esse dinheiro, que estava sendo cobrado por exigências legais, de dona Cleidimara, chegava a mais de 3 milhões e 500 mil reais.
Não há final feliz nesta história, porque ninguém e nada vai devolver a uma mulher simples e trabalhadora, o que houve para destruir sua reputação. Mas o advogado Emanuel Nery (ele também vítima de uma operação no Dnit, até hoje sem qualquer acusação formal ou comprovação de algum delito), assumiu a causa de dona Cleidimara e, quase nove anos depois, conseguiu reverter a situação.
Os conselheiros do TCE-RO, sabiamente, revogaram todas as decisões anteriores, depois da comprovação de que a então secretária fez tudo corretamente e jamais cometeu qualquer crime. Nem o de omissão.Todos os documentos que, revistos, provavam a inocência da então secretária de Esportes, estavam dentro do processo original, que a tinham condenado. Ou seja, essa vital informação não foi interpretada corretamente à época da condenação, mas, é preciso que se repita, estava lá dentro do processo. Revertida e reposta sua inocência, a partir da nova decisão do Tribunal de Contas, também as cobranças judiciais foram canceladas. Os detalhes do caso são tristes e lamentáveis, mas ao menos, no fim dele, se fez Justiça. Antes tarde do que nunca!
Guerra no campo: a chacina anunciada e as reintegrações de posse que só enxugam gelo
A chacina anunciada de Vilhena, quando um fazendeiro, sua esposa e três funcionários foram brutalmente assassinados, foi apenas mais uma, entre várias outras já ocorridas em Rondônia. Muitas outras virão, porque no campo, não existe o império da lei, mas apenas o da violência, da brutalidade, do confronto e da força.
Enquanto setores importantes da sociedade continuarem “passando o pano” sobre tais crueldades, tratando o tema apenas sob o prisma ideológico, como se todos os bandidos e assassinos fossem também apenas simples trabalhadores sem terra, não haverá paz nas áreas rurais do nosso Estado, como não existe em outras regiões. A própria legislação favorece a impunidade e a sequência de invasões.
No final de semana, por exemplo, houve reintegração de posse, mais uma vez, na Fazenda Santa Carmem, em Mutum Paraná, cenário do assassinato de policiais, por sem terra, no ano passado. Mais de 400 policiais, viaturas e helicópteros foram mobilizados. É gastar muito dinheiro público, só para enxugar gelo. Os invasores saem quando chega a polícia. Dias depois, voltam. Para outra reintegração, tem que se começar o processo na Justiça do zero. Com leis assim, as famílias que têm, propriedades e posses no campo, têm alguma chance de não serem atacadas?
Nióbio de Rondônia poderá ser usado na produção da nova super bateria
Um minério raro, com o Brasil sendo responsável por até 98 por cento da produção mundial, também existe em Rondônia vai, nos próximos anos, ajudar a revolucionar a indústria automobilística. O nióbio (que temos numa mina perto de Porto Velho, dentro do município de Espigão do Oeste), vai ser a base de uma nova super bateria para carros elétricos. Ela poderá ser abastecida com energia em apenas dez minutos e, pelos estudos iniciais, teria possibilidade de uso em até 400 quilômetros sem necessidade de nova carga.
Pelo menos duas grandes indústrias do mundo, a Volkswagen Caminhões e Ônibus e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, fizeram acordo para o desenvolvimento e produção da nova super bateria também para veículos de grande porte, com o nióbio. A maior produção do país e, consequentemente do mundo, está localizada na cidade mineira de Araxá. Em Rondônia, a mina de Itapuã ainda é pouco explorada, até porque fica localizada em áreas indígenas e de proteção ambiental.
CPI do circo acusa Bolsonaro de criar a pandemia e até de ter exterminado índios
Seria cômico, não fosse trágico! A CPI do Circo, uma das mais incríveis aberrações que o Congresso Nacional já apresentou ao país, chega ao final do jeito que todos esperavam: tornando o Presidente da República como responsável direto pela pandemia, pelas mortes e por absurdos como causador de um “crime de genocídio de indígenas”. Bolsonaro é acusado de onze crimes. Parece inacreditável, mas não é. É esse pacote de insensatez, de quase insanidade, é tudo isso que um Poder Legislativo com essa péssima qualidade faz e fez contra o país. Permite, por exemplo, que criminosos, alguns respondendo a inúmeros processos por suspeita de assaltos aos cofres públicos, possam ocupar cargos importantes e, ainda, com a missão única de destruir o governo e maltratar pessoas decentes, como o fizeram com vários dos que foram expostos à execração pública, naquele circo midiático.
Com apoio da grande mídia, a maior parte dela desesperada por ter perdido os milhões e milhões de reais do dinheiro público, que sumiram de seus cofres, os donos da CPI nada fizeram pelo país; negaram-se a investigar a roubalheira em alguns Estados e cidades Brasil afora e deixaram o Senado se tornar ainda menor. O mote político ridicularizou a CPI, toda ela circense. Lamentável!
Ministro da Educação visita IFRO de Ji-paraná e inaugura campus de Jaru
O ministro da Educação, acompanhado de vários membros da sua equipe, estará em Rondônia, dentro de duas semanas, Ele virá para visitar o Instituto Federal de Ji-Paraná e, logo depois, presidirá a solenidade de inauguração também do Ifro, mas o de Jaru, construído graças a recursos liberados pelo deputado Lúcio Mosquini, o representante da cidade na Câmara Federal. Em Ji-Paraná a visita será na parte da manhã.
O ministro Milton Ribeiro vai conhecer a estrutura do Ifro e seus laboratórios e, após, será recepcionado com um almoço, junto com as demais autoridades convidadas, pelo prefeito Isaú Fonseca. À tarde, a comitiva será recebida pelo prefeito João Gonçalves Júnior e autoridades do município, além dos deputados federais Mosquini e Mariana Carvalho, assim como pelo reitor do Ifro, Uberlando Leite e o diretor do campus de Jaru, Renato Dolmolico. Na primeira fase das obras, que serão inauguradas, já foram investidos cerca de 1 milhão e 300 mil reais. A futura clínica veterinária, salas de aula e de administração, terão investimentos de mais algo em torno de outros 8 milhões e 400 mil reais.
Governo aguarda agenda do planalto para confirmar vinda do presidente a Ji-paraná
Se a agenda for mantida, aliás, Ji-Paraná vai receber não só outros membros do primeiro escalão do governo federal, em menos de 24 horas de diferença, mas também a visita do próprio presidente Jair Bolsonaro que, ao menos até o final do sábado, não havia sido confirmada. Mas, segundo o Palácio do Governo, a vinda da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está agendada para 30 deste mês, um sábado, dia seguinte a vinda do ministro da Educação.
Segundo informação do governo rondoniense, a ministra viria para entregar ao governador Marcos Rocha, o certificado de que Rondônia é agora área livre de aftosa, sem vacinação. Na mesma solenidade, em data e horário ainda não confirmados, através da Companhia de Mineração de Rondônia, a CMR, o Estado vai doar 50 mil toneladas de calcário para produtores rurais e, ainda, começará a distribuição de seis milhões de mudas de café, iniciativa que se estenderá até meados do ano que vem. Até a noite do sábado, o Palácio do Planalto ainda não havia confirmado se Bolsonaro virá ou não a Ji-Paraná, para o evento histórico para a produção da carne rondoniense.
Números da Covid continuam muito diferentes entre boletins da SESAU e os da prefeitura
Os números da Prefeitura e dos boletins oficiais da Agevisa, Sesau e Ministério da Saúde nunca concordam. Enquanto o município apresenta resultados bem melhores, nos boletins oficiais eles sempre estão atrasados, em relação ao que informa o serviço de vacinação municipal. No Boletim 567, da sexta-feira, por exemplo, a informação era de que a Prefeitura da Capital tinha recebido um total de 710.318 vacinas de vários tipos. Teria aplicado, na primeira dose, 341.108 vacinas e, na segunda, 178.400. No total, seriam 519.508.
Onde estariam, então, as outras 190.810 doses? A Prefeitura contesta esses números e dá os seus. Até o final da semana, informa, foram aplicadas 342.556 primeiras doses e outras 186.876 da segunda. Também registrou 9.168 doses únicas e, por fim, outras 5.632 para as terceiras doses. O total bate nas 544.232 vacinas aplicadas. A Prefeitura alega que ainda não recebeu da Agevisa, ao menos seis lotes de vacinas, que já estão no Estado. Outra informação oficial vinda do Prédio do Relógio é que toda a rede municipal tem apenas 70 mil doses (e não as quase 198 mil citadas no Boletim da Sesau[SP1] ) ainda não aplicadas.
O que tanto Estado quanto Prefeitura não discordam, é que os números de contaminados, hospitalizados e de óbitos, despencaram, tanto na Capital como em todas as demais regiões do Estado. O sábado amanheceu com apenas 65 internados no Estado inteiro e apenas um óbito, ocorrido em Vilhena.
Vacinas: 70 por cento dos brasileiros e 65 por cento dos rondonienses receberam ao menos uma dose
Por falar em vacinação, os números nacionais merecem destaque especial. Até o sábado, mais de 149 milhões de brasileiros já haviam recebido ao menos uma dose de alguma das vacinas anti-Covid, representando cerca de 70 por cento de toda a população do país, hoje de aproximadamente 213 milhões de pessoas. Com as duas doses ou dose única, foram imunizados mais de 100 milhões de brasileiros, correspondendo a 47 por cento de todo o público alvo da imunização.
A meta do governo federal, segundo anuncia o ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, é que, até 31 de dezembro, toda a população do Brasil esteja vacinada, ao menos com duas doses. Os números da vacinação em Rondônia crescem, mas ainda não são tão positivos. Segundo o Boletim 567, da sexta-feira, já haviam sido aplicadas nada menos do que 1.142.114 primeiras doses, o que corresponde a cercas de 65 por cento da população rondoniense. Com as duas doses ou dose única, o número atingiu perto de 645 mil pessoas, ou 37 por cento do total dos 1 milhão e 750 mil rondonienses.
Perguntinha
Na sua opinião, qual a melhor terceira via para enfrentar Bolsonaro e Lula, na disputa presidencial de 2022: Sérgio Moro, João Dória, José Luiz Datena ou Eduardo Leite?