Os problemas relacionados ao setor de saúde pública continuam ocupando o maior tempo dos vereadores na sessão legislativa em Vilhena.
Na manhã desta terça-feira, 19, durante a última sessão ordinária do mês de outubro, os parlamentares lembraram e repetiram várias vezes o bordão do prefeito Eduardo Japonês (PV) na campanha eleitoral, “dinheiro tem, falta gestão”.
O vereador Pedrinho Sanches (Avante) reclamou do caos na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA 24h), a paralisação das obras no posto de saúde no Cristo Rei e analisou o projeto de lei nº 6.224/2021, enviado pelo prefeito, solicitando autorização para abertura de Crédito Adicional Suplementar, por Excesso de Arrecadação, no valor de R$ 6,3 milhões para suplementação de folha, salário família, auxílios e pagamentos de obrigações patronais referente aos meses de outubro, novembro e décimo terceiro salário.
Ele explicou que foi à UPA semana passada e conferiu in loco o caos pelo que se encontra a unidade, com pessoas amontoadas clamando por atendimento. “Tinham pessoas que chegaram às 10h e só foram atendidas depois das 17h”, disse. Sobre a obra paralisada do posto de saúde, Pedrinho requereu providências. “Não podemos deixar a população à mercê da sorte”, reclamou.
Já com relação ao projeto de lei, o vereador destacou que a solicitação de R$ 6,3 milhões se justifica por Excesso de Arrecadação. “Se temos excesso de arrecadação, gostaria de saber porque a saúde está um caos em Vilhena? O problema não é dinheiro, na verdade, é de gerenciamento”, observa.
A vereadora Vivian Repessold (PP) também participou do debate e questionou os motivos do projeto de lei ser enviado pelo Executivo só agora. “Esse projeto era para ter vindo à Casa de Leis antes. Isso aqui prova apenas que realmente não há organização na prefeitura”, disse.
Por sua vez, Dhonatan Pagani (PSDB) informou que o Legislativo já aprovou e autorizou projetos para a Saúde no montante de R$ 40 milhões. “Tem muito, mas muito dinheiro nos cofres do município. Mas de que adianta se não é aplicado corretamente? Lembrem: dinheiro tem, o que falta é gestão”, encerrou.
Apesar dos questionamentos dos parlamentares, o projeto de lei foi aprovado por unanimidade em plenário.