Na sessão ordinária desta quarta-feira, 3, realizada na Câmara de Cacoal, o vereador Romeu Moreira (Democratas), entre outros assuntos, destacou o discurso da ativista indígena Txai Suruí, de 24 anos, na abertura da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, na segunda-feira, 1º de novembro.
Txai é moradora de Cacoal, do povo Paiter Suruí, e foi a única brasileira a discursar no evento, diante de líderes mundiais.
Na sessão legislativa, Moreira pediu à Mesa Diretora da Casa de Leis que envie à jovem o reconhecimento por sua participação no evento mundial.
“Quero destacar, com relevância, o discurso histórico da indígena Txai Suruí, filha desta terra, filha de Almir Suruí, de Cacoal. Que orgulho para Cacoal. Uma filha desta terra sendo aplaudida, nada menos que dos presidentes dos Estados Unidos, Inglaterra, França, entre outros. Isso muitos nos orgulha e envaidece. Parabenizar a todos que estão buscando soluções para conciliar produção e respeito ao meio ambiente”, disse o parlamentar.
O DISCURSO
No discurso, ela lembrou que a poluição e as mudanças climáticas causam impactos à floresta. “Hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está falando. Ela nos diz que não temos mais tempo.” Também pediu ações urgentes: “Não é 2030 ou 2050. É agora.”
A ativista de 24 anos exortou a participação dos povos indígenas nas decisões sobre as mudanças climáticas e criticou o que chamou de “mentiras vazias” e “promessas falsas”. “Os povos indígenas estão na linha de frente da emergência climática”, disse Txai Suruí, lembrando a morte de Ari Uru-eu-wau-wau em abril de 2020.
Ari Uru-eu-wau-wau atuava em um grupo de vigilância dos povos indígenas em Rondônia. “Enquanto você fecha os olhos para a realidade, o defensor Ari Uru-eu-wau-wau, meu amigo desde criança, foi assassinado por proteger a floresta”, disse a jovem (leia mais AQUI).
