REPERCUSSÃO
Embora o governador de Rondônia Marcos Rocha tenha levado uma comitiva para a Conferência do Clima (COP 26), em Glasgow, no Reino Unido, quem se destacou no evento foi a rondoniense Txai Suruí, ativista de origem indígena e filha de Almir Suruí. Ela discursou e foi ovacionada por mais de duzentos chefes de Estado que assistiram às denúncias das atrocidades que são cometidas no Brasil e em Rondônia contra os povos indígenas. Já o governador, presente durante o discurso da rondoniense, ouviu as críticas calado e deixou o evento mudo. O discurso de Txai repercutiu mundo afora.
METAS
A presença dos governadores brasileiros à COP 26, promovida pela ONU, é importante uma vez que o Brasil vem sendo alvo de críticas por descumprir as metas ambientais assumidas no último encontro em Paris e, principalmente, pelas posições adotadas pelo governo Jair Bolsonaro em relação ao desmatamento da Amazônia. O Brasil assumiu mais uma vez a responsabilidade de estabelecer metas que reduzam os impactos ambientais, o problema é que ninguém de juízo sadio acredita mais nas propostas assumidas por Bolsonaro, visto que tem se notabilizado por não cumprir com o que promete.
IMPORTÂNCIA
Estão em solo escocês para debater as questões ambientais doze governadores brasileiros, inclusive o de Rondônia. Uma presença importantíssima para as políticas futuras na redução do desmatamento das nossas florestas e do nosso ecossistema.
DESIMPORTANTE
Mesmo não fazendo parte do consórcio verde formado por dez governadores, a presença de Marcos Rocha no solo escocês deveria ser um marco histórico para as políticas ambientais de Rondônia. O problema é que ele (Marcos Rocha) tem adotado políticas ambientais bem diversas das ações preconizadas pelos principais organizadores do evento, além de seguir cegamente as mesmas orientações equivocadas do ministério do Meio Ambiente. Entre elas, leis estaduais que abrem caminho para a depredação de reservas naturais instituídas pelo nosso Código Florestal. Portanto, perde a importância da comitiva chefiada por Marcos Rocha no evento de Glasgow e passa a ser uma viagem confundida por conotação turística, com gastos acima de duzentos mil reais o que caracteriza uma viagem de um governo perdulário.
ANÔNIMO
O ministério da educação lamentavelmente perdeu tanto a importância que ostentava em governos passados, inclusive dos generais ditadores, que o atual ocupante da pasta, Milton Ribeiro, perambulou pelos municípios do estado sem que ninguém percebesse. É uma figura tão irrelevante no mundo acadêmico que nem os mais ferrenhos militantes do bolsonarismo compareceram para abraçá-lo. Uma diferença abissal do antecessor, Abraham Weintraub, embora desprezível, mobilizava a horda ideológica por onde passava com seu malfazejo. Ribeiro é anônimo até entre a horda. Dizem que os prefeitos que o receberam requisitavam do cerimonial o nome do ministro na hora da saudação oficial.
REVOADA
Há comentários nos bastidores que o governo estadual estaria atraindo para sua base eleitoral alguns vereadores da capital. Uma revoada que teria por objetivo fazer oposição sistemática ao prefeito Hildon Chaves e assim evitar que o tucano entre na disputa pelo Governo de Rondônia.
ARMADILHAS
Uma fonte entre os edis revelou à coluna que a estratégia inicial seria criar dificuldades na execução orçamentária para que retardasse novas licitações na área estruturante onde o alcaide imprime uma administração arrojada. Outro alvo seria a licitação do lixo que deve começar nos próximos dias e há interesse no nicho de pessoas próximas ao gabinete do prefeito.
LIXO
Ao licitar o lixo a prefeitura tem que adotar todas as recomendações dos órgão de controle para que o processo seja o mais transparente possível uma vez que é o contrato mais cobiçado pelo setor por concentrar uma parte considerável de recursos. Corre na boca miúda que uma empresa conhecida na capital estaria fazendo pressão através de prepostos políticos para abocanhar o contrato milionário, embora na disputa haja pelo menos dez outras empresas nacionais do setor, melhor qualificadas e bem mais sólidas do que a que pressiona ao seu favor. Pode ser apenas fofoca a pressão, mas é bom o prefeito manter-se firme às eventuais pressões dos inimigos que moram ao lado. Remexer em lixo açula fúria de outrem e provoca urticária. Nunca é um bom negócio.
AVATAR
É um acinte uma pessoa querer voltar ao convívio dos colegas no trabalho presencial e recusar se vacinar. Estamos ainda computando a morte de pessoas acometidas pelo vírus da Covid 19, mesmo com um número considerável de vacinados. Ainda não voltamos à normalidade e precisamos que o número de pessoas vacinadas com as duas doses aumente para que possamos ter segurança de retornamos à “normalidade”. Não há direito pessoal quando o interesse individual põe em risco o coletivo. Esta lorota não cola nem para o que se autodenomina avatar.
NÉSCIO
Em alguns estados tem se repetido a ida de pessoas à justiça requerendo o “direito” de voltar ao trabalho sem a exigência da comprovação da vacina. O próprio governo brasileiro tem estimulado este tipo de conduta egoísta e descabida. Ninguém tem o direito de sair contaminado outros como se fosse algo normal, natural. Isto é um indignidade que os tribunais têm defenestrado. Embora haja néscio em toda a sociedade, o contágio pela inaptidão de um governo também deveria receber a interdição da prestação jurisdicional.