“Nunca vi isso na minha vida. É uma aberração jurídica”. Com estas palavras, o vereador Dhonatan Pagani (PSDB) se manifestou, em entrevista ao Extra de Rondônia, a respeito da resposta enviada à Câmara de Vilhena pela Secretaria Municipal de Agricultura (Semagri) com relação a requerimento aprovado por unanimidade na Casa de Leis.
O caso remete à denúncia de gastança com combustível na referida secretaria, com o parlamentar levando o caso ao plenário e revelando indícios de corrupção na gestão do prefeito Eduardo Japonês (PV) no início de outubro deste ano (leia mais AQUI e AQUI).
Na resposta enviada ao Legislativo nessa terça-feira, 16, a assessora executiva, Marcela Rodrigues de Almeida, representante da Semagri, informou que foram destacados três servidores para a execução do serviço e que queria mais prazo para o atendimento integral do requerimento, ou, em todo caso, a “recusa” da apresentação dos documentos.
“Não foi possível entregar em tempo hábil todos os requerimentos e relatórios solicitados dentro do prazo apresentado, e voltamos a solicitar mais prazo para apresentação, ou, a recusa da apresentação do restante dos documentos, sendo eles: planilha detalhada informando serviços executados, pendentes elou cancelados, digitalização dos memorandos de 2020”, disse a representante da Semagri.
Contudo, Pagani ficou perplexo com a resposta. “Já foram três dilações de prazos aprovadas, mas, mesmo assim, a Semagri não consegue providenciar todos os documentos requeridos e aprovados em sessão por unanimidade. O pior é que pedem ‘recusa’ da apresentação das informações? Nunca vi uma coisa dessa na administração pública. Até agora foram três requerimentos solicitados à Semagri e todos foram respondidos de forma incompleta. Percebo que estão tentando vencer pelo cansaço. Tudo isto só reforçam os indícios de corrupção com combustível nessa pasta. Para desvendar esse mistério, não há outra alternativa que a criação de uma CPI para saber o que está acontecendo na Semagri”, desabafou.