“O agricultor não merece alguém que está aí apenas para fazer um bico. Tem que ter alguém que se dedique”. Com essas palavras, o vereador Dhonatan Pagani (PSDB) solicitou ao prefeito Eduardo Japonês (PV) a nomeação de uma pessoa para comandar, de forma exclusiva, a Secretaria Municipal de Agricultura (Semagri) em Vilhena.
Atualmente, a pasta é comandada por Marcelo “Boca”, que também responde, simultaneamente, pela Secretaria Municipal de Obras (Semosp).
Ao ocupar a tribuna da Casa de Leis na sessão ordinária da última terça-feira, 16, o parlamentar mostrou um vídeo em que, há 30 dias, um carro atolou na Linha Chafariz, na área rural do município. No local, conforme o vereador, também atolou um caminhão. Máquinas e homens teriam ido até o local, mas nada foi resolvido. “A máquina foi lá e o serviço ficou pior. Parece que a máquina passou por lá para estragar e não para melhorar”, observou.
Pagani lembrou que elogiou dias desses o titular da pasta, mas que não pode cessar as cobranças dos agricultores. “Esses vídeos são extratos de uma secretaria que não tem voz de comando, que não tem secretário. Não é que o ‘Boca’ não seja competente, apesar de alguns momentos duvidar disso. Ocorre que não dá conta de duas secretarias. O povo está sofrendo. Essa secretaria só deve ser para fazer política, porque para fazer serviço não está parecendo. Volto a dizer: a Secretaria de Agricultura precisa de um secretário sério, alguém que, de fato, se dedique”, destacou.
Ainda na tribuna, o vereador pediu à vice-prefeita Patrícia da Glória, que estava presente na sessão, para que leve a mensagem ao prefeito. “Quando a gente fala do Poder Público, é dinheiro que está sendo jogado pro ralo. Será que é vaidade? Não faz sentido uma pessoa comandar duas secretarias desses tamanhos. Imagina só quando é trabalhoso uma pasta, e mais ainda cuidar de outra. Vice-prefeita, leve essa mensagem ao prefeito para poder mudar esse escalão. A Secretaria de Agricultura não tem voz de comando. Fica aqui minha cobrança, minha indignação e minha chateação extrema, triste, pelo que estão fazendo com a agricultura”, encerrou.
