CONVERSAS
Como é natural em todo período que antecede as eleições, os dirigentes dos principais partidos conversam para avaliar os cenários e tentam construir pontes entre eles visando as eleições. Adversários nas eleições governamentais há oito anos, Confúcio Moura (MDB) e Expedito Junior (PSD), conversaram pela primeira vez sobre a possibilidade da formação de uma chapa para as eleições estaduais de 2022, uma conversa inicial com a presença de Hildon Chaves, prefeito da capital.
SUGESTÃO
Segundo uma fonte da coluna, o senador Confúcio Moura sugeriu a candidatura de Hildon Chaves a governador como forma de unir o grupo em duas nominatas para deputado federal, além da vaga senatorial.
RAPOSA
O prefeito da capital, no entanto, avisou que a princípio não pretende disputar as eleições do ano que vem e que deseja concluir o mandato. Quem conhece o senador do MDB jura que a presença na reunião com antigos adversários na verdade tinha como objetivo assuntar uma eventual candidatura de Hildon Chaves para que ele (Confúcio) avaliasse melhor a própria candidatura.
SENHA
Ao descartar as eleições de governador, o prefeito Hildon terminou dando a senha que o senador Confúcio queria para avançar nas conversas que possam viabilizar a própria candidatura. Matreiro e experiente, ao sugerir apoio a Hildon, Confúcio saberia antecipadamente os planos políticos do prefeito. E pelo gesto de bondade ao prefeito da capital, a expectativa era uma reciprocidade para sua eventual candidatura que Confúcio Moura tenta viabilizar.
ENGODO
A arte da política é o diálogo, embora ninguém de bom senso em Rondônia acredita neste momento que os dois grupos que antagonizaram duas disputas acirradas decidam juntar os trapos. Nesta seara os dois lados são tão distintos que um engana o outro numa combinação que não consegue enganar o eleitor desenganado. É engodo apostar na junção. Embora na política quase tudo seja possível.
SAÍDA
Está bem encaminhada a saída da deputada federal Sílvia Cristina do PDT para ingressar no PSB. Também é dado como certa a desfiliação de Jesualdo Pires do PSB que está próximo a se filiar ao PSD. Jesualdo é tido por vários dirigentes partidários como um coringa numa eventual composição para candidatura a vice-governador. Mas a preferência do ex-prefeito de Ji-Paraná é disputar uma vaga na Câmara Federal.
PANDEMIA
Criticado por vários segmentos, principalmente por deputados estaduais, Fernando Máximo anunciou, embora tardiamente, ações para conter o retorno do avanço do coronavírus em Rondônia. Nos últimos seis dias a situação de infectados e doentes internados nas unidades públicas acendeu o sinal vermelho da Secretaria de Estado da Saúde.
AGLOMERAÇÃO
Por coincidência o aumento da Covid em Rondônia ocorre dias depois da participação do próprio secretário em um evento que aglomerou mais de sete mil pessoas (segundo release do próprio governo) num templo evangélico para comemorar a filiação do governador no União Brasil, partido ainda sem registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral. Após aquele evento na capital os leitos dos hospitais públicos também lotaram. Talvez seja apenas coincidência, mas a maioria dos presentes ao evento sequer estava de máscara.
PRÊMIO
O trabalho na educação durante a pandemia feito pela prefeitura do município de Nova Brasilândia foi considerado modelo de gestão por órgãos nacionais que mensuram o aproveitamento escolar em tempo de pandemia. Maria Resende, secretária de educação do município, fez do limão a limonada e os resultados dos trabalhos estão servindo de modelo para outros municípios. Um prêmio na melhoria educacional é um balsamo numa terra onde a área é fértil para mediocridade.
IPVA
Com a valorização dos carros também aumenta o IPVA em razão do valor venal dos veículos em todo o país. Os deputados estaduais deveriam aprovar uma lei que limite a majoração deste imposto em Rondônia antes do ano terminar, uma vez que em matéria tributária a regra é aprovação da lei para entrar em vigor no exercício fiscal do ano seguinte. Seria um bom presente de natal aos rondonienses que são extorquidos pelo estado com uma carga tributária avassaladora.
BATE BOCA
As trocas de farpas recentes entre o presidente Jair Bolsonaro e o seu ex-ministro da Justiça Sérgio Moro são uma amostra do que está por vir nas eleições nacionais de 2022. Enquanto criatura e criador brigam o ex-presidente Lula assiste de camarote a confusão e se arma da munição trocada entre os dois para torpedear o que sobreviver ao segundo turno. Um bate boca que ninguém sabe mensurar onde vai parar o desgaste de ambos. Já Lula colhe os louros das viagens internacionais em céu de brigadeiro.
CÉUS
As nuvem de Rondônia avisam que os céus vão se fecham em tempestades.