O coronel Almeida, comandante-geral da Polícia Militar Rondônia, sucumbiu ao peso da gravíssima denúncia contra ele, veiculada na semana passada pela ASSFAPOM e repercutida no Estado sobre o suposto assédio sexual contra uma oficial da corporação, e acabou sendo exonerado do cargo.
O governador Marcos Rocha (União Brasil), que também é coronel da PM, agiu rápido pois poderia colocar em risco seu projeto de reeleição, ocasionando um desgaste incalculável, ainda mais em se tratando do envolvimento de um oficial de altíssima patente, e uma denúncia envolvendo crime dentro da corporação contra uma mulher.
Por menos que isso, muitos policiais militares já perderam a farda após passarem pelo crivo de uma severa comissão disciplinar, após cometimento de transgressões gravíssimas capazes de macular o nome da corporação. Esse é o exemplo a ser seguido, o coronel deverá enfrentar também a Justiça Militar.
A ASSFAPOM que é comandada também por militares foi quem deu publicidade ao caso após ter acesso a um boletim de ocorrência da suposta vítima. Se o que ela narrou na ocorrência foi 100% verdade, o coronel está com os dias contados e não vai escapar de uma condenação.
Os fatos são graves, pois a militar, além de ser assediada sexualmente, ainda o foi moralmente, pois fora tratada pela esposa do coronel, acusada de ser ´amante´, sem nunca – segundo ela – ter cedido aos encantos do chefe. A militar também está sofrendo perseguição dentro de seu ambiente de trabalho por causa da negativa.
Exonerado, o coronel terá tempo de ´convencer´ a militar a não seguir em frente com a denúncia que o levaria para o fim melancólico de sua carreira de mais de 30 anos frente à Polícia Militar de Rondônia.
A exoneração foi publicada agora há pouco no Diário Oficial do Estado de Rondônia.