A última sessão ordinária do ano, realizada na manhã desta terça-feira, 21, na Câmara de Vilhena, foi marcada por discursos de agradecimentos e análise das atividades de 2021.
A vereadora Vivian Repessold (PP), por outro lado, também levou à tribuna da Casa de Leis seu parecer a respeito do projeto de lei nº 6.291/2021, que prevê pagamento de abono aos profissionais de magistério, no valor de R$ 1.845.738,94, que é referente ao polêmico caso das sobras do Fundeb.
A parlamentar ficou surpresa e questionou o valor destinado pelo Executivo, já que, segundo ela, há documento que comprova que o valor total das sobras do Fundeb para o rateio é de R$ 4 milhões, e não apenas R$ 1,8 milhão.
Mostrando a frase “o desrespeito ao professor é o começo do fim”, a vereadora disse que, infelizmente, se encerra um ano com dúvidas quanto às ações do Executivo.
Contou que, semana passada, ela e mais dois colegas vereadores foram até o prédio da Secretaria Municipal da Educação (Semed) e ficaram esperando a titular da pasta, Amanda Areval, por mais de 1 hora. E quando a secretária chegou lá, afirmou que só responderia através de ofício. “Fomos à Semed e ficamos plantados, esperando a secretária e ela se recusou a falar naquele momento. Estamos nos aproximando num ponto em que será necessário fazer auditoria na prefeitura. Não é falta de correr atrás. Infelizmente, ninguém da prefeitura quer repassar informações”, avisou.
O projeto de lei nº 6.291/2021, de R$ 1.845.738,94, foi aprovado em plenário por unanimidade.
PRÊMIO QUESTIONÁVEL
Ainda, Vivian desmentiu possível prêmio Extraordinário por Desempenho em Período da Covid-19, a todas as classes de servidores municipais, divulgado pelo prefeito Eduardo Japonês (PV) nesta segunda-feira, 20. O prêmio seria igualmente no valor de um salário base.
“O prefeito disse que todos os servidores receberão um prêmio. Só queria saber que jeito será isso, baseado em que legalidade. Aqui na Câmara ainda não recebemos nenhum projeto de lei referente a esse assunto”, esclareceu.
Ela também questionou o prefeito por ter chamado para reunião só 10 dos 13 vereadores, ficando de fora Dhonatan Pagani (PSDB), a própria Vivian, e Ronildo Macedo (PV), presidente do Legislativo, estes dois últimos antes considerados aliados, mas agora adversários políticos.
“Quando o senhor quiser convidar os vereadores, nessa Casa tem 13 e não apenas 10. Nós não fazemos distinção quando alguém da prefeitura vem à Câmara para expor o conteúdo dos projetos”, reclamou.