Na última segunda-feira, 27, um policial militar do 4º Batalhão da Polícia Militar de Cacoal, teve uma atitude heroica ao evitar que uma mulher pulasse de uma torre de telefonia localizada na Avenida São Paulo, no centro de Cacoal.
Em uma conversa exclusiva da equipe do Extra de Rondônia com o Segundo SGT Vieira que foi designado ao local com seu companheiro de guarnição Aluno a SGT Vago, disse que quando chegou no local, a mulher estava numa torre de telefonia a aproximadamente 30 metros de altura.
De imediato começou um diálogo com a mesma que estava bastante agitada e irredutível, ela dizia que queria se jogar da torre pois estaria passando por problemas familiares e também financeiros e devido a isso estaria decidida a por fim na própria vida.
O militar pedia a ela para manter a calma, que iria dar tudo certo, pois Deus a amava, e aquilo não era correto.
Em dado momento o policial percebeu que a torre estava balançando e o local onde a mulher era perigoso, com isso, ele pediu para que ela se sentasse e ela atendeu seu pedido, sentando na plataforma.
Vieira com muita cautela após algum tempo de conversa pediu a mulher para que ela autorizasse ele a subir até onde ela estava, na primeira tentativa ela se negou, contudo, as negociações continuaram e vendo que ela já havia se acalmado um pouco mais, perguntou novamente se ele poderia subir até ela para conversarem e ela autorizou, porém, tinha que ser apenas ele e mais ninguém.
Em um diálogo mais profundo com a mulher de 52 anos, ela relatou que teria vindo para Cacoal do Paraná para cuidar da mãe, mas ao chegar aqui teve alguns conflitos com as irmãs e precisou sair de casa, porém, estava sem emprego, e devido a isso distribuiu diversos currículos no comércio na tentativa de conseguir um trabalho.
Entretanto, segundo ela, não conseguiu devido à idade. Com isso ela acabou se endividando e como tudo virou uma bola de neve sua vida não teria mais sentido. O policial se prontificou em ajuda-la a conseguir emprego, mas para isso, ela teria que desistir da ideia de por fim a própria vida.
O comandante do 4º Batalhão também foi solicitado ao local, pois o mesmo já possui experiência como negociador, onde tem especialidade na área. Uma equipe do Corpo de Bombeiros também foi acionada para atender a situação.
Após um bom tempo de conversa entre o SGT Vieira e a mulher, o policial perguntou se uma equipe de resgate também poderia subir até a plataforma, porém ela não aceitou em mais um tempo de conversa e outras duas tentativas frustadas ela decidiu deixar uma equipe do Corpo de Bombeiros subir com equipamento de segurança para ela descer.
Todavia, os procedimentos foram realizados pela equipe de socorristas e ela amarrada em uma corda foi descendo até chegar na parte do solo. Imediatamente ela recebeu apoio e o SGT conversou com ela novamente para que ela fosse encaminhada ao hospital Heuro para receber atendimento médico e que em instantes ele também chegaria até lá para que pudessem conversar mais.
Vieira ressaltou a reportagem esse tipo de ocorrência e bem complexa pois uma palavra ou algo errado que você diz pode agravar ainda mais a situação que por si só pode colocar tudo a perder e provocar uma tragédia. A negociação durou cerca de 4 horas.
O SGT relatou que após todo o ocorrido, recebeu a informação de um amigo de que a empresa onde ocorreu toda a situação se sensibilizou com a história da mulher e que iria procurá-la para lhe oferecer um emprego.
É importante ressaltar que um funcionário da empresa Oi ajudou com alguns equipamentos de segurança para salvar a vida da mulher.
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