Na manhã desta terça-feira, 4, Antônio José da Conceição Ferreira, de 48 anos, procurou a redação do Extra de Rondônia, para denunciar a direção do presídio Cone Sul por morte de seu sobrinho Talisom Ferreira de Oliveira, de 25 anos, em Vilhena.
De acordo com Antônio, Talisom era dependente químico e estava preso por furto, quando foi detido, Talisom havia desenvolvido uma hérnia e precisava de tratamento, mas não foi levado para o hospital para ser medicado e estava convivendo com muitas dores no presídio, aproximadamente 15 dias pegou gripe, porém, não foi levado ao hospital nem foram feitos exames para saber se era covid-19.
O tio conta que a direção do presídio pediu que a família levasse remédios para Talisom para gripe e dores. Contudo, mesmo passando muito mal, não foi levado para o hospital e acabou morrendo dentro da cela por volta das 20h de domingo, 2.
Antônio ressalta que no atestado de óbito consta que Talisom morreu de “Tromboembolismo Pulmonar” e a família avisada uma hora após sua morte, ou seja, por volta das 21h.
De acordo com Antônio, “admite que seu sobrinho era dependente químico e praticava furtos para sustentar o vício, porém, estava pagando sua pena e lamenta que a direção do presídio o deixou morrer a míngua, ou seja, sem assistência médica”.
O OUTRO LADO
O Extra de Rondônia entrou em contado com a direção do Centro de Ressocialização Cone Sul, Dirceu Martini, no qual negou negligência e explicou que o detento foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no dia 29 de dezembro as 11h45 – passou pela médica que não viu necessidade de internação e prescreveu remédios, sendo liberado para retornar ao presídio as 13h20. Os medicamentos foram providenciados pelo presídio e pela família.
O corpo passou por necropsia, no qual não apontou sinais de violência, ou seja, o detendo morreu de morte natural segundo a direção do presídio.