Neste final de semana, a reportagem Extra de Rondônia foi procurada por familiares de uma parturiente que esteve várias vezes no Hospital Regional (HR), de Vilhena, e que teria sido enviada de volta para casa sob alegação de que não estaria ainda no momento e condições certas para o parto.
O denunciante afirmou que a gestante, que é sua cunhada, já teve problemas em outro parto que teria “atrasado”, trazendo sequelas ao bebê, e que o jogo de empurra estaria ocorrendo devido à falta de obstetras para fazer cesariana no HR ao longo do final de semana, por isso estariam protelando o atendimento para que fosse feito em dia útil, quando haveria médico habilitado para tal procedimento.
O cunhado da mulher também estranhou a atitude da diretora do Regional, que teria sido procurada pela família a fim de intervir para que os médicos de plantão fizessem o parto, alegando não terem poder para realizar tal ação.
O site entrou em contato com a secretária municipal de Saúde, Weslaine Amorim, que, após ouvir os áudios que foram mandados para a reportagem, rechaçou os argumentos dos reclamantes.
Ela foi taxativa com relação a denúncia de falta de médico habilitado para fazer cesarianas ao longo do final de semana na unidade de saúde, alegando que o mesmo obstetra que faz um procedimento realiza o outro, “portanto tal denúncia não procede, é mentira”.
No ponto de vista de Weslaine, está acontecendo mais uma vez a situação em que a gestação exige fazer parto através do método de cesariana, contrariando as recomendações médicas, apenas para não passar por dor.
A respeito da negativa da diretora em intervir no caso, a secretária afirma que é este o procedimento, e que ninguém tem o poder de interferir em conduta médica. “Nem a diretora do hospital, nem eu e nem mesmo um juiz. A conduta médica é algo de responsabilidade e alçada exclusiva do profissional de medicina”, frisou.