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Dia histórico para Rondônia. A quinta-feira, 3 de fevereiro, marca, pela primeira vez, um encontro de dois presidentes no Palácio Rio Madeira/CPA, na capital rondoniense.

Com uma extensa pauta de negociações, que incluem aumento de exportações brasileiras para o Peru e de importações, principalmente de produtos químicos para as lavouras brasileiras, a parceria entre os dois países tende a se consolidar, embora nas questões políticas, atualmente, haja um distanciamento entre os dois governos.

Bolsonaro, o principal representante da direita na América Latina, se encontrará com Pedro Castillo, o peruano que é do extremo oposto. Inclusive é chamado em alguns setores como “o Lula peruano”. Líder sindical e um nome emergente na política do continente, Castillo se encontrará pessoalmente com o presidente brasileiro. Bolsonaro deve chegar entre 9 e 10 horas da manhã, no aeroporto Jorge Teixeira. Haverá uma grande motociata o esperando, na saída e seguindo depois pelo Espaço Alternativo, até a rótula com a Migrantes, onde a comitiva segue em direção ao Palácio do Governo rondoniense.

Nossos vizinhos, que através de suas rodovias nos levam até o Pacífico, encurtando o caminho das nossas exportações para a Ásia, por exemplo, em milhares de quilômetros, têm recebido cada vez mais rondonienses e brasileiros, para negócios e turismo. Distante cerca de 4 mil quilômetros de Porto Velho, Lima, a capital peruana, é uma das maiores cidades da América Latina, com oito milhões de habitantes, 13 vezes mais que a maior cidade rondoniense.

Machu Pichu, a famosa cidade dos incas, no Peru, fica a cerca de 3.300 quilômetros da capital rondoniense e é, sem dúvida, o local que mais recebe visitantes do nosso Estado. Os peruanos são, na economia, bons parceiros do Brasil e nós somos o mesmo para eles. Exportamos, só no ano retrasado, algo em torno de 121 milhões de dólares em todos os tipos de veículos. A balança comercial está beneficiando nossos vizinhos, porque importamos deles, por exemplo, apenas em defensivos agrícolas, algo em torno de 400 milhões de dólares.

Há um longo caminho para acordos bilaterais, mesmo nestes tempos de pandemia e de dificuldades para as economias dos dois países. O Peru vive também, desde a eleição de Castillo, uma série de dificuldades políticas, que tem afetado sua economia. O chefe do governo peruano, eleito por uma pequena maioria, sofre na pele o que, quase com a mesma intensidade, vive o presidente Bolsonaro. Radicalmente opostos em ideologia política, os dois presidentes têm, contudo, uma vasta pauta comum para debater. A reunião no Palácio do governo rondoniense, que terá como anfitrião o governador Marcos Rocha, começará ainda pela manhã e, certamente, entrará tarde adentro. É um momento histórico e importante para nossa terra e o que se espera é que os dois Chefes de Nações amigas sejam  bem recebidos, como merecem.

PRESIDENTE TERÁ QUE TER MUITO JOGO DE CINTURA PARA DAR ATENÇÃO A TODOS OS POLÍTICOS QUE O APÓIAM EM RONDÔNIA

Na sua estada em Rondônia, o presidente Bolsonaro terá que usar todo o seu jogo de cintura, para dar atenção a tantos políticos que o apoiam e que, certamente, farão de tudo para estar o mais próximo possível a ele. Neste pacote, Marcos Rocha sai em vantagem, não só pela parceria de primeira hora como porque, pelo cargo que ocupa, de Governador, sem dúvida, será, entre os postulantes da próxima eleição, a permanecer mais tempo junto a Bolsonaro. Mas e os outros? Um dos que certamente mais vai querer demonstrar seu poderio e sua relação próxima ao Presidente, será, o senador Marcos Rogério, hoje um dos políticos, em Brasília, com maior intimidade com o Chefe da Nação, desde sua destacada atuação na CPI da Pandemia, também chamada de CPI do Circo. Do Cone Sul, virá lépido e faceiro o pré candidato ao Senado, o empresário Jaime Bagattoli, que tem se postado como bolsonarista de primeira hora e que se considera um dos rondonienses mais prestigiados pelo Presidente, a quem trata como um amigo próximo. Outro neste pacote, entre os que se consideram amigos do peito de Bolsonaro é o deputado federal Coronel Chrisóstomo. Ele foi, aliás, o primeiro a anunciar a vinda do Presidente para encontro com o peruano Castillo. Também é um dos que ajudou a organizar a motociata de recepção, que acontecerá a partir do aeroporto, na manhã desta quinta, com concentração no Espaço Alternativo. Não se pode ignorar, neste contexto de políticos próximos ao presidente, do nome de Ivo Cassol. Na inauguração da ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã. Bolsonaro teve pelo menos duas “conversas de pé do ouvido” com o homem do chapéu. No voo de volta a Brasília, quando voltou com ele a deputada federal Jaqueline Cassol, irmão de Ivo, Bolsonaro também mandou vários recados ao ex-senador e ex-governador. Portanto, pode faltar espaço para todas essa turma sair na mesma foto, ao lado do Presidente que passará a quinta-feira entre os porto velhenses. Certamente se assistirá cenas antológicas de disputa por espaço ao lado do comandante do país. É só esperar para ver…

DIA D: STF DECIDE SOBRE CASSOL E MAIS SEIS DEZENAS DE POLÍTICOS QUE FORAM CONDENADOS PELA LEI DA FICHA LIMPA

Não é uma quinta-feira daquelas normais. Além do encontro entre Bolsonaro e Castillo, evento marcante na história do Estado, em Brasília, se registrará outro evento que influirá, certamente, na disputa pelo governo de Rondônia, em outubro próximo. O STF tem na pauta e decidirá (caso não haja alguma mudança de última hora, como pedido de vistas de algum ministro), se políticos condenados pela Lei da Ficha Limpa podem ou não disputar a eleição de 2022. O caso é simples: se a decisão for de que a perda dos direitos políticos conta-se a partir da primeira condenação, Cassol e outros cerca de 65 políticos brasileiros serão beneficiados. Se a decisão for a de manter a interpretação atual, a resposta será não. Há pelo menos dois votos favoráveis à mudança na interpretação, beneficiando este grupo de políticos e já públicos: o do relator, ministro Nunes Marques e do ministro Barroso. O ministro Alexandre de Morais já se mostrou contrário, embora ainda possa mudar sua opinião. Há, segundo conversas de bastidores, que já estaria formada maioria para beneficiar os políticos que, ansiosos, aguardam o resultado da reunião desta quinta. Um dos nomes mais conhecidos neste pacote é o do ex-governador e ex-senador Ivo Cassol, que depende desta posição do STF para se lançar candidato ao Governo de Rondônia. Não há quem ignore, no nosso mundo político, que a eleição com Ivo Cassol é uma e sem ele é outra, completamente diferente. Esperemos, pois, o final do dia, para se saber se Cassol vem ou não vem…

UTIS SUPERLOTADAS, FILA DE ESPERA E AUMENTO ASSUSTADOR DE INTERNAÇÕES: O VÍRUS COBRA SEU PREÇO DAS FESTAS DE FIM DE ANO

A pandemia voltou com tudo. Na terça-feira, por exemplo, já tínhamos onze pessoas na fila de espera das UTIS, superlotadas no Estado. O vírus, que invadiu festas de final de ano, comemorações abusivas, aglomerações sem nenhum cuidado, está cobrando agora a conta, altíssima, disso tudo. Milhares de pessoas foram contaminadas. As que já haviam sido vacinadas, pegaram a doença sem grande gravidade, na maioria dos casos. Mas todos, uma imensa multidão que já está curada, passou o vírus adiante. Então, a terceira onda, acrescida ainda   da cepa Ômicron, está causando graves danos à estrutura de saúde pública, tanto em nível estadual quanto dos municípios. Há ainda informações piores. O número de internados aumentou em 30 por cento em pouco mais de 24 horas. Tinham 231 internações e passou para 301. Ainda: nas últimas semanas, não houve um só dia em que não se registraram mortes. Em um deles, batemos em cerca de dez óbitos. Ou seja, o que está acontecendo em Rondônia (e, aliás, está ocorrendo em praticamente todo o país) é o recrudescimento da doença e dos seus nefastos resultados. Quando se alertava, em meados de dezembro passado, dos riscos que as festanças e confraternizações podiam trazer a toda a população, a grande maioria fez de conta que o Coronavírus estava derrotado. O resultado está aí!

UMA REUNIÃO FECHADA COM MULHERES DA ESQUERDA PODE?  E SE A MINISTRA CARMEN LÚCIA SE REUNISSE COM PESSOAS DA DIREITA?

Imagine-se, apenas como elucubração, que a ministra Carmen Lúcia, do STF, fosse fazer uma reunião com mulheres que apoiam o presidente Bolsonaro ou, apenas como uma pessoa comum, participasse de uma motociata, daquelas gigantes, em apoio ao Presidente. Quanto tempo duraria para que os representantes da esquerda exigissem a cassação dela, seu afastamento, a abertura de um processo de impeachment. É só imaginação. Na vida real – e certamente por isso que não houve repercussão alguma – Carmen Lúcia, uma das mais destacadas ministras do STF, se reuniu, a portas fechadas, em São Paulo, com um grupo de mulheres representantes de partidos de esquerda. A reunião foi na casa da ex-petista, mas sempre nome destacada do esquerdismo brasileiro, a ex- governadora e ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Lá estavam também figuras como a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann e a candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet, entre outras figuras menos conhecidas. Ora, daí pode? Uma ministra do maior tribunal do país, tem o direito de se reunir com representantes de partidos de esquerda, como se fosse uma militante? A reunião teve vários temas, mas foi encerrada pela própria ministra, quando o assunto passou a ser apoio ao aborto. Inacreditável. Silêncio total da grande mídia. Voltemos à imaginação: como reagiria a mesma imprensa, se a ministra se reunisse com a turma da direita? Que cada um responda para si…

MERECE APLAUSOS: DESEMBARGADOR RONDONIENSE SENTENCIA QUE NÃO CABE AO JUDICIÁRIO IMPOR CENSURA A JORNALISTAS

O Tribunal de Justiça de Rondônia deu um ótimo exemplo da importância da liberdade de informação. Acatou recursos dos jornalistas Alessandro Lubiana e Flávio Camilo, que haviam sido proibidos, em primeira instância, de divulgarem áudios da promotora da época (2019) e agora aposentada, Aiddé Moser Torquato Luiz. Os dois respeitados homens da imprensa rondoniense divulgaram, no programa Hora do Povo, da Rádio Rondônia FM, áudios da então promotora, que era a responsável, no Ministério Público rondoniense, pela Operação Pau Oco, que envolveu prisões e inclusive acusações, até hoje nenhuma comprovada, contra Daniel Pereira, que haviam deixado o governo pouco tempo antes. A então promotora pediu, na Justiça, que os dois jornalistas fossem proibidos de divulgar as conversas gravadas, alegando que ambos teriam feito menções jocosas e ofensivas à conduta pessoal e profissional da dra. Aiddé. O juizado de primeira instância concedeu a liminar pedida pela promotora, proibindo os jornalistas de continuarem com seu trabalho. A censura, contudo, foi derrubada na segunda instância. O desembargador José Torres Ferreira, considerou, entre outras questões, em sua decisão, que “não cabe ao Judiciário censurar, intimidar ou amordaçar a imprensa ou os jornalistas que exercem atividade informativa de modo imparcial, ainda que em tom crítico a irreverente, mas sem deturpar e inverter valores”, entre outras análises dos fatos. A decisão do desembargador, aliás, bem que deveria servir de orientação geral, principalmente entre alguns dos seus colegas, inclusive de tribunais superiores, que namoram com a censura, mesmo a disfarçando, ao usar outras denominações. Censura é censura e ponto final!

IDENTIFICADO O MÉDICO DOS CINCO CONTRATOS E QUE TERIA QUE ESTAR AO MESMO TEMPO EM RONDÔNIA, AMAZONAS E ACRE 

Não deu outra! Pouco tempo depois do texto cheio de ironia publicado neste Blog, acerca do segredo de Estado que estava sendo mantido em relação ao nome médico denunciado pelo Tribunal de Contas do Estado, nosso competente TCE, por ter cinco contratos ao mesmo tempo, uma fonte confirmou o nome da criatura. Trata-se do médico Marilson Ribeiro da Silva. Não há detalhes sobre ele, a não ser que ele conseguiu, ao mesmo tempo, fechar contratos que totalizavam 176 horas semanais, quando a semana tem bem menos do que isso, ou seja, 168 horas. Mas há ainda outra questão incompreensível, neste caso nebuloso. O total de contratos do mesmo médico era em estados diferentes. Isso mesmo. Um era em Rondônia, outro no Amazonas e mais três no Acre. O faturamento total dos cinco acordos, que obviamente nunca foram cumpridos, por humanamente impossível, atingiu prejuízos de mais de 1 milhão e 200 mil reais aos cofres públicos. Como alguém pode ter contratos que somam um número maior de horas do que tem uma semana? Como é possível fazer acordos de trabalho com tantas distâncias? Para atuar nos três Estados, além de trabalhar mais de 25 horas por dia (???), o profissional teria que ter superpoderes, para estar em distâncias tão imensas e no mesmo dia. Obviamente que houve uma grande falha no sistema de controle dos Estados. Pode ter havido coisas piores, por isso que é importante que as autoridades do Ministério Público e das policias, investiguem tudo isso. Algo de podre aconteceu no episódio e precisa ser muito bem explicado. Aliás, é isso que está exigindo nosso TCE.

TRÊS MULHERES TALENTOSAS DEIXAM A TV RONDÔNIA: AO MENOS POR ENQUANTO, MARÍNDIA, ANA LÍDIA E YOANARA ESTÃO FORA DO VÍDEO

Tempos complexos na maior rede de TV do país, atinge também com força total suas afiliadas. Por aqui, a TV Rondônia, até há pouco a mais poderosa emissora do Estado, está desmantelando sua equipe, principalmente na área de Jornalismo. As últimas três perdas foram sentidas pelos telespectadores, sem dúvida, com a dor de quem perde um parceiro diário. Com a saída de um trio de mulheres competentes, símbolos da emissora, a TV Rondônia perde muito, por tudo o que elas representam. A primeira defecção foi de Maríndia Moura, que atuou na emissora por quase três décadas e era “a cara” da emissora rondoniense, na área de reportagens. A presença constante da gaúcha Maríndia em grandes matérias nacionais, a colocou como uma das mais importantes personagens do jornalismo da região norte do Brasil. Recentemente, outra personagem entre as mais conhecidas e competentes apresentadoras, Ana Lídia Daibes, também deixou a emissora. Ana está entre os nomes mais respeitados e queridos entre os telespectadores. Representou a TV Rondônia ao apresentar o Jornal Nacional, numa das edições do cinquentenário do programa e fez enorme sucesso. Finalmente, agora, a TV Rondônia perder a terceira das personagens  dessa espécie de trio de ouro feminino, que dominava os jornalísticos da TV Rondônia. Yoanara Werry anuncia também sua saída da emissora, depois de uma década. Enfim, o telejornalismo rondoniense está órfão, ao menos momentaneamente, dessas mulheres talentosas. O que se espera é que todas elas voltem o mais rápido possível ao vídeo. A Televisão de Rondônia não será a mesma sem essas mulheres e seus talentos.

PERGUNTINHA

Você acreditaria se lhe informassem que a gasolina brasileira está longe de ser uma das mais caras do mundo, ficando na 77ª posição entre os preços cobrados em 163 países de todo o Planeta?

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