Confúcio Moura (MDB-RO)

Em pronunciamento na noite de quarta-feira (09), em sessão plenária, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) apontou os casos de agressões que os profissionais de Saúde de todo o Brasil estão sofrendo, e defendeu uma ampla campanha informativa em todos os meios de comunicação do país para conter a dramática situação de violência contra esses trabalhadores, que vem ocorrendo diariamente.

Ao iniciar o seu discurso, o parlamentar disse que não se pode deixar de reconhecer o valoroso e heroico trabalho do pessoal da saúde nesse período de pandemia em que a Covid-19 pegou toda a população desprevenida. Em consequência disso, os serviços de saúde foram congestionados rapidamente, com os profissionais fazendo o possível e o impossível para atender a todos indistintamente.

No entanto, Confúcio Moura enfatizou que tem acompanhado, em reportagens recentes, casos de agressões a esses trabalhadores, principalmente os da rede pública, com xingamentos, chutes nas portas dos consultórios e agressões físicas nos ambulatórios.  O parlamentar lembrou ainda que há uma grande quantidade de servidores acometidos da doença, além da gripe influenza, e da sobrecarga de trabalho.

Confúcio Moura destacou o nível de desespero das pessoas doentes com a covid-19 e outras doenças respiratórias; e o de seus familiares, ao tempo em que percebe o nível de congestionamento dos serviços e a demora nos atendimentos.  “A variante Ômicron surgiu para transformar o que já era desesperador em trágico. De dezembro para cá, a propagação do vírus tem sido descontrolada – assusta – e a procura do serviço de saúde pública duplicou ou triplicou”, lamentou.

Além da campanha de informação para conter essa situação de violência contra trabalhadores da saúde, Confúcio Moura sugeriu uma contratação emergencial de mais gente para o trabalho nas unidades básicas de saúde onde houver necessidade, principalmente nas das grandes cidades e nas capitais brasileiras, além de ampliar serviços de consultas por telemedicina na maioria das cidades.

Ao finalizar, o senador disse, “Entendo que falar aqui é fácil, mas os gestores indagarão, com certeza: de onde tirar dinheiro para mais despesas com pessoal? A resposta é que estamos numa verdadeira guerra, em estado permanente de alerta e de emergência. Nesta hora presente, o que se deve dizer é: ser criativo, ampliar os pontos de atendimento e fazer o que deve ser feito e precisa ser feito”, concluiu.

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