O Ministério Público Federal de Rondônia (MPF/RO) instaurou procedimento, a partir da representação contra intolerância religiosa protocolizada no dia 02 de dezembro de 2021, contra o vereador Magnison Mota (PSC), vice-presidente da Câmara de Cacoal.
O motivo: suposto discurso de incitação de ódio e violência contra a Mãe de Santo conhecida como Yolanda.
Nesta segunda-feira, 14, a Câmara de Cacoal foi oficializada para responder, em até 45 dias, se houve apuração e/ou eventual procedimento ético disciplinar contra o parlamentar.
No procedimento instaurado n° 1.31.000.001160/2021/87, consta na certidão de que Magnison, ao usar a tribuna da Casa de Leis em sessão no final do ano, teria utilizado palavras de “feiticeira”, “endemoniada”, “filha do capeta”, “macumbeira”, se referindo a Mãe de Santo que estava colocando seus anúncios em postes da cidade como forma de divulgar o seu trabalho.
“Falo um negócio pra você: macumbeira, se você for lá perto de casa e eu ver você, eu dou com fogos de artificio lá e você vai sair queimada de lá,” disse o vereador, na oportunidade.
Na sessão seguinte, o vereador Paulo Henrique (PTB) se manifestou a respeito do caso, ressaltando a importância em respeitar a individualidade e a escolha religiosa de cada indivíduo, combatendo à intolerância religiosa. Ele convidou as comunidades Umbandistas e Candomblecistas de Cacoal, representados por Cesar Torres e Neiva Menezes, além da FECAUBER (Federação dos cultos afro e ameríndios do estado de Rondônia) para receberem a retratação do Poder Legislativo (leia mais AQUI).
O OUTRO LADO
Entrevistado pelo Extra de Rondônia, via aplicativo de mensagem, no início da noite desta terça-feira, 15, Magnison disse apenas que “o MPF pediu pra mim, retratar o que aconteceu a respeito do discurso. Meu advogado já está cuidando disso”.
>>> ASSISTA AO VÍDEO DO DISCURSO DO VEREADOR:
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>>> CONFIRA, ABAIXO, O OFÍCIO DO MPF ENVIADO AO LEGISLATIVO:
DOC INTOLERANCIA RELIGIOSA EM CACOAL