POSSE
O presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, deu posse ontem ao presidente da Seccional de Rondônia, Márcio Nogueira, em Porto Velho, numa solenidade bem prestigiada. Além de inúmeras autoridades do mundo jurídico e político, o presidente da Assembleia Legislativa e do Poder Judiciário, Alex Redano e Marcos Alaor, respectivamente, compareceram à solenidade.
GAFE
Embora tenha sido um evento maçante em razão de quase duas horas de atraso, as autoridades permaneceram no recinto até o término da sessão solene. Mas a principal gafe ficou por conta de um cerimonialista atrapalhado que trocou o nome do presidente do Poder Legislativo, Alex Redano, pelo do deputado estadual Eyder Brasil. Ao lado dos presidentes do TJ, da OAB e demais autoridades, Redano riu amarelo com a gafe que foi corrigida por uma outra profissional do próprio Cerimonial.
IRONIA
É inaceitável um profissional contratado para cerimoniar um evento solene trocar por displicência ou incompetência o nome de um dos presidentes dos Poderes constituídos. Em particular de um parlamentar que aparece todos os dias na mídia estadual. Ainda que tomado pela surpresa, Redano não fez de rogado, e ao discursar, fez questão de cumprimentar o deputado Eyder Brasil em nome dos parlamentares presentes, ostentando um sorriso irônico.
INSULTOS
Apesar do clima de festa entre os advogados e convidados, todos foram surpreendidos com a manifestação de um cidadão que interrompeu o discurso de despedida do ex-presidente Elton Assis, visivelmente alterado, gritando impropérios contra o governador Marcos Rocha, além de criticá-lo por sua ausência. Mesmo sendo um ato isolado de destempero de um convidado qualquer, uma vez que não era advogado, o governador enviou oficialmente o Procurador Geral do Estado como seu representante, inclusive usando da palavra em nome do Executivo Estadual. Perplexos, empossados e convidados esperaram o insurgente destilar sua ira contra Marcos Rocha para que o evento pudesse prosseguir sem novas surpresas.
DISCURSOS
Os discursos do presidente da OAB, Beto Simonetti, do empossado Márcio Nogueira e do Subprocurador Geral do Ministério Público Estadual, Eriberto Gomes Barroso, foram bem densos e emotivos, mas quem se destacou com a qualidade da eloquência e do conteúdo foi o representante do MP. Uma fala irretocável para a ocasião e de uma qualidade jurídica impecável. Poucas vezes este cabeça chata ouviu um discurso tão bem articulado em que orador e público estavam na mesma frequência.
CANDIDATURA
Quem esperava uma candidatura promissora do atual Secretário de Agricultura do Município de Porto Velho, professor Vinicius Miguel, para uma vaga no legislativo, poderá revê-lo em mais uma candidatura ao Governo de Rondônia. Aos interlocutores o professor não esconde a disposição de disputar mais uma vez uma vaga a cargo majoritário. A princípio governador, mesmo não descartando uma vaga senatorial. Toda vez que alguém propõe para que dispute uma vaga na Câmara Federal, Vinicius descarta imediatamente sem esconder uma certa irritação.
DERROTAS
Vinicius é um jovem brilhante e com maturidade para galgar qualquer cargo que se dispuser à disputar, embora seus interlocutores avaliem que uma vaga a Câmara dos Deputados seria muito mais fácil para quem disputou duas vezes consecutivas um cargo majoritário com votações expressivas, mas insuficientes para vencer. Ainda assim não hesitará em colocar o nome para uma terceira mesmo sabendo que sem grupo e sem uma base mais consistente em todo o estado a possibilidade de lograr êxito é menor.
RAPOSAS
Os partidários do governador Marcos Rocha estão se gabando antecipadamente de que sua candidatura à reeleição está bem consiste com a adesão de prefeitos e velhas “raposas” da política estadual. As mesmas figuras que mudam de palanque conforme os anúncios das pesquisas.
BAJULADORES
É verdade que o governador Marcos Rocha ampliou a base eleitoral nos últimos meses, o que não é real é que seja um candidato difícil de ser batido. Nesta mesma época, o então vice-governador João Caulla, se preparava para assumir o governo estadual e ser o candidato ungido pelo então todo poderoso Ivo Cassol. Os percentuais auferidos nas pesquisas para ele (Caulla) eram bem superiores aos percentuais obtidos hoje por Marcos Rocha. Com uma diferença: Caulla assumiu em abril do último ano do governo Cassol e Marcos Rocha está governando há três anos. As únicas semelhanças entre Caulla e Rocha é que ambos governam com amigos e ambos adoram a arte da bajulação. O primeiro governou por oito meses e, o segundo, quer oito longos anos.
ENTUSIASMADO
Há quem diga nos bastidores que o prefeito da capital, Hildon Chaves, esteja entusiasmado com a candidatura de reeleição do governador. Pelos mimos que o DER vem fazendo na capital é possível que o alcaide entre uma e outras tenha dito algo nesta direção. A coluna aposta um dose de uísque contra uma de pinga que este entusiasmo não dure mais que poucas horas. Chaves e Rocha são bem diferentes na forma de governar, de pensar e de agir. Juntos alargariam ainda mais estas diferenças e o eleitor certamente reprovaria. Sozinho o prefeito é maior eleitoralmente do que o governador acompanhado dos novos adesistas.