Foto: Extra de Rondônia

O trote universitário é considerado como um ritual de passagem da vida estudantil para a universidade.

Com isso, o aluno chamado de calouro ou “bixo” se integra com os veteranos da universidade.

Contudo, seguindo esse rito, no final da tarde deste sábado, 19, dezenas de calouros se aglomeraram no cruzamento da Rua Marques Henrique com a Avenida Major Amarante, no centro de Vilhena e pediam dinheiro aos motoristas.

Entretanto, o ritual dos novos universitários regado a bebidas alcoólicas em certo momento começou a atrapalhar o trânsito em geral.

Todavia, a Polícia Militar foi chamada para intervir e colocar ordem na desordem. Varias viaturas foram ao local e em conversa com os lideres do movimento, os militares explicaram a situação e eles entenderam e acataram a ordem dos policiais para se dispersarem.

Apesar da bagunça, não foi registrado nenhum incidente envolvendo os universitários.

O que não pode fazer no trote universitário?

1 – Cortar o cabelo total ou parcialmente do calouro contra sua vontade. Essa prática caracteriza-se como crime de lesão corporal. Isso também se aplica em cortar a barba – total ou parcialmente.

2 – Obrigar o calouro a ingerir bebida alcoólica. Essa conduta é considerada como crime de constrangimento ilegal. Se esta ação for praticada por mais de três pessoas, o crime passa a ser qualificado e sua pena aumentada.

Se o calouro resistir e não beber, ainda assim é caracterizado como crime como tentativa.

3 – Violência verbal ou psicológica, também é considerado crime. Afinal, a dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos da Constituição e violência não é só física.

Ainda sobre dignidade da pessoa humana, há os direitos da personalidade. Isto é, a expressão dos direitos fundamentais que estão no Código Civil, que são sobre atributos essenciais do ser humano e o livre desenvolvimento da vida em convivência. Aqui estão atributos físicos, psíquicos e morais. Sendo assim, ações que violam convicções pessoais, religiosas etc cabem a reparação do dano moral.

Transformando o trote violento em trote solidário

Após o decreto da Lei Nº 10.454, o trote precisou se reinventar em prol do bem estar dos calouros e ainda assim promover a integração entre os estudantes.

Na verdade, quando há uma integração sem constrangimento, a troca de experiências entre os estudantes torna-se real e pode gerar bons frutos. Incentivando novas amizades e um início na vida acadêmica mais promissora.

Sendo assim, as universidades começaram a promover o trote solidário que tem como premissa trabalhos que promovam a integração entre os estudantes e a cidadania.

O que fazer no trote solidário?

1- Arrecadar alimentos e brinquedos para a comunidade carente. Dessa forma, é possível pedir alimentos não perecíveis e brinquedos em bom estado para a vizinhança da faculdade.

2 – Visitas a orfanatos e casas de asilos. Uma visita a esses lugares promove a alegria e o contentamento de ser parte transformadora na vida de alguém. Aqui a empatia é o carro-chefe.

3 – Trabalho voluntário. E aqui há inúmeras alternativas de trabalho voluntário, como ações culturais, workshops, atividades clínicas promovidas pelos cursos de Medicina Veterinária, Odontológica ou Clínica e muito mais.

4 – Doação de sangue e medula óssea. É um passo de conscientização e ação transformadora que impacta o mundo e uma excelente oportunidade de interação com outros estudantes.

A nova roupagem do trote universitário pode ser a sua entrada para trabalhos gratificantes e que podem causar bem estar na comunidade.

Foto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia
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