De acordo com os pesquisadores, o problema é pontual em lavouras da região médio-norte do estado e aparece nos estádios finais da lavoura, a partir de R6, quando os grãos terminam de encher.
No local do quebramento há escurecimento do interior da haste, porém, ainda não se sabe se os microrganismos ali presentes são a causa do quebramento ou se são uma consequência.
No início de janeiro pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril e Embrapa Soja identificaram em algumas lavouras de soja em Mato Grosso em estágio mais avançados episódios de quebramento da haste e acamamento de plantas. Desde então o problema vem sendo acompanhado. Uma metodologia de coleta e análise foi definida para padronização dos dados e trabalhos de isolamento de patógenos estão sendo feitos em laboratório.
De acordo com os pesquisadores, o problema é pontual em lavouras da região médio-norte do estado e aparece nos estádios finais da lavoura, a partir de R6, quando os grãos terminam de encher. No local do quebramento há escurecimento do interior da haste, porém, ainda não se sabe se os microrganismos ali presentes são a causa do quebramento ou se são uma consequência.
Para obter uma maior amostra de informações e de forma padronizada, uma metodologia foi definida pela equipe da Embrapa Agrossilvipastoril e enviada para pesquisadores e consultores que possuem ensaios de cultivares em andamento. Como o problema é novo, para que possa ser observado já nesta safra é necessária a utilização de experimentos que já estavam instalados. Projetos de pesquisa específicos para o problema devem ser elaborados para que possam ser executados na próxima safra.
Pela metodologia, a avaliação deve ser feita em estádio R7, escolhendo-se uma linha onde há o quebramento e fazendo a contagem de plantas danificadas em dois metros lineares. O nível de tombamento é calculado pelo percentual de plantas quebradas. Além disso, deve-se analisar o escurecimento da haste, conforme metodologia já descrita em 2015 pelo pesquisador da Embrapa Soja Ademir Henning.
Além das informações observadas em campo, são coletadas informações sobre cultivares, hábito de crescimento, data de semeadura, manejo de fungicidas, entre outras.
As informações coletadas em campo serão cruzadas com o resultado do isolamento dos microrganismos feito em laboratório. Porém, para que se chegue a um diagnóstico, é preciso que os mesmos sintomas sejam reproduzidos em ambiente controlados, o que leva tempo e depende de recursos financeiros e de pessoal.
APODRECIMENTO DA VAGEM
Além do problema da quebra de haste, pesquisadores da Embrapa e de instituições parceiras estão trabalhando na identificação da causa da podridão da vagem da soja. O problema foi identificado pela primeira vez no início de 2020 e teve grande abrangência nesta safra 2021/2022, também na região médio-norte de Mato Grosso.
Pesquisadores da Embrapa Soja e da Embrapa Agrossilvipastoril fizeram visitas a lavouras com o problema, coletaram amostras e definiram uma metodologia de coleta e registro de informações. Essa metodologia foi enviada para pesquisadores de outras instituições, para consultores, agricultores e entidades de classe como sindicato rural e associação de produtores.
No mês passado a Embrapa divulgou uma nota sobre o apodrecimento de vagens.