Ah, a política! Ela pode encantar, frustrar, ensinar, mas também pode enlouquecer quem a quer entender na sua plenitude e nas suas constantes e rápidas transformações.
Exemplos não faltam. Um deles está acontecendo agora mesmo, em Rondônia. Os bastidores da política apontavam que o senador Marcos Rogério estava praticamente fora do jogo da sucessão estadual. Seu norte, neste ano, seria ou assumir a liderança do governo Bolsonaro no Senado ou, ainda mais importante, se tornar Ministro até o final do ano.
No andar desta semana, tudo isso, parece começou a mudar, embora, na verdade, não se tenha garantia que a mudança será mantida ou que tudo não voltará aos projetos de antes. Em encontros com aliados – um deles durou cerca de duas horas, com um personagem importante da política regional – Marcos Rogério teria confirmado que vai, sim, disputar o Governo.
Estaria, aliás, liderando uma série de conversas com várias nomes dos mais quentes da nossa política, incluindo-se aí o comando do MDB e o próprio deputado federal Léo Moraes. É esse pessoal todo que o grupo que tem à frente Marcos Rogério, pretende também cooptar. Outra tentativa, segundo fontes deste Blog, é para formar uma super nominata de candidatos à Câmara Federal, entre outras decisões que já estariam tomadas.
Ou seja, Marcos Rogério, que era candidato e depois não era mais, enfim, teria batido o martelo: quer o Governo rondoniense. A verdade é que, nesse momento, todos estão conversando com todos. A nova lei eleitoral obriga a novas decisões, novos rumos, a formação de grupos diferentes, porque quem não se adequar a essa nova realidade, está fadado a não atingir suas metas e nem do seus parceiros.
Com isso, cresce novamente o número de postulantes. Já estão na relação o governador Marcos Rocha, que vai à reeleição; Ivo Cassol, que, ao que tudo indica, será autorizado a disputar pelo STF; Marcos Rogério, agora no páreo novamente; Léo Moraes, ao menos até que todo quadro se esclareça; Vinicius Miguel, do Cidadania e o representante do PT, Anselmo de Jesus.
Se realmente o quadro será esse, como ficará a posição do presidente Bolsonaro, que terá três candidatos próximos a ele, na disputa em Rondônia? A questão faz parte dessa amálgama de decisões, que precisam ser tomadas em relação à política, ela sim, cada vez mais complexa e que, a cada hora, a cada minuto, pode mudar radicalmente tudo o que estava anunciado como definitivo há instantes. A gente tem que cuidar para não enlouquecer, na tentativa de entender a complexidade da nossa política.
INCLUSÃO DE MARIANA CARVALHO ESQUENTA AINDA MAIS DISPUTA PELA ÚNICA CADEIRA AO SENADO
Como está, a essas alturas do campeonato, a disputa pelo Senado? O quadro começa a mudar, inclusive por causa do acordo fechado entre o prefeito Hildon Chaves e o governador Marcos Rocha. Surge, com muita força, o nome da deputada federal Mariana Carvalho, que, até há pouco, tinha como principal objetivo a disputa pela reeleição. O grupo político formado coloca Mariana como nome quentíssimo para a única vaga em disputa, por Rondônia. Também continuam no páreo nomes como os do ex-senador Expedito Júnior, que estará no grupo de Marcos Rogério; Jaime Bagattoli, de Vilhena, que usa o discurso que tem o apoio do presidente Bolsonaro; Jaqueline Cassol, que vem com o apoio importante do seu irmão, Ivo Cassol; de Daniel Pereira, ex-governador e superintendente do Sebrae; do ex-senador Amir Lando, que pretende ressurgir na política; do petista Ramon Cujuí ou, quem sabe, porque ainda incerto, da volta de Fátima Cleide à briga senatorial. Há apenas uma cadeira em disputa e ela tem cada vez mais nomes de peso a disputa-la.
MARCOLA JÁ ESTÁ NO PRESÍDIO FEDERAL E FORÇA NACIONAL AJUDA NA SEGURANÇA
Como esse Blog publicou, com exclusividade e em primeira mão, a quarta-feira confirmou a chegada do poderoso Marco Williams Camacho, também conhecido como Marcola, para o presídio federal de Porto Velho. Um grande aparato de segurança foi criado para a segunda estadia do conhecido como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital, o PCC, condenado a 330 anos e seis meses de prisão. Suas penas acumuladas avisam que ele só concluiria sua pena em 2.318, desde as condenações. Como no Brasil ninguém pode ficar preso mais do que 40 anos, Marcola seria libertado (hipoteticamente, é claro) em 2.038, já que sua pena começou a contar em 1998. Na sua primeira estadia no nosso Presídio Federal, ele ficou por apenas algumas semanas, já que surgiu, na época, informações de que seus aliados poderiam tentar tirá-lo da cadeia e levá-lo para a Bolívia. O presídio federal porto velhense está vivendo um momento de dificuldades, pelo menos em relação ao seu pessoal, bastante reduzido. Um informante contou que, no último domingo, por exemplo, havia apenas cinco agentes federais para cuidar de todo o presídio.
SEGURANÇA REFORÇADA E A ESPERANÇA DE QUE A PASSAGEM POR AQUI SEJA TRANSITÓRIA
A chegada de Marcola, nesta quarta, mexeu com a estrutura de segurança pública na Capital rondoniense. Desde o aeroporto, onde vários policiais estavam cuidando da segurança desde muito antes da chegada do voo da Polícia Federal, até a chegada ao presídio, um forte aparato vigiava o comboio que trazia um dos presos mais famosos do Brasil. Outras fontes informavam também que já houve um reforço no policiamento do presídio, distante a apenas 50 quilômetros de distância do centro de Porto Velho. Provavelmente por isso, membros da Força Nacional de Segurança teriam sido convocados para reforçar a segurança naquela cadeia, pelo menos enquanto Marcola estiver nela. Não há, ao menos por enquanto, informações oficiais, porque todos os temas relacionados com a transferência do poderoso preso são tratados como sigilosos. Outro detalhe que viria neste pacote: Marcola estaria em Rondônia por pouco tempo, porque seria encaminhado para um presídio maior e mais distante das fronteiras. Sobre isso, não há qualquer certeza.
TRIO COM HISTÓRIA E SUCESSO NA VIDA PÚBLICA QUER ASSUMIR CADEIRAS NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Vem aí uma turma de pesos pesados para disputar cadeiras da Assembleia Legislativa. Gente com história política, com serviços prestados, bons de voto e com ânsia de entrarem no Legislativo, trazendo a ele suas experiências na vida pública. Entre eles, apenas como exemplo, um trio de rondonienses ávidos por ocuparem uma das 24 vagas. O ex-prefeito da Capital, Carlinhos Camurça, é um destes personagens. Carlinhos volta a disputar uma eleição depois de quatro anos, quando concorreu também a uma vaga da Assembleia Legislativa. Outro, também ex-prefeito, vem do interior, credenciado por ótimas administrações em sua cidade, Nova Brasilândia. O ex-prefeito Silas Borges vai concorrer como aliado ao grupo de partidos que apoiará a reeleição do governador Marcos Rocha. Ele esta na composição de novos do Patriota, partido presidido no Estado pelo deputado estadual Marcelo Cruz. O terceiro e não menos importante personagem é Pedro Pimentel, ex-secretário de Planejamento do Estado e ex-chefe da Casa Civil do governo, com longa experiência na vida pública e que disputará a eleição pelo Republicanos.
AINDA PORNOGRÁFICO: STF FORMA MAIORIA PARA 4 BILHÕES E 900 MILHÕES DE REAIS DO FUNDO ELEITORAL
Dessa vez, o STF considerou, por maioria, que não deveria interferir em decisões de outros poderes. Por isso, já formou maioria, a favor do Fundo Eleitoral, que baixou em cerca de 800 milhões de reais do que queria o Congresso Nacional, mas que ainda é pornográfico e vergonhoso, numa terra de tanta gente pobre, como nosso Brasil. O valor definido ficou mesmo nos 4 bilhões e 900 milhões, valor menor do que os 5 bilhões e 700 milhões que queriam os membros do parlamento brasileiro. Pelo menos um partido, o Novo, foi contra essa sacanagem com o dinheiro saído do bolso e do suor do brasileiro, que paga alguns dos mais altos impostos do mundo, para, infelizmente, ver parte desse seu sacrifício usado para bancar campanhas eleitorais. O Novo foi ao STF, exigindo que o valor do Fundo ficasse nos mesmos 2 bilhões e 100 milhões da última eleição. O presidente Bolsonaro queria também esse valor, mas não suportou a pressão vinda do Parlamento e aceitou aumentar o valor para quase 5 bi. Menos do que pretendia o Congresso (5 bi e 700 milhões). Agora, por maioria já consolidada, o STF não aceitou as argumentações do Novo e manteve o valor que o governo federal havia topado. Nessa vergonheira toda, ao menos foram economizados 800 milhões de reais, que poderão ser usados em benefício da população.
MAURÍCIO AINDA NÃO DECIDIU SEU FUTURO, MAS EDWILSON NEGREIROS SERÁ CANDIDATO À ASSEMBLEIA
Maurício Carvalho pode disputar a eleição deste ano, já que não assumirá a Prefeitura da Capital por dois anos, como o faria se Hildon Chaves fosse candidato? Ele, sua família e aliados estão ainda pensando no assunto. O que poderia ocorrer, é outro membro dos Carvalho, família poderosa nos meios políticos e empresariais do Estado, disputar uma cadeia na Câmara Federal, caso, mais à frente, sua irmã Mariana Carvalho optasse por concorrer ao Senado. A outra possibilidade, seria a batalha por uma cadeira na Assembleia Legislativa. Claro que tudo ainda no campo das elucubrações, porque, ao menos por enquanto, Maurício não fala oficialmente sobre o assunto. Caso ele decida entrar na batalha da política, quem seria o prefeito, numa eventual viagem ou ausência de Hildon? O primeiro nome seria o do presidente da Câmara, Edwilson Negreiros. Só que não! Negreiros é candidatíssimo à Assembleia e, caso assumisse a Prefeitura, depois de 1º de abril, estaria inelegível. Nesse momento, contudo, esses detalhes não passam de ilações. Daqui a algumas semanas o quadro está muito mais claro e se saberá, realmente, qual o caminho que Maurício tomará.
PREFEITOS NÃO QUEREM PAGAR OS 33 POR CENTO DE REAJUSTE AOS PROFESSORES, POR CAUSA DA LRF
Os prefeitos de Rondônia, em peso, aderiram ao movimento nacional de protesto contra o pagamento de 33,24 por cento, determinado pelo governo federal, para os professores da Educação Básica. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro dá entrevistas e repete nas redes sociais que, ao determinar o reajuste, estaria apenas cumprindo a lei, as prefeituras temem graves problemas legais e financeiros, caso cumpram o reajuste. O mais importante argumento é que, no caso dos mais de 33 por cento, esse custo, para a grande maioria dos Municípios, colocaria os gastos cima do que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. A Associação dos Prefeitos do Estado, a Arom, recorreu ao Tribunal de Contas do Estado, pedindo um parecer oficial sobre o assunto, atendendo, segundo o presidente Célio Lang, um pedido de todos os municípios. Em nível nacional, há grande rebeldia dos prefeitos em cumprir a medida, e, entre outras alegações, há a que indica que ela é inconstitucional. Seja qual for a decisão final, há que se dizer, que todos os políticos, em seus palanques, juram valorizar os professores. Mas, na vida real, promessa de campanha é uma coisa, cumprir o prometido, bom, aí já é outra, beeem diferente!
PERGUNTINHA
Você concorda ou acha muito cedo e perigosa, decisão em estudo pelo governo brasileiro, de considerar a crise da Covid 19 como endemia (uma doença mais localizada) e não mais uma pandemia, como já o fizeram alguns países da Europa?