O Dia Internacional da Mulher devia ser só de comemoração, homenagens e reverências.
Mas não para milhares de famílias brasileiras, incluindo um pequeno, mas significativo grupo em Rondônia. Elas vivem no luto, pela brutalidade que se abateu sobre mães, esposas, companheiras, noivas, namoradas.
Algumas dessas mulheres passam boa parte de suas vidas sob o jugo da truculência, do desrespeito, de escravatura não só física, como também moral e emocional. Algumas, mal saídas da infância, vão viver vidas de tristeza e tragédia. Há as que são obrigadas a conviver com seus estupradores, por exigência da família, como se a culpa fosse delas.
Tomadas como propriedades dos machos, são tratadas como se não fossem seres humanos, mas apenas coisas, usadas para uma vida sexual em que elas são apenas objetos. Vivem maltratadas, xingadas, ofendidas, agredidas e depois são mortas. Só no primeiro semestre do ano passado, por exemplo, foram registrados 665 feminicídios no Brasil.
Rondônia está neste mapa da maldade. Nos dois primeiros meses deste ano, 14 mulheres tiveram mortes violentas, das quais cinco foram vítimas de feminicídio. O último caso aconteceu no domingo, em Jaru. Mas também foi perto de todos nós – e se registra o caso com a maior tristeza – o caso de um canalha que assassinou a sua amante porque ela ficou grávida e ele não queria que sua mulher descobrisse.
O machismo da sociedade brasileira está longe de acabar. Vai diminuir toda essa violência contra a mulher só com muita educação e muito ensinamento às novas gerações. Mas, para os anormais que as matam das formas mais cruéis possíveis, a única saída é mudar as leis atuais. Assassino de mulher tem que apodrecer na cadeia e não ser beneficiado com saídas em dias festivos (incluindo-se aí, por ironia terrível, o próprio Dia das Mães!) e não ter direito a qualquer redução de pena. Mas esse é o país em que leis são feitas para proteger criminosos. Portanto, quem faz essas leis canalhas, é cúmplice do assassinato de tantas mulheres.
NÚMEROS NOVOS: PESQUISA DESTA SEMANA DÁ LIDERANÇA A LÉO MORAES PELA DISPUTA AO GOVERNO
As pesquisas eleitorais feitas agora, sete meses antes da eleição de outubro, dão mesmo um quadro sobre a preferência do eleitorado, mesmo com nomes importantes, como os do ex-governador Ivo Cassol, ainda não sendo colocados nelas. Devem ser levadas a sério? A última, realizada pelo instituto Phoenix, registrada sob o numero com o número RO 07370/2022, no TRE rondoniense, afirma ter ouvido 1.203 eleitores em 14 cidades do Estado, entre 1º e 4 deste março. Colou à frente o deputado federal Léo Moraes, ainda do Podemos, mas que está namorando com o MDB, com 31 pontos percentuais. O governador Marcos Rocha ficou em segundo, com 21 pontos; Marcos Rogério em terceiro, com 16 e Maurão de Carvalho em quarto, com 7,4 pontos. Os demais nomes (Pimenta de Rondônia, Vinicius Miguel, Anselmo de Jesus e João Cipriano (este certamente não disputará o Governo), não chegaram aos 7 pontos. A verdade é que o quadro sucessório ainda está nebuloso, até porque as tratativas para acordos só agora começando e nem todas as candidaturas estão postas. Nesta quarta-feira, por exemplo, há uma grande probabilidade que o STF autorize Ivo Cassol a entrar na briga e o cenário pode mudar totalmente, inclusive com um ou outro nome que postule o Governo, podendo desistir da disputa, caso Cassol esteja nela. Tudo ainda é muito cedo, portanto.
GOVERNISTAS NÃO DÃO CRÉDITO À PESQUISA E OUTROS CANDIDATOS TAMBÉM ACHAM QUE É MUITO CEDO PARA DEFINIÇÕES
Oficialmente, o Palácio Rio Madeira não comenta a pesquisa, mas o que se sabe é que, entre a equipe do governador Marcos Rocha, a maioria dos que o está apoiando para a reeleição, dá crédito zero aos números divulgados. Pedindo que seu nome não fosse divulgado, um importante personagem do grupo palaciano comentou que, até recentemente, pesquisas ainda não oficiais, porque não precisavam ainda serem registrados na Justiça Eleitoral, colocavam o governador rondoniense em sexto lugar, entre sete candidatos. Aliado de Ivo Cassol também disse a este Blog que não se pode dar crédito a qualquer pesquisa de opinião, antes que se saiba se o ex-governador será ou não candidato. No grupo de Marcos Rogério, que está atraindo também antigos aliados do ex-PSL, que romperam com o governo, o comentário é de que a pré-candidatura do senador foi anunciada há menos de uma semana, ou seja, até há pouco ele não era nome certo à sucessão estadual. O ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia, Maurão de Carvalho, que disputou o governo na última eleição, continua tendo uma parcela importante do eleitorado, conforme a pesquisa, mas até agora não anunciou se será candidato ao Governo ou a que outro cargo, caso decida disputar. Há que se observar ainda que os representantes da esquerda (Pimenta de Rondônia, Vinicius Miguel e Anselmo de Jesus, ainda estão com pouco tempo na jogada, enquanto Léo Moraes, Marcos Rocha e Marcos Rogério frequentam a mídia há pelo menos três anos. Aguardemos pois as próximas pesquisas, quando o quadro estiver mais claro.
MDB PODE ANUNCIAR NOME AO GOVERNO ATÉ O FINAL DE SEMANA. CONVERSAS ESTÃO ANDANDO…
Não há informação oficial, ainda. Mas o MDB está perto de anunciar decisões importantes sobre quem apoiará para o Governo do Estado e com quem se aliará para a formação de nominatas das mais quentes tanto para a Câmara Federal quanto à Assembleia Legislativa. O presidente regional Lúcio Mosquini, respeitado por seu talento em conversar sobre política com todos os partidos e setores da sociedade, anda trabalhando duro, por enquanto em silêncio, para buscar as alternativas viáveis para seu partido. Quem será o escolhido? O que é certo é que Confúcio Moura e o próprio Mosquini não disputarão o governo. Confúcio fica no Senado e Mosquini tem como maior objetivo, conquistar mais um mandato para a Câmara, onde, aliás, pela segunda vez ele é o líder da nossa bancada. Ouve-se ainda, aqui e ali, que o partido poderia tentar cooptar o jovem prefeito e empresário João Gonçalves Filho, de Jaru, mas o assunto também não andou. O que se sabe é que o partido anda conversa com várias lideranças, inclusive com o grupo político do governador Marcos Rocha, através do seu chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves. Mas fala também com o deputado Léo Moraes e com outros nomes. Teria havido um convite para cooptar o ex-secretário municipal de agricultura, Vinicius Miguel, candidatíssimo ao governo, mas até agora não há nada oficial. O maior partido do Estado continua conversando…
THIAGO FLORES E LUCAS FOLLADOR: EX-PARCEIROS POLÍTICOS, AMBOS QUEREM REPRESENTAR ARIQUEMES E REGIÃO NA CÂMARA FEDERAL
Enquanto os grupos políticos perdem os cabelos tentando unir nomes quentes para formação de nominatas viáveis, individualmente Rondônia tem muitas lideranças que podem, sim, cooptar um eleitorado muito grande, embora mesmo com muitos votos, corram o risco de ficarem de fora da Câmara Federal, caso não atinjam o cociente necessário de cerca de 100 mil votos para cada cadeira. Na região de Ariquemes, pelo menos dois nomes quentes vão estar na disputa. Antigos aliados, agora são adversários políticos. Depois de um mandato muito produtivo e progressista, o ex-prefeito Thiago Flores já confirmou sua vontade de concorrer ao Congresso. Ele ainda está conversando com vários grupos, mas ainda não bateu o martelo. Outro nome com reais chances de chegar à Câmara é o do jovem político Lucas Follador, que foi vice-prefeito de Thiago, mas praticamente não atuou nesta função, porque os dois romperam politicamente logo no início da administração. Filho do deputado estadual Adelino Follador, que já está em seu quarto mandato, Lucas concorreu à Câmara Federal em 2018 e teve uma votação expressiva: quase 27 mil votos. Certamente a região terá outras lideranças importantes, de vários partidos e grupos políticos, para concorrerem em outubro. Mas com a dupla de jovens políticos, ambos já decididos a entrar na disputa, Ariquemes e região já estão bem servidas de pretendentes ao Congresso.
POLÍCIA PRENDE MAIS UM FORNECEDOR DE ARMAS PARA A VIOLENTA LCP, QUE ATACA FAZENDAS EM TODO O ESTADO
O crime organizado está por trás das ações criminosas da terrorista Liga dos Camponeses Pobres, a famigerada LCP, que continua atacando fazendas nas regiões rurais de Rondônia, fazendo vítimas e destruindo+ patrimônios. Várias provas neste contexto já foram reunidas pela polícia. Neste final de semana, mais um exemplo disso: pai e filho foram presos em União Bandeirantes, com várias armas, munições e até radiotransmissores que, segundo as denúncias, seriam entregues a membros da LCP. Outras prisões já comprovaram que há fornecedores de armas, alimentos, ferramentas e outros produtos, alimentando a existência de um grupo que vive em função da violência. A situação no campo tem sido tratada, até por alguns órgãos que deveriam analisar o assunto com muito mais dureza, apenas como uma questão política, ideológica e, eventualmente, até humanitária. Não é o caso. A LCP tem características diferentes, com treinamento de guerrilha, com orientações radicais, com o uso indiscriminado de destruição e violência física contra adversários. Jamais existirá como uma parte representativa da sociedade, numa democracia. Só na ditadura do proletariado a LCP sobreviveria com suas práticas.
A GUERRA NÃO MATOU O VÍRUS. ELE CONTINUA SE ESPALHANDO E NÃO HÁ CERTEZA SOBRE O FIM DA PANDEMIA
A guerra tomou conta do noticiário. Quanto mais desgraça, melhor! Agora, o vírus passou para um segundo plano. Mas, infelizmente, ele continua ativo, entre nós e continua contaminando, jogando as pessoas nos hospitais, nas UTIs e matando. Só em Rondônia, o vírus já matou quase 7.100 pessoas, muitas delas neste ano e, pior, pelo menos duas dezenas nas últimas semanas. Claro que a força do Coronavírus é menor, até por causa da vacinação em massa, mas ele ainda está longe se ser exterminado. Nos próximos dias, lamentavelmente, os números crescerão ainda, menos do que antes, mas aumentarão, pela irresponsabilidade em dezenas de festas privadas de carnaval. No Boletim do domingo, ainda tínhamos mais de 100 pessoas internadas. Há, contudo, alguns problemas a serem enfrentados. Um deles é, ainda, o grande número de pessoas que sequer receberam a primeira dose das vacinas. Só na Capital, esse grupo chega, infelizmente, a mais de 65 mil pessoas. O total de crianças vacinadas mal chegou nos 35 mil. Em Porto Velho, menos de 25 por cento do público alvo na faixa etária dos cinco aos 12 anos, foi imunizado. A verdade é uma só: enquanto toda a população não se envolver na guerra ao vírus, não se poderá comemorar o fim da pandemia.
CORTE DE 25 POR CENTO NO IPI: MUNICÍPIOS RONDONIENSES PERDERÃO 138 MILHÕES DE REAIS
Decisões do governo federal que afetam às Prefeituras no que elas têm de mais importante (seus cofres), têm merecido verdadeiras declarações de guerra ao Palácio do Planalto. Recentemente, a primeira revolta dos Prefeitos (em Rondônia, eles foram mobilizados pela Arom, que os representa), foi contra o reajuste de 33,24 por cento nos salários dos professores do ensino básico. Cartas abertas, protestos, consultas aos Tribunais de Contas e alegações de inconstitucionalidade da medida fazem parte do pacote que demonstrou a insatisfação dos alcaides. Agora, veio outra bomba: a decisão federal de reduzir a alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (o IPI) vai atingir os cofres municipais em cheio, segundo denuncia a Confederação Nacional dos Municípios. O corte será de 25 por cento dos produtos da chamada linha branca (refrigeradores, fogões, e etc…) e, segundo números divulgados pela entidade nacional dos prefeitos, os municípios de Rondônia vão perder 138 milhões e 500 mil reais em três anos. Os prefeitos dizem que a União quer fazer bondade com o dinheiro dos municípios. Na verdade, todos os Prefeitos querem diminuir impostos e pagar bem os professores, desde que tudo seja bancado apenas pelos cofres federais.
PERGUNTINHA
Qual a sua opinião sobre a decisão do nosso governo de buscar brasileiros em perigo depois de saírem da Ucrânia e trazer junto com eles, no mesmo voo, seus animais de estimação?