Ronildo Macedo, presidente da Casa de Leis / Foto: Divulgação

A Câmara de Vilhena realizou, na manhã desta segunda-feira, sessão extraordinária em que foram analisados e debatidos projetos de leis enviados de forma emergencial pelo Executivo.

Um deles, o de número 6.306/2022 – que requeria autorização para a aquisição de veículos e máquinas para a Secretaria Municipal de Obras Semosp no valor de quase R$ 6 milhões – teve seu pedido de urgência reprovado por unanimidade em plenário por suposta fraude.

Essa é a análise feita pelo vereador Ronildo Macedo (PV), presidente da Casa de Leis, que, ao comentar o projeto, disse que o prefeito Eduardo Japonês tentou uma manobra política para votar o projeto na última sexta-feira, 25, dia em que Macedo não estava na cidade.

O parlamentar explica que o projeto de R$ 6 milhões foi licitado sem ter orçamento para tal finalidade, o que lhe motivou a denunciar o caso ao Ministério Público (MP). Ele disse que o projeto tramitou na Casa de Leis em agosto de 2021 e, durante a reunião da Comissões, o titular da Semosp, Marcelo “Boca”, exigiu que o projeto seja aprovado, já que duas máquinas teriam sido adquiridas pelo Município e estariam em Vilhena. A declaração chamou a atenção de Macedo, que levou o caso ao MP. “Como podem ter duas máquinas na cidade se nem o projeto ainda foi aprovado?”, questiona.

Agora, o projeto retornou à Casa em 4 de fevereiro para análise. Macedo não tem dívida que há fraude na questão e pediu a convocação de “Boca” para esclarecer o fato na próxima sessão ordinária do Legislativo.

MANOBRA DE PREFEITO

Ainda, na sessão, o parlamentar afirmou que o prefeito tentou uma manobra política para aprovar o projeto “por baixo dos panos” e Japonês pode ser responsabilizado por falta de decoro. “Já falei e digo novamente: infelizmente, não temos prefeito, o que temos é um ditador na prefeitura. Ele tentou fazer uma manobra para aprovar o projeto. Isso aqui é muito grave”, desabafou.

 

sicoob

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