Mais que ferveu! Pegou fogo! Nas últimas horas antes das decisões de troca de partidos, da formação de nominatas e das decisões sobre os grupos que vão disputar o governo do Estado, a política rondoniense entrou em regime de 150 graus centigrados, que é a temperatura mínima em que os gases desprendidos, por um corpo entram em combustão, sem auxílio de fonte externa de calor. Ou seja: a coisa incendiou! A tal ponto que houve até uma jogada de mestre do grupo palaciano, conseguindo o apoio do filho do Presidente da República, o senador Flávio Bolsonaro, para que a deputada federal Mariana Carvalho ingresse no PL e seja a candidata oficial da sigla para o Senado. Ora, caso isso se concretize, duas candidaturas já postas perderiam grande espaço: as do ex-senador Expedito Júnior e do megaempresário do agronegócio, Jaime Bagattoli, que ficariam fora deste pacote de apoiados pelo partido do Presidente. Pior que tudo isso, enfraqueceria seriamente o nome do senador Marcos Rogério, que sairia profundamente desprestigiado do episódio. A situação chegou a um ponto tão complexo, que Rogério procurou Léo Moraes e Jaqueline Cassol, o deputado federal já posto como candidato ao Governo, para conversas que possam unir os dois grupos políticos. Do lado de Bagattoli, aliados seus foram às redes sociais protestar contra o ingresso de Mariana Carvalho na sigla, inclusive com ataques que nunca haviam feito, contra a parlamentar. Sobrou até para Flávio, o filho de Bolsonaro, que foi criticado por se meter na eleição rondoniense.
A quarta-feira começou com toda essa confusão, conversas, trocas de mensagens, promessas, mudanças de planos e continuou em Brasília, onde o senador Marcos Rogério deveria participar, à tarde, de uma reunião “decisiva”, segundo se ouviu nos meios políticos, sobre a questão de Mariana Carvalho no PL e da própria candidatura dele ao Governo. Tem mais: nesta quinta-feira, a poucas horas de se fechar mais acordos, pode se consolidar uma nova candidatura ao Governo. Caso Marcos Rogério, por qualquer motivo, decida não concorrer (o que por enquanto é uma possibilidade pouco viável), o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, renunciaria à Prefeitura e se colocaria como postulante ao Palácio Rio Madeira/CPA. Ele só faria isso, contudo, caso Marcos Rogério, em não sendo candidato, o apoiasse. Toda a conversação feita no sentido de colocar Fúria na disputa, teria sido feita pelo experiente Expedito Júnior que, nesse caso, poderia ser o nome do jovem Prefeito ao Senado. A verdade é que não há, ainda, nenhuma verdade definitiva. Tudo está sendo conversado, negociado, oferecido e tratado nesta reta final, antes do prazo definitivo para a troca de siglas. Tudo está acontecendo ao mesmo tempo. Até a noite da sexta-feira, os alicerces da política rondoniense continuarão a tremer. Até porque vem muito mais coisa por aí!
SAIBA POR QUE O GOVERNADOR AINDA NÃO ANUNCIOU OS NOVOS NOMES DO SEU SECRETARIADO
Por que, até a enésima hora, o governador Marcos Rocha não anunciou oficialmente os substitutos dos secretários, que estão saindo de seus cargos para a disputa eleitoral? Ora, a resposta é simples: as cartas na manga de quem está no poder, ajudam muito na hora de bater o martelo, em relação à parcerias, alianças, acordos. Claro que ninguém fala abertamente no assunto, até porque há coisas que nunca se fala abertamente, quando se trata de política. Mas o Palácio Rio Madeira/CPA está fervendo com as perspectivas da atração de grupos políticos que possam ajudar a colocar ainda mais segurança na fortaleza que está sendo construída, para a tentativa de reeleição de Marcos Rocha. Depois da decisão do STF, que tirou Ivo Cassol da disputa ao Governo, o maior empecilho na caminhada da reeleição chama-se Marcos Rogério. Com a jogada de colocar Mariana Carvalho no PL, com aval do Planalto (o filho do Presidente não fala por ele?), o competente senador pode sair muito enfraquecido do episódio e até mudar de planos, em relação à corrida ao Governo. Quem está no poder, numa nova disputa, tem muitos trunfos na mão. E o grupo palaciano de Rocha, liderado por seu chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, que tem se mostrado um expert na arte da política, tem muito mais trunfos do que seus adversários, caso saiba usá-los. Ao que parece, aqueles que eram considerados amadores na política é que estão dando aulas sobre o tema. Aguardemos, pois, os próximos lances.
REPUBLICANOS FORMA NOMINATA FORTE E SONHA COM DUAS CADEIRAS PARA A CÂMARA FEDERAL
Não há sustos, ao menos no Republicanos comandado pelo deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano, para a formação de nominatas viáveis tanto para a disputa às cadeiras ao parlamento estadual quanto à Câmara. A relação de candidatos dá um tom de equilíbrio à busca de até três vagas na ALE e até duas no Congresso Nacional. O presidente do partido destaca alguns nomes que o Republicanos vai apresentar aos eleitores. Para a Câmara Federal, por exemplo, ele cita o ex-deputado federal Lindomar Garçon, que busca novo mandato, além do médico Dr. Marcelo, de Ji-Paraná; o atual deputado estadual Anderson Pereira; Marta Deiró, de Cacoal, cunhada do deputado estadual Cirone Deiró; Sheila Cassol Freitas, que vem com apoio da Igreja Quadrangular; a Missionária Mônica, da Igreja Universal; Dr. Venceslau, médico em Guajará Mirim; e Dr. Lauro Lopes, que foi candidato a Prefeito em Rolim de Moura. É neste pacote de nomes, que formam o óctuplo do Republicanos, que o partido deposita toda a sua confiança. O presidente do partido, Alex Redano, diz que “temos um time coeso, sem grandes estrelas, mas todos, certamente, com possibilidade de terem votação bastante razoável. Temos certeza que vamos eleger ao menos um deputado federal, com chances de conseguirmos até duas cadeiras”.
SERÃO 25 CANDIDATOS DO PARTIDO ESCOLHIDOS A DEDO E META É CHEGAR AO MENOS A TRÊS CADEIRAS NA ALE
Já em relação à Assembleia Legislativa, há também uma expectativa por demais otimista, nos planos do partido comandado por Redano. Nomes de peso não faltam, para que o partido atinja sua meta de eleger uma bancada de, no mínimo, três deputados. A relação começa com o próprio atual presidente do Parlamento. Redano vem forte de Ariquemes e região e é nome quentíssimo para mais um mandato, não só por sua atuação parlamentar como, ao mesmo tempo, pela forma elogiada com que vem comandando o Poder Legislativo rondoniense. Outros candidatos com boas chances: os ex-deputados Só na Bença e Ezequiel Júnior; Pastor Ivanildo, da Igreja Universal; o jornalista e vereador de Porto Velho, Everaldo Fogaça; o vice-prefeito de Pimenta Bueno, Valteir Cruz; delegado regional de Ariquemes, Rodrigo Camargo. A nominata do Republicanos, também para a ALE, está completa, com os 25 nomes possíveis que o partido pode apresentar ao eleitorado rondoniense. Bom de diálogo, agregador, Alex Redano não só se tornou um nome importante no contexto da política do nosso Estado, como tem dado exemplo de como organizar relações de candidatos com viabilidade eleitoral, para o pleito de outubro.
QUAL A VERDADE? HÁ 58 ANOS, UM GOLPE REGADO À TORTURA OU UMA REVOLUÇÃO QUE SALVOU O BRASIL?
Aprende-se, principalmente nas faculdades, apenas uma versão do que envolveu o que a esquerda chama de “golpe militar”, mas o resto do país teima em denominar de “revolução militar”. Sempre contada por um sistema educacional aparelhado, onde essas questões nunca têm os dois lados da moeda, mas apenas um, o dos que tem a sua ideologia como única visão, há um ensinamento parcial dos eventos. Mas, ao menos pode-se, eventualmente, divergir dos donos da verdade e da história, para dar informações geralmente escondidas. Neste 31 de março, nos 58 anos em que os militares impediram que o Brasil se transformasse numa República Socialista (essa versão não pode ser contada!), é importante que se relate, ao menos um pouco, o que realmente aconteceu, enquanto a censura não toma de vez o poder de impedir que se tenha mais de uma versão para o mesmo fato. Em termos de população, os anos 60 mostravam um Brasil com pouco mais de 73 milhões de habitantes, 33 por cento do que temos hoje. Era um país efervescente, como o era o mundo, à época dividido pelo que Churchill chamou de “Cortina de Ferro” da então União Soviética e seus satélites e o mundo livre. Fidel Castro recém tomara o poder em Cuba (daí a versão que se ensina não é de golpe ou ditadura, mas apenas do povo tomando o poder!) e o comunismo começava a se espalhar pelo Planeta. Em 13 de março, num discurso para um público calculado em 200 mil pessoas, o Presidente anunciava suas reformas, que eram o caminho mais curto para o socialismo. Começou então a mobilização da maioria da sociedade contra ele. Esquerda e direita estavam à beira de um confronto.
A MARCHA PELA FAMÍLIA E AS LIÇÕES NÃO APRENDIDAS PELA HISTÓRIA DO NOSSO BRASIL
Em 19 de março de 64, a Marcha Pela Família e pela Liberdade reuniu, só em São Paulo, mais de meio milhão de pessoas. Imagine-se uma cidade que tinha pouco mais de 3 milhões e meio de moradores e que mais de 15 por cento de toda a população saiuàs ruas, contra Jango. As passeatas pelo país reuniram milhões de pessoas, pedindo a derrubada do governo. No dia 31 de março, começou o que os militares chamam de “revolução” e a esquerda de “golpe”! Durante 20 anos, os militares estiveram no poder. Cometeram também muitos erros (a tortura dos presos políticos, por exemplo, é uma vergonha que o Brasil carregará para sempre, na sua História!), mas não se pode dizer que a minoria de guerrilheiros tenha respondido com flores. Assaltos a bancos, sequestros de embaixadores, assassinatos de militares, execuções de militantes que eram suspeitos de traidores, também fizeram parte deste triste período da nossa história. Esse outro lado, claro, é sempre glamourizado e contado como atos de heroísmo, a tal ponto que até hoje ex-guerrilheiros recebem indenização dos cofres públicos. Hoje, quase seis décadas depois, estamos numa Nação dividida novamente. Não aprendemos as lições do nosso próprio passado, infelizmente.
ENTRE MAIS DE 50 MIL ALUNOS DO ENSINO MUNICIPAL, APENAS 31 CASOS DE COVID. NENHUM DELES TEVE GRAVIDADE
Pelo menos nas escolas municipais, a volta às aulas presenciais ocorreu de forma bastante positiva. O temor do surgimento de muitos novos casos de Covid, o que poderia fazer com que escolas fossem fechadas novamente, não se confirmou. Desde quando os estudantes retornaram nestes primeiros meses do ano, a Secretaria Municipal de Educação de Porto Velho registrou apenas 31 anos de contágio, entre todo o mundo escolar. Nenhum deles teve gravidade, felizmente. Nas 141 escolas da Capital, os cuidados são mantidos e a segurança dos alunos têm demonstrado que toda a preparação, liderada pela secretária Gláucia Negreiros, mas feita por uma grande equipe, para a voltar à normalidade, nas salas de aula, estão tendo resultados positivos. Dos mais de 50 mil estudantes matriculados nos educandários do município, a maioria ficou praticamente um ano e meio sem o ensino presencial. Uma parte começou a voltar em outubro, mas, a partir de fevereiro, o retorno foi em massa. O temor de que a pandemia pudesse atingir um número grande de estudantes, ficou apenas na preocupação. Uma série de medidas foram tomadas. Para se dar apenas um exemplo, a Prefeitura gastou mais de 5 milhões de reais em álcool gel e outros produtos de proteção às crianças do ensino fundamental. Não há, ainda, informações sobre o assunto, em nível das escolas estaduais.
POLÊMICA: LÍDER DA BANCADA RONDONIENSE CONDENA “ATIVISMO JUDICIAL” CONTRA DANIEL SILVEIRA
Líder da bancada rondoniense na Câmara, o deputado federal Lúcio Mosquini fez uma postagem que, certamente, causará muita polêmica. O presidente regional do MDB rondoniense publicou um texto de apoio ao deputado Daniel Silveira, aquele que foi punido pelo STF por ofender ministros e preso, por autorização da maioria da própria Câmara. O parlamentar punido continua usando tornozeleira eletrônica e está proibido de dar entrevistas, entre outras sanções.
Sobre o assunto, Mosquini publicou: “Daniel Silveira é um deputado federal eleito pelo povo, e está sendo vítima de ativismo judicial. Na primeira vez eu votei não pela prisão do Deputado Daniel Silveira, e novamente declaro meu apoio. Não podemos permitir que um parlamentar fique proibido de exercer o seu direito à livre expressão, sendo que é justamente ele quem deveria ser a voz que representa a sociedade. – Sou contra essa perseguição e por isso dou meu apoio a Daniel Silveira! Espero que todos os parlamentares peçam e assinem o código de apoiamento e também se manifestem”. Num momento em que muitos políticos temem enfrentar o STF, até porque, comenta-se, há muitos membros do Congresso temendo que processos contra si andem, não deixa de ser uma atitude corajosa do representante da bancada rondoniense. Sobre o assunto, ao menos até esta quarta-feira à noite, nenhum outro parlamentar de Rondônia se manifestou.
PERGUNTINHA
Um dos maiores atores de todos os tempos e considerados, na juventude, como uma das pessoas mais bonitas do Planeta, o ator Alain Delon decidiu morrer através de suicídio assistido. Qual sua opinião sobre a decisão de tirar a própria vida?