Secretária de Saúde responde questionamentos dos parlamentares / Foto: Extra de Rondônia

Na sessão ordinária realizada na manhã desta terça-feira, 12, na Câmara de Vilhena, o assunto principal foi a sabatina da secretária municipal de Saúde, Weslaine Amorim, que, na tribuna do Legislativo, tentou explicar os problemas enfrentados pela pasta.

Durante quase 2 horas, Amorim respondeu aos questionamentos dos parlamentares, principalmente, a problemas decorrentes da empresa “Medicando”, responsável por atividades médicas em unidades de saúde do município, com relação aos médicos contratados que não estariam atendendo a contento aos pacientes devido à falta de experiência e humanização.

O vereador Pedrinho Sanches disse que a empresa terceirizada está em Vilhena para judiar das pessoas ao relatar o caso de um médico recém-formado que mandou um paciente retornar para casa, mesmo passando mal. “Não podem tratar os pacientes como se fossem lixo”, denunciou.

A vereador Vivian Repessold afirmou que testemunhou um médico chamando outro médico para saber o que iria fazer no momento em que atendia um paciente. “São médicos inexperientes”, analisa.

O vereador Dhonatan Pagani chamou a atenção quanto ao pagamento de plantões desses médicos que – segundo ele – “são recém-formados, prestam um mal atendimento” e ganham três vezes mais que os médicos concursados na prefeitura.

A secretária afirmou que está há 90 dias à frente da pasta e que, nesse período, a empresa foi notificada de forma verbal visando melhorias nos serviços prestados à sociedade. Afirmou que quem avalia a conduta profissional dos médicos é o Cremero e admitiu que não é fácil contratar médicos devido aos salários oferecidos ao profissional.

Contudo, para o presidente da Casa de Leis, Ronildo Macedo, a culpa da precariedade da Saúde pública é do prefeito Eduardo Japonês (PSC), que – segundo ele – já trocou mais de 70 secretários municipais em três anos. “A equipe da prefeitura é pior do que time de futebol. Não há como se fazer gestão nessa situação. Se o prefeito enjoa da cara do secretário, ele manda embora e depois fala que o secretário é culpado das desgraças do município. Desse jeito, não se consegue ter gestão”, disse.

Por outro lado, ele minimizou as críticas a Weslayne e disse que Vilhena perdeu R$ 15 milhões que eram para a construção do novo hospital.

“Hoje, não se pode jogar pedra na secretária, porque ela também é vidraça. Ela está sendo uma vítima de uma gestão que não faz o bem para nosso município. Infelizmente, (o prefeito) enganou nós na primeira campanha; dizia que não tinha gestão, mas tinha dinheiro. E a gente está vendo, que os cofres estão cheios e todas as secretarias têm dificuldades. Se agora você fazer uma CPI, a Saúde está jogada às traças. Infelizmente, estamos pagando o preço por falta de capacidade do nosso executivo, que não tem gestão, não tem habilidade para o diálogo, e, aí, quem paga a conta é o povo. São R$ 15 milhões perdidos e o prefeito vai à Brasília para fazer politicagem. Não temos hospital novo e vamos nos contentar com o que temos aí”, garantiu.

DITADOR NORTE-COREANO

Ainda, devido à falta de diálogo do prefeito com os parlamentares, Macedo comparou Eduardo Japonês ao ditador Kim Jong-um, presidente da Coreia do Norte.

“Ontem ele foi convidado para comparecer à Câmara. Mas com ele não tem diálogo. É o presidente Kim Jong-um, lá da Coreia (do Norte) e nós temos que ficar aqui igual uns bestas. Se quiser falar com ele, temos que ir lá no gabinete. De agora em diante, vai ter que ler a cartilha dessa Câmara, porque o vereador que ficar apoiando essas negligências do prefeito, vai ser falado na tribuna. Não tem condições de administrar o município. Está fora da casinha”, desabafou.

 

sicoob

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