Evandro Padovani (à dir) / Foto: Divulgação

O ex-secretário de Estado da Agricultura de Rondônia, o vilhenense Evandro Padovani, manifestou seu repúdio, nesta terça-feira (26), com relação à atitude do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na suspensão de novas operações de financiamento por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Custeio), crédito de custeio com juros subsidiado à agricultura familiar, com estimativa de juros prefixados de 3% ao ano. Ele se refere à notícia publicada na edição desta segunda-feira (25) do jornal o Estado de S.Paulo.

De acordo com o Estadão, o Pronaf Custeio era a única linha do Plano Safra 2021/22 que ainda estava com crédito liberado no BNDES. O jornal lembra que todas as outras linhas com juros subsidiados já estavam suspensas desde 7 de fevereiro, por causa de normativa do Tesouro Nacional, devido à falta de recursos para equalizar as taxas depois da elevação da Selic – hoje, em 11,75% ao ano.

Segundo o noticioso, o Tesouro Nacional argumenta que tomou a medida porque aumentou muito a diferença entre a taxa básica de juros e a taxa cobrada de produtores nos financiamentos.

Evandro Padovani afirmou que está acionando e solicitando à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) a se manifestar sobre a questão.

“Rondônia tem 85% de pequenas propriedades rurais; os custos de produção estão nas alturas e os preços mínimos dos produtos da agricultura e pecuária não cobre os custos de produção”, explica.

Padovani disse que o BNDES é um dos órgãos públicos de financiamento e o lado do Banco do Brasil e Banco Basa. “A preocupação é que um começam a cortar os subsídios. Isso é efeito cascata, aí vai indo para todos e uma questão do Banco Central”.

Padovani cita como exemplo que apenas pela Emater serão prejudicados mais de 46.852 mil agricultores do Estado, fora os que estão em outros projetos, em outras entidades financeiras que poderão também aderir a atitude do BNDES. “Tomando tudo isso, o prejuízo seria irreparável, com a suspensão do crédito de custeio com juro subsidiado à agricultura familiar”, analisa.

Padovani disse, ainda, que os preços pagos aos produtores rurais não cobrem os custos de produção e, se aumentar as taxas de juros, será o fim do pequeno produtor rural.

sicoob

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