O prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), concedeu entrevista exclusiva ao Extra de Rondônia a respeito do assunto que gera polêmica no município: o suposto desvio de combustíveis envolvendo servidores públicos.
O caso ganhou grande repercussão e foi assunto debatido na Casa de Leis na última sessão ordinária, com o vereador Paulo Henrique (PTB) propondo a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.
Na oportunidade, o parlamentar foi questionou o “silêncio” do mandatário municipal quanto à questão. “Prefeito, faça uma live. Os cidadãos estão fragilizados com o silêncio mortal de quem deveria olhar e trabalhar de forma honesta por eles”, disse o petebista na tribuna do Legislativo (leia mais AQUI e AQUI).
Ao Extra de Rondônia, o prefeito explicou que descobriu o suposto crime através de declarações do secretário de Educação, afastou servidores e suspendeu pagamentos. “Descobri os fatos através de uma fala do secretário de educação, de algumas inconsistências apresentadas pela empresa do cartão que gerencia o combustível, e eu mesmo fiz a denúncia. Pedi a suspensão de todos os pagamentos pois se trata de um possível desvio de combustível. Devido à forma que estava sendo feita, dá a entender que isso vem de muitos anos. Nós desabilitamos a empresa do cartão, afastamentos alguns servidores, entreguei a apuração dos fatos delegado regional de Polícia e também à promotora de improbidade para investigação criminal”, afirma.
O prefeito também se mostrou favorável à formação de uma comissão do caso no Legislativo. “Nós tivemos uma reunião e foi em consenso, inclusive com o jurídico da Câmara de Vereadores, que se instaure primeiro uma Comissão Especial (CE) para apurar as informações e, a partir daí, subsidiar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), já que uma CPI tem que ter fatos, pessoas, uma série de requisitos para sua instauração. Nesse caso, ainda não cumpre esses requisitos porque foi levado ao conhecimento da autoridade policial agora e ainda está a investigação sob sigilo, da autoridade policial e do MP”, comentou.