Houve, claro, alguma surpresa. Mas não foi daquelas que abalaram o país, porque, há muito tempo, o personagem já havia caído dos céus em que ele se autocolocava.
João Dória começou a cair quando, temendo perder o governo de São Paulo para Márcio França, decidiu que só sobreviveria nas urnas, em 2018, caso se aliasse ao candidato Jair Bolsonaro, aquele que as pesquisas, até bem perto da eleição, anunciavam que perderia a eleição presidencial para qualquer candidato que fosse contra ele, no segundo turno.
Andou por seu Estado todo, fazendo campanha para si e seu novo aliado. Pediu votos, usando camisetas em que apresentava como “BolsoDória”! Aproveitou a onda que começou a dividir o país, trazendo-a ao seu Estado, colocando-se ele, como o representante da direita e a esquerda, representada então por França. Pouco tempo depois de eleito, Dória passou a fazer um novo discurso. Entrou para a turma que jamais teria sido eleita, sem o apoio do então novo Presidente da República e que, por questões que a verdadeira História vai contar, no futuro, virou adversário de quem o elegeu.
Dória voltou ao mesmo eleitor que sabia que ele tinha sido aliado de Bolsonaro, para informar agora que tinha se transformado num ferrenho adversário. Mesmo fazendo um bom governo, com boas realizações e sem corrupção (ao menos até agora não há nenhuma condenação, como não as há no governo Bolsonaro, mas em ambos os casos, lá na frente isso pode aparecer), Dória foi perdendo a popularidade, como se nunca a tivesse tido, se transformando, por seus atos meio amalucados, quase numa figura patética, no contexto da política nacional. Venceu as prévias do PSDB para concorrer à Presidência, mas jamais passou de 1 por cento ou 1,5 por cento em todas as pesquisas, antes de ser rifado por seus correligionários que mandam no ninho tucano.
Nesta segunda-feira, sem chance de ter algum apoio popular, que pudesse transformar em viável sua pré-candidatura, Dória entregou os pontos. Rachou seu partido e ficou sem o apoio da população. Renunciou ao mandato como Governador e está sem mandato. É o mesmo risco de quem, sem voto, foi vitorioso na esteira de um candidato que, possa se dizer o que quiser, mas foi o responsável pela eleição de pelo menos duas dezenas entre os que, agora, se voltaram contra ele.
Com a renúncia de Dória na corrida presidencial, os tucanos, o MDB e o Cidadania se uniram e devem lançar um nome de consenso. Tudo levava a crer, neste primeiro momento, que a escolha recairá sobre a senadora Simone Tebet, a quem caberia assumir esta missão quase impossível. É outra candidatura que, ao menos por enquanto, tende ao fracasso. Dona Simone nunca bateu, nas pesquisas, em sequer 2 por cento das intenções de voto do eleitorado. Ou seja, a tendência é que se amplie a distância de Lula e Bolsonaro, os únicos nomes com chances reais até agora e que a famosa terceira via nunca se concretize.
UMA SEMANA SEM MORTES PELA COVID: A PANDEMIA, FELIZMENTE, ESTÁ INDO EMBORA?
Até que enfim! Quase dois anos e meio depois, a pandemia do Coranavírus finalmente parece arrefecer de forma ampla, também em Rondônia, embora, é claro, a gente sempre tenha que ficar com um pé atrás, até que não haja mais qualquer risco. E, hoje, ele ainda existe, claro. Mas o domingo marcou um momento especial para nosso Estado. Pela primeira vez em praticamente 36 meses, o boletim diário da Secretaria de Saúde e da Agevisa, não registraram qualquer morte em nosso Estado, pelo período de uma semana. O Boletim 780, divulgado no final de semana, indicou também nenhum novo caso registrado, embora, obviamente, este número deva ser corrigido no próximo boletim, já que o contágio, mesmo em número extremamente reduzido, continua existindo. Apenas 23 leitos hospitalares ainda estão ocupados por doentes afetados pelo vírus e suas consequências e perto de oito casos ainda são de pacientes na UTI. A pandemia do Coronavírus, que está chegando perto do fim, felizmente, foi devastadora também parta os rondonienses. Perdemos, até a segunda-feira, nada menos do que 7.212 mortos pela Covid, que atingiu nada menos do que 403.412 pessoas, ou seja, um em cada quatro rondonienses pegou a doença. Noventa e sete por cento se curaram, 1,7 morreram e os restantes estão em recuperação.
JI-PARANÁ: COMEÇOU A GRANDE FEIRA DO NOSSO AGRONEGÓCIO, QUE ESTARÁ ABERTA ATÉ O PRÓXIMO SÁBADO
O governador Marcos Rocha e várias personalidades da vida pública e política do Estado estiveram em Ji-Paraná, na abertura da grandiosa Rondônia Rural Show, um evento que, certamente, entrará para a história da economia do nosso Estado. Na solenidade de abertura, gente do agronegócio se misturou aos representantes do mundo político, enquanto Rocha abria oficialmente a feira com um discurso otimista em relação à nossa produção, ao crescimento da pecuária e da agricultura e do futuro da nossa terra. Os números da nona edição da feira são superlativos. São cerca de 600 expositores, previsão de algo em torno de 200 mil visitantes e negócios na ordem de 1 bilhão de reais, além da participação internacional recorde, com pelo menos 17 representações dos mais diferentes países. Até sábado, palestras, orientações, financiamentos, concursos de vários produtos e tudo o mais que gira no entorno do nosso poderoso agronegócio, estarão reunidos no parque de Ji-Paraná, numa área enorme, que ainda precisa de melhorias, mas que já teve grandes melhorias ao que apresentou, por exemplo, no último ano da realização da RRS, em 2019. A exposição e toda a sua imensa concentração da riqueza econômica de Rondônia, na área da produção rural, estará aberta até o próximo sábado, dia 28.
O REPUBLICANOS TRAZ DAMARES, CONFIRMARÁ MARIANA AO SENADO E VAI ANUNCIARÁ NOMES PARA A ALE E CÂMARA FEDERAL
Daqui a 17 dias, o Republicanos rondoniense, comandado pelo presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Alex Redano, viverá um dia muito especial. Em 9 de junho próximo, uma quinta-feira, o partido terá importante encontro regional. Será em Ariquemes, claro, base principal de Redano e onde o Republicanos tem uma forte aliança com a classe política e com a população. Na pauta, obviamente, a preparação para as eleições deste ano, onde o partido, base de apoio ao governo Bolsonaro, em Rondônia está fechado com a busca da reeleição pelo governador Marcos Rocha. Atração especial será a presença d e Damares Alves, a ex-ministra da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos, que será candidata pelo partido ou ao Senado ou a Câmara, pelo Distrito Federal, para onde transferiu seu título. No encontro, ao que tudo indicado, o Republicanos deverá oficializar o nome de outra mulher, a atual deputada federal Mariana Carvalho, para a disputa ao Senado, por Rondônia. Redano deve anunciar também, no grande encontro a ser realizado no Auditório Ariquemes (rua Capitão Silvio, centro da cidade), a relação de candidatos à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal por seu partido, um dos que mais cresceu no Estado, nos últimos tempos. Há quem considere, ainda, que o companheiro de chapa de Marcos Rocha na corrida pelo governo possa sair do Republicanos, mas, é claro, isso ainda não passa de especulação.
STF INTERVEIO EM 123 QUESTÕES DO GOVERNO, UMA POR SEMANA, EM DOIS ANOS E MEIO
Há, claramente, uma situação de confrontos entre os poderes. Ao não aceitar a decisão presidencial, prevista na Constituição, segundo alguns dos maiores juristas do país, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, mantém a declaração de uma guerra que pode interessar a quem quer que seja, menos ao país. Nunca, na história deste país, como diria o ex-presidente Lula, o STF (e aí por sua maioria e não só apenas por Moraes), interveio tanto na administração do país como agora. Em apenas dois anos e meio, sem contar os últimos meses, nada menos do que 123 ações, praticamente uma por semana, foram emanadas do Supremo, contra decisões do atual governo, desde em questões sérias como até em questiúnculas, todas propostas por membros da oposição ou partidos oposicionistas. Atualmente, o grande conflito é a decisão do ministro Alexandre de Moraes de punir, não importa os meios utilizados, o deputado Daniel Silveira, que recebeu uma graça do Presidente da República, mas que Moraes não aceita, até que o próprio Judiciário diga o que a Constituição já diz, ou seja, que a decisão presidencial é incontestável. São provocações de parte a parte, aliás, que em nada ajudam o Brasil e que podem levar nossa Nação a um conflito de dimensões perigosas. Quem avisa…
CANDIDATOS AO GOVERNO SE CONCENTRAM NO INTERIOR E LÉO MORAES TERIA CONVIDADO CARLOS MAGNO PARA SEU VICE
Muitas conversações, possibilidades, perspectivas, elucubrações: é tempo de tudo isso, na pré-campanha ao Governo de Rondônia. Os dois Marcos (o atual Governador, o Rocha e o senador, o Rogério), concentram suas atenções, nesta semana, na região central do Estado, onde ocorre a edição histórica da Rondônia Rural Show, aberta nesta segunda-feira pelo Governador e várias autoridades. Já Vinicius Miguel, que pretende representar a união da chamada Frente Popular, dos partidos de esquerda, começa a se movimentar também, conversando com lideranças e preparando um forte discurso de oposição. Outro oposicionista ao Palácio Rio Madeira/CPA, o deputado federal Léo Moraes, continua investindo forte no interior. Na semana passada, repetiu a dose e visitou vários municípios, buscando aliados para seu projeto. Nenhum dos dois confirma, mas é real que Léo Moraes teria iniciado uma conversa com o ex-deputado federal e ex-secretário de Estado, Carlos Magno, para que ele fosse seu companheiro de chapa. Por enquanto, Magno só fala em manter seu projeto original de conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Consultados por este blog, tanto Léo quanto Carlos Magno não comentaram o assunto. Nem negaram, nem confirmaram. Mas uma fonte quente deste espaço confirma: a dupla andou conversando.
QUEM CONSEGUIRÁ O MILAGRE DE TRANSFORMAR LULA NUM CANDIDATO DE CENTRO E NÃO DO MAIS PURO SOCIALISMO?
Lula não é de esquerda. Lula é do centro. Pelo menos é isso que toda a estrutura da campanha do ex-presidente começará a tentar “vender” ao país. Acompanhado por seu candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alkmin e com o aval de partidos como o PT, claro, mas também do PSB, PSOL, PSD, PC do B, Sustentabilidade e outros, a ideia surgida neste início de semana, é criar um discurso que apresente Lula como um candidato de centro, para atrair o eleitorado que não quer saber de Bolsonaro. A estratégia será mobilizar parceiros e levar aos palanques antibolsonaristas, a intenção de apresentar Lula como um nome que não representa o radicalismo de esquerda, mas sim que pode ser aceito entre os empresariado e o mercado financeiro. É mais ou menos o mesmo do que impor ao país a ideia de que Bolsonaro é um grande crítico da Revolução de 64 e que, agora, tornou-se opositor mordaz do que passaria a chamar de golpe militar. O que Lula e seus parceiros vão precisar fazer, de imediato, caso queiram mesmo mudar o que a sociedade brasileira pensa do candidato à Presidência, é que ele deixe de fazer discursos que assustam o eleitorado do centro, como, por exemplo, que irá impor censura à mídia (apelidando a ação como “controle social!”); que irá desfazer todos os enormes avanços da legislação trabalhista; que anunciam apoio ao aborto e ao fim da família tradicional e, outros, cheios de elogios a ditadores como os Castro em Cuba e Nícolas Maduro da Venezuela. Sem essa mudança radical (com o perdão do trocadilho), Lula continuará sendo visto por todos os brasileiros que não são idiotas, como ele realmente é: um grande líder socialista, que nada tem a ver com um político de centro.
MARCOS ROGÉRIO REFUTA ATAQUES E DIZ QUE SABEM DE ONDE ELES VÊM, MAS AINDA NÃO DEU NOMES
Por falar em Marcos Rogério, o senador rondoniense anda sofrendo por uma situação em que não tem culpa, mas, é claro, continua tendo repercussão negativa. A tal ponto de que ele tenha usado as redes sociais para se defender. O caso envolve uma situação em que um assessor nomeado por Marcos Rogério acabou sendo denunciado em operação da Polícia Federal, por envolvimento numa organização criminosa envolvida em tráfico de drogas. Tão logo soube da situação, o senador exonerou o servidor, que ele pouco conhecia, mas havia sido indicado para o cargo. Contudo, o assunto tem sido usado para ataques a ele, ainda mais neste período em que a política fervilha e os argumentos de uns contra outros extrapolam, em muito, as questões que envolvem apenas a disputa eleitoral. Segundo o site Rondoniaovivo, Marcos Rogério afirmou que “não se rebaixaria às cobranças por explicações” e, ainda, que sabe de onde vêm os ataques, mas que, segundo o texto, “não vou me nivelar a eles e nem deixar que baixarias me tirem do foco”. A campanha nem começou e já dá para se sentir o nível que ela pode ter, com ataques deste nível, vindos de todos os lados contra todos os candidatos.
PORTE DE ARMAS PARA VIGILANTES: LEI JÁ VIGORA E OS QUE NÃO CONSEGUIREM, TERÃO APOIO LEGAL GRATUITO
Uma proposta inédita, aprovada até agora em apenas dois estados brasileiros (o Acre utilizou a base do projeto aprovado em Rondônia, para fazer o mesmo), beneficia os vigilantes, que, a partir de agora, têm direito a posse e porte de armas. Por iniciativa do deputado estadual Jair Montes, a proposta passou pelas Comissões da Assembleia e foi aprovada em plenário. O governador Marcos Rocha, então, sancionou o que é agora a lei 5343, já em vigor. Do mesmo partido de Montes (Avante), o advogado Breno Mendes, que disputa uma vaga à Câmara Federal, anunciou seu total apoio à medida.
Mais que isso, como advogado, Breno se colocou à disposição dos vigilantes que, eventualmente, tenham dificuldades de conseguir seu porte de armas. O advogado afirma que, em caso de dificuldades, o sindicato da categoria pode ser acionado e o escritório dele, Breno, imediatamente entrará com mandado de segurança, exigindo que a lei seja cumprida. Jair Montes também tem utilizado as redes sociais para comemorar a aprovação da lei que ele idealizou, considerando que ela representa uma grande conquista da categoria. Breno acrescenta ainda que tem se apresentado como defensor também dos consumidores rondonienses, abraçando causas como, por exemplo, que são consideradas ilegais, praticadas eventualmente pela Energisa contra seus clientes. Sua ação, lembra, já impediu atos em que a empresa estaria descumprindo a lei, ao tentar cortar o fornecimento de energia, em situações que não teria amparo legal para fazê-lo.
PERGUNTINHA
Você ainda lembra que há uma guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e que há milhares de mortos, inclusive civis e crianças ou já considera também assunto superado, porque o importante são as novas postagens, nas redes sociais, sobre o divórcio de Johnny Deep?