Ex-presidente da ALE Hermínio Coelho / Foto: Divulgação

Depois de não ter conseguido se reeleger em 2.018, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE), Hermínio Coelho, retorna ao cenário político e trabalha na construção de pré-candidatura a deputado estadual.

Coelho, que está de volta ao PT rondoniense após cerca de uma década, conversou neste sábado, 28, com a reportagem do Extra de Rondônia, ocasião em que, como sempre, não se furtou a responder nenhuma pergunta e teve a franqueza de sempre em suas respostas.

Falando sobre esse retorno, ele falou que, na verdade “nunca quis sair, o que me faltou foi voto para ter permanecido na Assembleia nas eleições de 2.018”.

Estando na época filiado ao PCdoB ele reconhece que aquele momento não era propício para estar tão vinculado a uma sigla que trazia em sai própria nomenclatura a palavra “comunista”. “Só que, mesmo assim, tive quase 7.000 votos naquela ocasião, o que não é nada mal, porém foi insuficiente para me garantir”, pondera.

Ele disse que essa nova tentativa de ser candidato se deve ao fato de não estar havendo na ALE “uma voz que fale em nome das classes trabalhadoras e mais carentes da sociedade, que são as mais sacaneadas pelo poder público”. Por isso, está então se dispondo a conseguir aval de seus correligionários para disputar um espaço no Parlamento a fim de representar esses setores da sociedade.

Hermínio considera a atual legislatura estadual “fraca, apesar de ter um ou outro acerto coletivo e individual dos deputados, que são quase todos meus amigos e com quem eu convivi e exerci mandato”.

Mas ele acredita que faltam debates no plenário acerca das grandes questões que afetam a população do Estado, e não concorda com o que classifica como “subserviência do Legislativo ao governador”. “Não dá para ser 100 % situação, isso não é bom para o povo nem para a democracia”, avalia.

NOTA 5

Falando sobre o governo Marcos Rocha, ele dá uma “nota 5” para a gestão. “Mesmo com erros, o governador nunca foi negacionista como seu mentor em Brasília. Aliás, teve até problemas com o governo federal por não seguir tal cartilha”, explica.

Coelho disse que a administração Marcos Rocha tem seus acertos, tendo um desempenho geral “razoável, porém superior aos dois mandatos de Confúcio Moura”. O problema, para o ex-deputado, é uma “equipe ruim”. Ele disse também que há sim corrupção no governo, pois “sempre tem”, mas não acredita no envolvimento do governador.

SUCESSÃO AO GOVERNO

Já a respeito da sucessão, em sua opinião, os três candidatos de direita que devem concorrer têm chances de chegar ao segundo turno. “O negócio é a gente fortalecer a nossa frente e colocar nosso candidato no segundo turno, pois tenho convicção que Lula se elege presidente no primeiro turno, e aí o seu apoio aqui ao nosso candidato pode nos garantir a vitória também em âmbito local”, disse ao Extra de Rondônia.

Ele falou também sobre seu retorno ao PT, começando pelo afastamento da legenda, anos atrás: “tive problemas de relacionamento partidário com Roberto Sobrinho, e após a morte do deputado Eduardo Valverde a coisa ficou insustentável”.

“Não tenho nada pessoal contra o ex-prefeito, mas não queria ficar no mesmo partido que ele. Hoje a conjuntura é outra, o PT, apesar dos erros e falhas de alguns de seus integrantes é um grande partido, que certamente aprendeu com tudo o que aconteceu e fará um governo ainda melhor. E, podem ter certeza, se eu conseguir concretizar o projeto que estou encaminhando, farei também melhor do que já fiz nos mandatos anteriores, estando sempre ao dispor para trabalhar em prol da população de Rondônia”, finalizou.

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