O juiz aposentado Léo Antônio Fachin, que atuou em Vilhena e mora atualmente em Porto Velho, está na “Cidade Clima da Amazônia” nessa quarta-feira, 29, para cumprir agenda de compromissos no intuito de fortalecer sua pré-candidatura ao Senado Federal.
Em visita à redação do Extra de Rondônia, ele comentou o motivo de entrar na política, falou sobre seu partido político, o Avante, e fez críticas às atitudes do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem considerou um “verdadeiro comitê eleitoral”.
Fachin iniciou falando da visita à cidade de Vilhena. “Essa aqui é minha região, minha origem, quantos anos convivi e tenho até propriedade na região. Estou em casa, visitando os amigos, mostrando essa nova cara, já que sempre tive essa cara de juiz, empresário, de produtor rural, de brigar pelo agronegócio. Esse é um novo desafio na minha vida, com o intuito de poder contribuir com o Estado de Rondônia. Nesse sentido, precisamos ter credibilidade para defender as pautas do governo que são boas e discursar e tentar barrar aquelas que não atendam os interesses da nossa região”, observa.
Sobre entrar na política partidária, Fachin se considera qualificado para participar de forma ativa, no Senado, defendendo os interesses dos rondonienses. “Decidiu colocar meu nome à disposição do eleitorado para apresentar algo novo, com uma história de vida, que não está chegando agora ou caindo de paraquedas. Uma coisa é você ser novo na política, outra é ser novo na sociedade e nunca ter feito nada por ela. Eu me considero uma pessoa com qualificação participando de forma ativa tanto nas causas ambientais, do agronegócio como um todo. Em Rondônia, estou desde 1993 no setor rural, indo para o campo, mexendo com boi, passando no curral, hoje mexendo no plantio e trabalhando com tecnologia para melhorar as condições do Estado. Fui muitos anos professor universitário, fui juiz muitos anos e hoje advogo. Tenho conhecimento da realidade social, técnico e jurídico para ajudar a colocar esse país aos eixos”, explicou.
Contudo, criticou as atitudes do STF, e se diz decepcionado pelo posicionamento político-partidário. “Vamos trabalhar até para conter esses excessos que a gente tem visto do STF. Estou envergonhado enquanto juiz, com as atitudes do STF, de, digamos assim, estar virando um verdadeiro ‘comitê eleitoral’. Temos que barrar isso. Eles têm que ficar dentro das quatro linhas da Constituição Federal. O que estão fazendo é um desprestígio geral do Poder Judiciário no Brasil. É vergonhoso e decepcionante”, lamentou.
Sobre o Avante, ele informou que a convenção será, a princípio, em 05 de agosto, garante que não há nada definido enquanto apoio ao Governo e que a sigla tem nominatas para os cargos de deputados estadual e federal. “Há vários nomes de relevância na legenda, que tem chances de fazer um deputado federal e outros estaduais. Com relação ao governo, o partido está aberto, mas existe uma tendência para ir com Marcos Rocha, mas nada definido”, esclareceu.