Foto: Divulgação

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), no início da manhã desta quinta-feira, 30, cumpriu com a Polícia Civil (PC) um mandado de busca e apreensão na casa de um investigado, em Vilhena, suspeito de pertencer a uma quadrilha com atuação em crimes de furtos e roubos de cargas.

A ação foi desencadeada em virtude da Força Tarefa entre Polícia Civil de Goiás (PCGO) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), que deflagrou no dia de hoje a operação “Zayn”, que visa desarticular organização criminosa que atuava em 8 Estados.

Integrantes da Polícia Rodoviária Federal e da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas lideraram os levantamentos, que individualizaram as condutas, identificaram bens e patrimônios da organização criminosa e coletaram evidências.

Após cerca de um ano de investigações e levantamentos de inteligência policial, foi identificada organização criminosa responsável por dezenas de crimes cometidos em vários estados, tais como:

Roubos e furtos de cargas, roubo dos veículos de carga, roubo com emprego de arma de fogo, cárcere privado, uso de documento falso, falsidade ideológica, adulteração de veículos automotores, receptação qualificada, furto mediante fraude, organização criminosa e Lavagem de capitais.

Hoje foram executados, 44 mandados judiciais de busca e apreensão para pessoas físicas e jurídicas, bem como foram expedidos 56 mandados de busca e apreensão para veículos, que estão proibidos de circular.

As medidas cautelares foram executadas em 8 Estados: Goiás, São Paulo, Tocantins, Rio Grande do Sul, Maranhão, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Esse não é o único golpe desferido contra o crime organizado. As outras fases da operação Zayn prenderam mais de 40 criminosos, recuperaram quase uma centena de veículos e identificaram dezenas de caminhões e carretas fraudadas.

Estima-se que o grupo seja responsável por dezenas de fraudes e roubos em todo o país, com volume de perdas estimado em R$ 100 milhões nos últimos 5 anos.

A ORCRIM migrou recentemente de atuação. Roubos com emprego de violência foram substituídos por fraudes mais sofisticadas, com registros fraudulentos de furtos e roubos a carga em órgãos policiais e junto a seguradoras.

Fraudes e adulterações em veículos roubados continuaram ocorrendo, com modificação dos identificadores veiculares (como chassis e números de motor) e registro ilícito nos Departamentos de Trânsito nos Estados, com posterior revenda dos veículos adulterados, muitas vezes para terceiros de boa-fé. Outra estratégia da ORCRIM era, com uso de caminhões previamente adulterados, ofertar fretes para empresários que, acreditando-se tratar de pessoas honestas, carregavam suas cargas.

A ORCRIM, então, simplesmente desviava as cargas, lucrando com o prejuízo da coletividade. Esses crimes são possíveis pelas ações mais complexas praticadas por criminosos com posição diferenciada nas ORCRIM, que atuam na receptação e na lavagem de dinheiro.

O objetivo da presente fase foi exatamente atacar esse núcleo superior.

Tendo em vista a deflagração da operação, foi utilizado o seguinte quantitativo operacional: 120 Policiais Rodoviários Federais; 50 Policiais Civis, incluindo delegados, escrivães e agentes, além de 45 Viaturas.

A operação foi intitulada “Zayn” em referência ao nome de origem árabe, que significa “perfeição”, “graciosidade”. Ilustra-se a percepção que os integrantes da ORCRIM tinham sobre as ações criminosas, que acreditavam serem perfeitas, sem vestígios e impossíveis de serem descobertas pela ação policial – um feliz engano, como demonstra o sucesso da força-tarefa entre PRF e PCGO.

sicoob

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