O advogado vilhenense Caetano Netto produziu, no final de semana, uma live para tratar da denúncia do Ministério Público (MP) contra vários políticos do Estado, supostamente envolvidos num caso de corrupção que ficou conhecido como operação “Reciclagem”.
Apesar de implicar outros detentores de cargos eletivos na época em que os fatos aconteceram, o material produzido por Caetano se deteve aos casos do deputado estadual José Eurípedes Clemente, o “Lebrão” (União Brasil), e a filha dele Gislaine Clemente, a “Lebrinha”, (União Brasil), que já foi prefeita em São Francisco do Guaporé, perdendo o cargo justamente em virtude do caso.
O advogado informa que o processo contra “Lebrão” tramita no Tribunal de Justiça em virtude do foro privilegiado, enquanto o de “Lebrinha” está na comarca de São Francisco do Guaporé.
Ele mostra denúncia formulada pelo Procurador-Geral do MP, constando nos autos que, em novembro de 2.019, em Cacoal, os dois exigiram vantagem indevida do empresário Fausto Oliveira Moura, no valor de R$ 2 milhões, para serem quitados em 20 parcelas de R$ 100 mil.
A denúncia informa que “Lebrinha” recebeu parte do dinheiro, sendo que o primeiro pagamento teria ocorrido em 28 de maio de 2.005, num hotel da cidade, valor pago pessoalmente pelo empresário. Em 02 de julho do mesmo ano, ela recebeu mais dinheiro, de acordo com dados extraídos do inquérito da PF. As investigações incluíram escutas telefônicas e gravações de áudios e vídeos com autorização da Justiça.
O advogado explica que as informações são de domínio e interesse público e podem ser acessadas por qualquer cidadão, e contesta os argumentos que o deputado apresentou em sua defesa, concordando com a decisão do MP em dar continuidade a tramitação dos processos.
“Não teve absolvição, não está nada resolvido, e os dois estão sim respondendo a estes processos na Justiça sob acusação de corrupção”, garante Caetano.
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