Como dizia o inesquecível Barão de Itararé, um dos grandes humoristas da história do nosso país, há algo no ar, além dos aviões de carreira.
O fenômeno está se formando em Rondônia. Há pouco tempo era apenas um conjunto de nuvens, mas elas foram se unindo, desceram e começaram a formar um elemento perto do sólido.
Por que todo este enredo misterioso? Porque, nos próximos dias, pode surgir uma novidade daquelas que poderão fazer tremer a estrutura da disputa pelo governo de Rondônia.
Por enquanto não há nada de concreto, mas já se ouve falar, com clareza, que há chances reais de que Ivo Cassol se apresente como candidato à sucessão estadual. A possibilidade nunca esteve tão real. O que se sabe até agora que a decisão pode ser anunciada na convenção do seu= partido, o PP, que será realizada em 5 de agosto próximo, em local ainda não definido.
Cassol não fala absolutamente nada sobre o assunto, ao menos da porta para fora. Mas se sabe que ele está se preparando, que depende de uma decisão judicial prestes a sair e que, ouve-se, estaria já pensando em lançar nomes importantes ligados ao seu grupo, para a formação de nominatas quentes, principalmente para a Câmara Federal. Para o Senado, Jaqueline Cassol, seria, é óbvio, o nome do partido e do grupo político que estaria se formando.
No ano em que comemorou o 20º aniversário de sua eleição como Governador, para iniciar seu primeiro mandato em 2003, entre aliados, Cassol tem comentado que, caso fosse candidato novamente, iria trabalhar duro para a formação de uma bancada federal de parceiros, já que, segundo ele, na eleição de 2002, os oito deputados federais da época e os três senadores (Valdir Raupp, Fátima Cleide e Amir Lando) eram de oposição ao seu governo.
O que está acontecendo nos bastidores? Primeiro: Ivo Cassol e seus apoiadores não falam nada sobre o assunto, mas sabe-se que fervilha nos bastidores. Segundo: políticos muito próximos ao ex-governador e ex-senador estão comemorando, todos da porta para dentro, a possibilidade de que ele possa, enfim, concorrer ao Governo. Terceiro: a situação é concreta, porque entre grupos que estão firmes na disputa pelo Palácio Rio Madeira/CPA, também da porta para dentro, estão havendo debates fortes sobre se os planos já lançados serão mantidos ou não, caso o nome poderoso de Ivo Cassol entre mesmo na corrida.
Depois que políticos, em situação pior do que a de Cassol, foram considerados aptos a disputar a eleição deste ano, como é o caso do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e outros políticos foram liberados por decisões da Justiça Federal, o grupo cassolista acredita que ele será também beneficiado. O próprio Cassol, contudo, não fala sobre o assunto. Só espera o 5 de agosto. Neste dia, todas as estratégias dos atuais candidatos ao Governo poderão mudar, caso o ex-governador entre mesmo na briga. Agora, é hora de esperar…
EM RONDÔNIA, NÚMEROS APONTAM QUE HÁ MAIS IDOSOS DO QUE JOVENS APTOS A VOTAR NA ELEIÇÃO DE OUTUBRO
Levantamento do TRE sobre o eleitorado de Rondônia, traz informações das mais importantes, que os candidatos para outubro devem sim, levar em conta, na hora de correrem atrás do voto. Nosso Estado tem, por exemplo, uma população apta a votar com uma diferença de pouco mais de 10 por cento para os mais velhos, ao se analisar o público considerado idoso e o bem mais jovem. Enquanto em nível nacional os idosos representam um percentual de pouco mais de seis por cento acima do que o de jovens, em Rondônia essa diferença é um pouco maior. Temos, por aqui, mais idosos, na faixa etária dos 60 aos 79 anos ou mais, em relação aos eleitores na faixa dos 16 aos 24 anos. Entre os mais velhos, o total chega a 203.887 votantes ou 16,5 por cento do total de 1.230.989 aptos a irem às urnas. Já os jovens têm um percentual menor: 14 por cento, com 185.034. No caso dos jovens, temos os seguintes resultados: de 16 anos: 6.888 eleitores; de 17 anos: 11.016; de 18 a 20 anos: 59.224; de 21 a 24 anos: 107.906. A soma disso tudo chega a 185.034. Já entre o público considerado ancião, os dados oficiais são um pouco maiores: de 60 a 69 anos, 123.147; de 70 a 79 anos: 56.930; superior a 79 anos: 23.810. O total de pessoas nesta faixa, é de 203.887. São quase 19 mil idosos a mais, em números absolutos. Em nível nacional, embora os idosos também sejam em menor número em relação ao eleitorado jovem, a diferença é menor. Entre os 156 milhões de brasileiros aptos a votar, na faixa dos 16 aos 24 anos, temos um total de 22.176.225 eleitores, representando 14,2 por cento do total. Já os idosos, entre os 60 e os 79 anos ou mais, totalizam 32.321.423, significando 20,7 por cento dos 156 milhões.
DO TOTAL DE 215 MILHÕES DE BRASILEIROS, AINDA SOMOS UM PAÍS DE JOVENS, MAS AGORA, TAMBÉM DE IDOSOS
Quem poderá ser beneficiado com esses números? Num país rachado ao meio, teoricamente a vantagem seria dos conservadores, já que os jovens, sempre em teoria, preferem candidatos considerados liberais ou se esquerda. Nos anos 50, o Brasil era um país com mais jovens. Éramos, essencialmente, uma nação jovem. De lá para cá, a idade média aumentou muito, junto com outro fenômeno social: a diminuição da população mais jovem poderia ser muito maior, não fosse exatamente nesta faixa etária o absurdo número de vítimas de mortes, por toda a violência que assola nosso país. Hoje, no Brasil, na faixa etária dos 15 aos 29 anos, temos em torno de 47 milhões de brasileiros. Numa população estimada em 215 milhões de habitantes (o censo deste ano vai confirmar a previsão), isso representa 21,8 por cento do total. Já os idosos entre 60 e 79 anos ou mais, estão batendo na casa dos 40 milhões de pessoas. Claro que ainda temos mais crianças e jovens do que velhos, mas o brasileiro vive, hoje, uma expectativa de vida muito mais longa do que há poucas décadas atrás. Analisando-se apenas o eleitorado, os vovôs e aos vovós são em percentual muito significativo em praticamente todas as regiões do país. Somos, hoje, um país de jovens, mas também de idosos, tanto no geral da população, mas, principalmente, entre os eleitores que vão decidir nosso futuro no final deste ano.
ROCHA TEM TRÊS NOMES PARA VICE, MAS OS GUARDA A SETE CHAVES. SÓ VINICIUS MIGUEL JÁ MONTOU SUA CHAPA
Três nomes. Um da Capital, dois do interior. Todos guardados a sete chaves. Não se sabe, inclusive, se o escolhido será anunciado neste domingo, na convenção do União Brasil, em Porto Velho, quem será o candidato a vice, na chapa liderada pelo governador Marcos Rocha, que disputa a reeleição. Em longa entrevista concedida ao programa SICTV News (com Everton Leoni e Meiry Santos), nesta semana, quando falou sobre vários temas, Rocha confirmou que só vai anunciar o nome do vice “na última hora”. O assunto é tratado com tanto segredo que, além de pessoas mais próximas (como a primeira dama, Luana Rocha e o chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves), poucos outros secretários e apoiadores do Governador sabem quem compõe o trio, de onde sairá o vice para a busca do segundo mandato. O atual vice-governador, o empresário Zé Jodan, de Rolim de Moura, vai disputar uma cadeira à Assembleia Legislativa pelo PSC, um dos vários partidos da base de apoio a Rocha. Dentre os principais candidatos ao Palácio Rio Madeira/CPA, o único que anunciou a chapa completa, até agora, foi o candidato da esquerda, que lidera a chamada Frente Popular, o professor e advogado Vinicius Miguel, do PSB. Seu vice será o petista Anselmo de Jesus. Marcos Rogério e Léo Moraes também só anunciarão seus vices na 25ª hora. Por enquanto, o que se sabe é que o Governador não tem preferência por um nome do interior. Ele acha que se for da Capital, ainda assim será importante na composição da chapa que ele lidera.
CÉSAR CASSOL AVISA: SÓ VAI ESCOLHER CANDIDATOS AO GOVERNO E SENADO DEPOIS DAS CONVENÇÕES
Por falar em campanha e apoios, o megaempresário César Cassol, um dos maiores empreendedores do Estado, não concordou com a citação do nome dele como possível apoiador da candidatura de Léo Moraes “ou de qualquer outro candidato”, conforme sublinhou. A informação surgiu quando a deputada federal Jaqueline Cassol confirmou, no encontro do Podemos do sábado passado, em Porto Velho, que sua parceria com Léo teria o apoio de toda a sua família. Nem o ex-governador Ivo Cassol (que estava viajando) e nem o próprio César compareceram, embora a ilação de que ambos estariam apoiando Moraes, por causa da parceria com a irmã deles, Jaqueline Cassol, com o candidato ao Governo. Numa ligação por telefone a este blogueiro e, depois, num texto enviado pelo Wattsapp, César avisou que não tomou ainda qualquer decisão sobre as candidaturas majoritárias. “Ainda não defini quem vou apoiar para governador e senador nesta eleição de 2022”, escreveu. E concluiu: “vou analisar os candidatos, após as convenções, para só então decidir, em conjunto com meus amigos, quem é a melhor escolha para o nosso estado de Rondônia”. César Cassol, contudo, abre exceções, mas apenas para nomes que disputam a Câmara Federal. “Claro que não posso deixar de apoiar candidaturas como as do deputado Luiz Cláudio, do Lúcio Mosquini e do Coronel Chrisóstomo, importantes parceiros do nosso Estado”.
MDB: REUNIÃO DA EXECUTIVA TEVE SETE VOTOS A CINCO, A FAVOR DA ALIANÇA INFORMAL COM A REELEIÇÃO DE MARCOS ROCHA
O MDB de Rondônia está mais perto de Marcos Rocha do que dos demais candidatos ao governo. O partido está caminhando para compor, de forma institucional, com a tentativa do atual Governador rondoniense de se reeleger. Mas, como neste espaço tem se repetido várias vezes, não há consenso em torno desta decisão. Na última reunião da Executiva do partido, por exemplo, com a presença de 12 membros, a votação feita sobre o assunto foi bastante apertada: 7 votos pró apoio a Rocha; 5 votos contrários. Segundo uma fonte quentíssima de dentro do diretório, uma sondagem interna ampliada, também resultou em números semelhantes, com vantagem novamente ao atual Governador. O grupo liderado pelo presidente regional, Lúcio Mosquini (e com o aval de outras lideranças importantes, diz-se que, inclusive, de Valdir e Marinha Raupp, ainda muito poderosos no partido), quer a aliança informal com Marcos Rocha. O ex-governador e atual senador Confúcio Moura, não quer nem ouvir falar nessa possibilidade. Ele e seu grupo, por isso, podem ficar liberados para apoiarem outras candidaturas, como as de Léo Moraes, Marcos Rogério ou até Vinicius Miguel. Mas, certamente a maioria dos convencionais deve caminhar com o que planeja o comando emedebista. Repete-se: tudo será decidido apenas na convenção do partido, marcada inicialmente para 5 de agosto.
RAUPP E MARINHA FORA DA ELEIÇÃO. MAS O EX-SENADOR QUER AGIR COMO PACIFICADOR NO MDB QUE ESTÁ DIVIDIDO DE NOVO
O senador Valdir Raupp, com seus cabelos longos e começando a aparecer fios brancos, participou do programa Papo de Redação, com os Dinossauros do Rádio, nesta terça. Confirmou que tanto ele quanto a ex-deputada Marinha Raupp, sua mulher, não vão participar como candidatos da eleição deste ano. Ambos estão reavaliando o quadro, pensando no futuro, sem descartar a volta à política, mas, por enquanto, preferem se dedicar à vida pessoal, à família e a novos planos. Os Raupp tiveram um longo período de sofrimento, depois que o senador foi injustamente acusado de corrupção. Foram sete anos até que ele fosse absolvido de todas as acusações, mas daí o estrago em sua imagem já estava feito, atingindo, é claro, Marinha Raupp, uma das parlamentares mais atuantes da história da bancada federal rondoniense. Em relação ao seu partido, o MDB, que está ainda indefinido em relação aos seus apoios para outubro, o ex-senador, nome dos mais respeitados dentro do partido, afirma que terá um papel de pacificador. Raupp destacou ainda que o MDB é um partido que, quando unido, quando caminha junto, quando mobiliza suas bases, quando vai para as ruas, ganha qualquer eleição. É com essa visão, comentou, que o MDB deve olhar para a eleição deste ano. No partido, há uma maioria que quer se aliar ao governador Marcos Rocha, na reeleição e outra que não quer. É neste caminho espinhoso que Raupp pretende atuar como conciliador.
NÃO HÁ MONITORAMENTO SOBRE OS PRESOS QUE ANDAM COM TORNOZELEIRA ELETRÔNICA E PRATICANDO CRIMES?
Como funciona, no dia a dia, o controle sobre presidiários que estão soltos e usando tornozeleira eletrônica? Esse é um dos mistérios a que a população não tem acesso. Obviamente que a maioria dos famosos “reeducandos”, beneficiados por essa faceta da legislação brasileira, feita, nas últimas duas décadas, para proteger criminosos, incluindo-se aí, por óbvio, os condenados. De vez em quando (infelizmente, muito de vez em quando) se tem notícia de que usuários da famosa tornozeleira, andam por aí, assassinando, assaltando, roubando. Mas como o fazem? Não há um controle sobre quem anda sendo monitorado? Nesta semana, mais um evento desses deixa a gente de cabelo em pé. Cinco “apenados”, acompanhados de uma mulher, com exceção dela, todos com tornozeleiras, foram presos depois de cometerem um assalto numa chácara, na BR 318, sentido Humaitá. Todos estão inscritos nos programas de “reeducandos” (????) do governo do Estado. O quinteto e a mulher atacaram a propriedade, trancaram um casal e o caseiro num quarto da casa e levaram o que podiam. Todos foram presos numa invasão próximo do conjunto do Dnit, pela PM, depois de denúncias. Como toda essa gente, monitorada, pode andar por aí, roubando?
PERGUNTINHA
Você sabia que a maioria dos infectados pelo Coronavírus, nesta nova fase em que há um grande número de novos contaminados, é de pessoas que não se vacinaram ou apenas tomaram uma única dose da vacina?