A 70 dias da eleição, o que se sabe de verdade verdadeira sobre a disputa presidencial? Basicamente que, por praticamente todas as pesquisas, o ex-presidente Lula está bem à frente do atual, Jair Bolsonaro.
Que as grandes mobilizações nas ruas, pró atual governo, representam muito pouco no contexto da opinião pública nacional que, em sua imensa maioria, segundo tais pesquisas, já se posicionou a favor de um dos lados. E o lado vencedor, não há dúvida para elas, as pesquisas, é Lula.
Na última eleição, sob ojeriza da grande mídia e de uma feroz oposição, Bolsonaro era, até muito perto do pleito, considerado quase um personagem cômico, que não teria chance alguma de sequer ir para o segundo turno. Quando foi, as pesquisas e todas as chamadas cabeças pensantes do país diziam que ele não teria chance alguma contra Fernando Haddad, o queridinho de todos. Praticamente na boca da eleição, Bolsonaro estava derrotado. Foi com notória tristeza que os apresentadores dos grandes telejornais do país anunciaram a vitória do candidato cômico.
Daquele que, em todas as mídias, até pouquíssimo tempo antes do pleito, era tido como derrotado. O ex-presidente Lula, na ocasião, chegou a dizer que o brasileiro não votaria em Bolsonaro, até por vergonha. Quase quatro anos depois (com dois de uma violenta pandemia que abalou o Brasil e todo o mundo), o quadro, ao menos nos números dos grandes institutos que ouvem a opinião pública, garantem novamente que Bolsonaro não tem chance alguma.
Nesta semana, mais algumas dessas pesquisas apareceram, garantindo a eleição de Lula no primeiro turno. Numa delas, haverá segundo turno, mas o petista ganhará a corrida com uma perna amarrada às costas. Outra saiu um pouco deste pacote uníssono de que Lula já é ganhador, apresentando números diferentes, com Lula à frente, mas Bolsonaro mais perto, embora garanta, a mesma pesquisa, que no segundo turno dá Lula fácil. Só depois do 2 de outubro (ou seja, daqui a dois meses e dez dias), quando se abrirem as urnas, saberemos a verdade. Desde o primeiro dia de mandato, Bolsonaro, que realiza a convenção nacional neste domingo, no Maracanãzinho, para confirmar seu projeto de reeleição, sofreu, durante seu governo, os maiores e mais violentos ataques de todos os setores da oposição.
Eles vieram também daqueles setores que foram aparelhados durante anos; de instituições que deveriam ser isentas e não o foram, até porque ele também teve culpa, já que aceitou todas as brigas e criou várias delas, sem necessidade. Toda essa mobilização das esquerdas e de setores políticos alijados do atual governo, que estão juntos (Lula e seu ex-arqui-inimigo Geraldo Alkmin são a maior prova disso), terão sucesso ou as multidões nas ruas é que representam a realidade que os antibolsonaristas não querem reconhecer? Ah! Todas essas perguntas só terão respostas corretas quando os votos forem todos contatos. Faltam só 70 dias…
UNIÃO BRASIL E REPUBLICANOS FAZEM GRANDE FESTA PARA LANÇAR PROJETO DE REELEIÇÃO DE MARCOS ROCHA
O domingo é de festa na zona leste da Capital. Horas antes do evento, a movimentação já era grande. Marcada para as duas da tarde, a convenção do União Brasil e do Republicanos, prevê reunir milhares de pessoas, não só de Porto Velho, mas também de várias cidades do interior, de onde virão delegações para prestigiar a oficialização do nome do governador Marcos Rocha como candidato à reeleição; da deputada Mariana Carvalho, como postulante ao Senado e, ainda, para confirmar as nominatas dos dois partidos tanto à Câmara Federal quanto à Assembleia Legislativa. Para a Câmara, o União Brasil tem, entre outros candidatos, nomes poderosos, como é o caso do ex-secretário estadual de saúde, Fernando Máximo e do ex-diretor geral do DER, Elias Rezende e da jornalista, apresentadora e ex-vereador de Porto Velho, Cristiane Lopes e o vice-prefeito de Porto Velho, Maurício Carvalho. Já o Republicanos tem, entre várias opções ao eleitor, um dos nomes mais conhecidos da nossa política, o ex- deputado e ex-prefeito de Candeias, Lindomar Garçon. Outro destaque é o deputado estadual Anderson Pereira, que almeja uma cadeira no Congresso. Para a Assembleia, ambos os partidos tem postulantes fortíssimos. No União Brasil, a primeira dama da Capital, Ieda Chaves, é sem dúvidas o grande destaque. O empresário Chico Holanda, também nome novo na política, também quer ser deputado. No Republicanos, a nominata é encabeçada pelo atual presidente da Assembleia e presidente regional do partido, Alex Redano, mas tem outras candidaturas fortes, como o ex-secetário do Planejamento, Pedro Pimentel. Prevê-se uma das maiores festas da política rondoniense dos últimos tempos, na Casa de Shows Talismã.
PTB FAZ CONVENÇÃO, LANÇA SEUS CANDIDATOS, MAS CAPIXABA DIZ QUE PARTIDO AINDA NÃO DEFINIU QUEM APOIA AO GOVERNO E AO SENADO
Nem Governo, nem Senado. O PTB, que realizou sua convenção neste sábado, confirmou suas nominatas para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa, mas o presidente regional da sigla, o ex-deputado federal Nilton Capixaba afirmou que ainda não há definição para a formalização de apoio de alguma nome nem ao Governo e nem ao Senado. Há alguns dias, era voz corrente nos bastidores que o PTB teria fechado acordo com o projeto de reeleição do governador Marcos Rocha, mas Capixaba preferiu não confirmar nada, por enquanto. Segundo ele, as conversações continuam e o aval do partido que comanda no Estado aos postulantes ao Palácio Rio Madeira e ao Senado Federal, será dado “na hora certa”. O próprio Capixaba elabora a relação de nomes da sigla para a Câmara Federal. Para a Assembleia Legislativa, o principal destaque petebista é o duas vezes vereador Aleks Palitot, um dos postulantes mais fortes para uma das 24 cadeias na ALE. Aliás, por muito pouco ele não se elegeu em 2018. Também estão na relação dos candidatos ao parlamento estadual, entre outros, o ex-deputado Edevaldo Soares; o vereador dr. Paulo, de Cacoal; Matheus da Rondônia, filho do atual deputado Geraldo da Rondônia; o ex-secretário municipal de Vilhena, Jair da Agricultura; Ana da Enfermagem, de Porto Velho; Pedro Fernandes, de Cujubim; Marcão da Nova Mamoré; Adailto do Posto, de União Bandeirantes e José Messias, ex-vereador de Rolim de Moura. Capixaba não disse ainda quando será anunciada a decisão do partido sobre os apoios que ainda não foram definidos.
MDB ANTECIPA CONVENÇÃO PARA A ESTA QUINTA-FEIRA, COM TENDÊNCIA DA MAIORIA EM APOIAR A REELEIÇÃO DE MARCOS ROCHA
Uma das convenções mais esperadas, em Rondônia, já está agendada. Estava agendada, inicialmente, para o último dia das convenções, o 5 de outubro, mas foi antecipada para esta próxima quinta-feira, dia 28. No final daquele dia, se saberá, finalmente, quais os rumos que o MDB, um dos maiores partidos do Estado, vai tomar em relação à eleição deste ano. Dois grupos vão disputar os votos dos convencionais. Um deles, que, ao menos até agora, aparentemente é maioria, quer seguir o presidente regional, Lúcio Mosquini, em apoio ao projeto de reeleição de Marcos Rocha. Mosquini, nesta proposta, tem apoio de lideranças peso-pesadas, como o casal Valdir e Marinha Raupp. Ao menos é o que se ouve nos bastidores. Já o outro grupo tem a frente o duas vezes ex-governador e atual senador Confúcio Moura, adversário ferrenho de Rocha. A tendência é que a maioria decida pelo apoio a Rocha, mas que os emedebistas que seguem Confúcio sejam liberados para apoiar o candidato que preferirem. Valdir Raupp, que está retornando à política, embora não como candidato, vai se postar, na convenção, como apaziguador. Até porque ainda restam sequelas da última grande convenção do partido, quando houve brigas e bofetadas. Em relação ao Senado, a perspectiva é que se confirme o nome do ex-senador e ex-ministro Amir Lando. À Câmara Federal, o partido tem uma nominata muito forte, com olhar otimista para fazer duas cadeiras. Lúcio Mosquini, que vai ao terceiro mandato, é sem dúvida um puxa-votos. Como o é, também, o ex-prefeito de Ariquemes, o delegado Thiago Flores, nome quentíssimo na disputa. Entre outros postulantes, o MDB tem ainda o Professor Uberlando, ex-diretor do Ifro. Para a Assembleia Legislativa, o partido vai apresentar uma relação completa, de 25 nomes.
ADVOGADOS DE CASSOL SE MOVIMENTAM E HÁ UMA AURA DE OTIMISMO EM TORNO DA POSSIBILIDADE DE QUE ELE POSSA CONCORRER
Condenado a 55 anos de prisão, por uma série de crimes, o ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, está apto a disputar a eleição deste ano, por decisão no STJ, no TRF1 e TRF 4. Condenado em vários processos, somando mais de duas décadas de prisão, agora o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, também foi liberado pela Justiça para concorrer a mandato eletivo já em outubro. São apenas dois exemplos (entre dezenas) em que políticos condenados, alguns por crimes graves, receberam o sinal verde para retornarem, como candidatos, à vida pública. São essas decisões que têm dado aos advogados e ao próprio, a esperança de que Ivo Cassol, que teve condenação por pequenos delitos (jamais foi condenado por corrupção ou por desvio de dinheiro público), possa ser beneficiado, ao menos por ilação, nas próximas semanas, com decisão que o beneficie. Advogados de Cassol ainda têm um argumento forte a mais: a prescrição da pena, caso ela seja contada desde o início do processo e não da condenação. O ex-governador, segundo assessores e amigos, está se movimentando e há uma aura de otimismo no entorno dele, pela possibilidade de que ele possa vir a ser candidato. Nada certo ainda, mas o caminho parece ter menos obstáculos do que tinha há algum tempo atrás. Em poucos dias se terá a resposta…
MAIS UMA VEZ, AÇÃO POLICIAL QUE LIVROU A SOCIEDADE DE TRAFICANTES E CRIMINOSOS, É CRITICADA PELA CHAMADA GRANDE MÍDIA
Dezesseis bandidos, uma moradora inocente, um policial militar que também perderam a vida. Foram, no total, 19 mortos em mais uma ação policial nas favelas do Rio de Janeiro. Dessa vez foi no Complexo do Alemão. Embora a mídia, com raríssimas exceções, esteja destacando e repetindo as mesmas acusações de sempre contra as forças da lei, apenas as mortes dos criminosos (embora poucos lamentem as mortes do policial e dos inocentes) é que são sublinhadas com intensidade. Poucos, pouquíssimos, são os que dão ênfase para a forma como as forças da lei foram recebidas por dezenas e dezenas de traficantes, todos fortemente armados, alguns com armas (bazuca) de derrubar aeronaves, atacando os helicópteros que sobrevoavam as áreas da ação. Os morros cariocas, todos sabem, é dominado pelo tráfico de drogas. Os bandidos, cercados pela polícia, partem para o ataque, com armas poderosas, com fuzis e armamento digno de confrontos entre exércitos de países. Raramente se entregam. Ainda bem que os PMs, melhor preparados, treinados, mesmo com armas não tão poderosas, respondem com sucesso aos tiros dos bandidos, muitos deles a esmo, sem mira, sem direção certa. A verdade é que, excetuando-se as duas mortes do PM e da moradora, todas as demais foram de criminosos perigosos ou de quem tinha ligação direta com o mundo da violência e do tráfico, dos quais a sociedade se livrou.
NEGREIROS REÚNE CENTENAS DE AMIGOS PARA RECEBEREM MARCOS ROCHA, O CASAL CHAVES E OS IRMÃOS CARVALHO, NUM GRANDE EVENTO POLÍTICO
A rua Daniel Campos e outras próximas, no bairro Agenor de Carvalho, foram pequenas para receber tantos carros e tanta gente. Prestígio. Popularidade. Centenas de parceiros, amigos e eleitores. O presidente da Câmara de Vereadores de Porto Velho, Edwilson Negreiros, comprovou novamente sua enorme força política, ao receber, em sua residência, centenas de pessoas, para um encontro com várias autoridades. O governador Marcos Rocha; o prefeito Hildon Chaves e a primeira dama Ieda Chaves, ela candidata à Assembleia Legislativa; a deputada federal Mariana Carvalho, candidata ao Senado; o vice-prefeito Maurício Carvalho, candidato à Câmara Federal, entre vários outros convidados, num dos maiores eventos privados que a já se registraram em Porto Velho, nos últimos tempos. Aliado a Chaves e ao governador Marcos Rocha, Negreiros tem sido um exemplo de fidelidade aos seus parceiros políticos. Abriu mão, por exemplo, de uma eleição praticamente certa como deputado estadual, para ser o coordenador da campanha de Ieda Chaves, que, se prevê, terá uma das maiores votações entre as dezenas de candidatos ao parlamento rondoniense. A grandeza do encontro ficou registrada em várias fotos e vídeos, demonstrando a liderança de Edwilson Negreiros. Foi uma noite memorável para a política porto velhense.
RONDONIENSE HIRAN GALLO, PRESIDENTE DO CFM, RECEBE BOLSONARO E O MINISTRO DA SAÚDE, NESTA PRÓXIMA QUARTA
O médico rondoniense Hiran Gallo, presidente do Conselho Federal de Medicina, receberá, nesta semana, na sede do CFM em Brasília, duas visitas ilustres: o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da saúde, Marcelo Queiroga. O encontro foi agendado pelo próprio Bolsonaro, que ligou a Gallo, solicitando a reunião. Na audiência com o Presidente da República e com o Ministro, o presidente do Conselho, maior entidade médica do país, representando mais de 600 mil profissionais, em nome da entidade, Hiran Gallo pretende apresentar algumas reivindicações, como relacionadas com a melhoria da qualidade do ensino nas faculdades de Medicina; decisão no sentido de não se criar mais faculdades, já que as existentes seriam suficientes para o país; comentários sobre a importância do Revalida, exame nacional para médicos formados no exterior e muitos outros. Durante a pandemia, o CFM foi um defensor das ações do Governo; batalhou intensamente para que as decisões dos médicos estivessem acima de debates políticos ou palpites de todos os lados da discussão (o que significa apoiar os profissionais que receitavam o chamada kit Covid, com medicamentos como Ivermectina e outros). Por essas posições o Conselho acabou sendo alvo da oposição, principalmente a responsável pela ridícula CPI do Circo, que não serviu para nada, a não ser palanque para políticos das minorias. Aliás, foi na CPI do Circo que outro rondoniense (o senador Marcos Rogério), se destacou e se tornou um nome nacional. O CFM também vai convidar os demais candidatos, entre os principais, para encontros em sua sede.
DANIEL PEREIRA COMEÇA A UNIR FRENTE POPULAR E MANTÉM ANSELMO DE VICE. EXPEDITO NÃO CONCORRERÁ PELO GRUPO E ATÉ PODE NEM SER CANDIDATO
A Frente Popular, reunindo os partidos de esquerda e agora tendo à frente o candidato ao Governo, Daniel Pereira, do Solidariedade, refaz seus projetos, adaptando-os à nova situação. Daniel era nome muito forte ao Senado e quem concorreria ao governo seria o professor e advogado Vinicius Miguel. Contudo, seu partido, o PSB, não deu sinal verde para a composição que já estava feita, ao ponto de Vinicius abrir mão da sua postulação ao Governo, anunciando agora que é candidato à Câmara Federal. Daniel, que já foi deputado, vice-governador e governador, é um nome conhecido em todas as regiões do Estado, até por sua longa atividade política, mas também como superintendente do Sebrae, cargo que ocupou até recentemente, até licenciar-se para concorrer. Experiente, ele começa uma difícil missão de conseguir consenso entre a esquerda, unindo-a no entorno do seu nome. O ex-deputado federal Anselmo de Jesus, do PT, continua como o parceiro na chapa majoritária, como candidato a vice-governador. Com a troca, a Frente Popular agora busca um nome para o Senado.
Chegou a haver conversas, nos bastidores, entre os esquerdistas e o ex-senador Expedito Júnior, nome fortíssimo, mas, o que se ouve é que Expedito não teria aceitado o desafio de, sempre um político de centro ou de direita, se aliar à esquerda. Expedito, aliás, está desanimado com a forma como as coisas da política estão acontecendo no Estado e pode até não ser candidato, embora uma candidatura viável e boa de voto. Ramon Cujuí, que poderia ser a alternativa, não pode mais ser candidato, por participar de programas de TV. Apenas como elucubração: será que a Frente tentará convencer Fátima Cleide a deixar de lado a postulação à Câmara e aceitar ser o nome do grupo na corrida pelo Senado? Esta pergunta, claro, não tem resposta, ainda.
PERGUNTINHA
Faltando pouco mais de dois meses para a eleição e com os nomes já postos para a disputa, você já decidiu em quem vai votar para Presidente da República, Senador; Deputado Federal e Deputado Estadual?
