Foi uma megaoperação, criada e orquestrada dentro de órgãos que se sabem, são aparelhados, como o Ibama e CMBio, onde representantes do governo federal não apitam e a visão ideológica é que determina o que devemos ou não fazer. A Polícia Federal deu apoio, mas apenas porque é essa a sua função, quando acionada por decisão judicial.
A poucos dias da eleição, a explosão, incêndio e queima de pelo menos 120 balsas no rio Madeira foi mais um daqueles espetáculos engendrados para agradar ONGs internacionais, essas sim as que verdadeiramente mandam na Amazônia, representando os interesses dos seus governos.
Foi uma ação brutal, cometida pelo Estado como instituição, praticada pelo Estado contra cidadãos trabalhadores. Não assaltantes. Não traficantes. Não corruptos, que tentaram destruir e ainda podem destruir nosso país. Mas contra pessoas que investiram tudo o que tinham, tentando sobreviver. Claro que nesse meio dos garimpeiros há criminosos, como os há em todos os setores da sociedade. Mas a imensa maioria quer trabalhar, sobreviver, sustentar suas famílias. Há ilegalidade? Claro que há e a lei é soberana, num país democrático.
Mas ela o é quando manda destruir patrimônio alheio, sem direito a defesa, sem o contraditório, sem que os suspeitos tenham qualquer oportunidade de não perderem tudo o que é seu, legitimamente comprado, alguns com as economias de toda uma vida? Numa analogia grosseira e brutal, seria aceitável que a casa de um traficante fosse queimada, caso ele fosse preso? A analogia, é claro, não está de todo correta, porque o traficante é criminoso e o garimpeiro não o é. No mais, ficou fácil de se entender o que se quer comparar.
Feita toda a tenebrosa ação, à base da violência, obviamente incentivado por princípios ideológicos, nos quais a maioria dos brasileiros não comunga, ficou a tristeza de se ouvir os gritos desesperados de mulheres que acompanhavam seus companheiros e seus filhos, assistindo a brutalidade praticada, sem que tivessem como reagir. Como reagir contra a lei, mesmo que se saiba exatamente porque ela foi criada; por quem e por que motivos? Há um poder muito maior do que aquele exercido pelos eleitos pelo povo. O presidente Bolsonaro garantiu, na sua eleição de 2018, que não mais permitiria barbáries legais como essas.
Não pôde cumprir, porque divide o poder com instituições muito mais poderosas, muitas delas aparelhadas durante décadas por teorias que interessam muito aos estrangeiros, todos de olhos nas nossas riquezas e na nossa Amazônia. Para nós, que tentamos entender o porquê de tanta agressividade contra famílias trabalhadoras, as respostas são simples. Dependendo de quem vencer a eleição do domingo, as coisas vão piorar. E vão piorar muito!
FECHAMENTO DA BELMONT QUASE CAUSOU DESABASTECIMENTO EM RONDÔNIA E NO ACRE
Um dos efeitos colaterais do que ocorreu no rio Madeira na fatídica quinta-feira, foi a reação de garimpeiros e suas famílias que, primeiro interromperam o trânsito na BR 319, o que não serviu para nada, porque ninguém deu bola. Mas quando eles interromperam a Estrada do Belmont, a situação ficou mais séria. Nas mais de 24 horas em que houve a interrupção, não saiu nenhum caminhão de combustível, ameaçando o abastecimento de Rondônia, Acre e do norte do Mato Grosso. Os postos da Capital e alguns do interior, tiveram que abastecer, com óleo diesel, mais de 90 ônibus do transporte público, que não tinham como circular. Com isso, ficaram sem combustível para atender seus clientes. Caso o fechamento prosseguisse, a partir de segunda-feira poderia não se teria como fazer o abastecimento normal em praticamente todo o Estado e no Acre, pelo menos. Na tarde da sexta-feira, contudo, graças à ação do tenente-coronel Felipe Vital, secretário de segurança do Estado, uma longa conversa ajudou a liberar a Belmont e normalizar a situação. Só não vai normalizar a vida das dezenas de famílias que ficaram sem nada, graças a uma lei espúria e vergonhosa, cumprida à risca contra uma maioria de pessoas trabalhadoras e do bem. Lamentável!
DEBATE DA SICTV/RECORD FOI TRANSFERIDO PARA A SEXTA-FEIRA, DIA 21, COM QUASE DUAS HORAS DE DURAÇÃO
Aquele que é considerado o confronto mais importante entre os candidatos ao Governo de Rondônia, neste segundo turno, tem nova data e novo horário. Em função da mudança de calendário dos debates entre os presidenciáveis Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, com troca de datas das grandes redes, a Record nacional também teve que se adequar a esta nova situação. Por isso, o debate que estava agendado para este domingo, na SICTV/Record de Rondônia, igualmente teve data e horário modificados. Na nova estrutura da programação, adaptando-a às orientações da rede nacional, a SICTV modificou seu projeto inicial. Agora, o debate entre os candidatos Marcos Rocha e Marcos Rogério está confirmado para a sexta-feira da semana que vem, dia 21, a partir das 17 horas, horário local, com duração de aproximadamente duas horas. Todo o restante do planejamento, incluindo a lotação do auditório com convidados muito especiais e várias novidades criadas em relação a perguntas do público aos candidatos, está mantido. Os dois concorrentes já confirmaram suas presenças.
TÁTICAS DIFERENTES NO HORÁRIO ELEITORAL E NAS REDES SOCIAIS DIVIDEM CANDIDATURAS NO SEGUNDO TURNO
Por falar na disputa ao Governo, a duas semanas do pleito, alguém aí (claro, que não esteja de um ou outro lado, porque daí a resposta seria óbvia) teria coragem de dizer, com segurança, se será Marcos Rocha ou se será Marcos Rogério a vencer a eleição? A disputa, é claro, está das mais acirradas. Rocha tem evitado, na sua propaganda eleitoral, atacar diretamente o adversário, enquanto Rogério tem batido duro no que considera graves falhas do atual governo, principalmente na área da saúde.
Mas os rochistas não ficam atrás nos ataques, embora usem mais as redes sociais e não a propaganda oficial, para baterem no oponente. Ambos tem apresentado, no horário eleitoral gratuito, além dos métodos diferentes de falarem com a população, as principais propostas de governo. Rocha fala em manter o que deu certo e ampliar vários programas, Rogério mostra as medidas que quer tomar para corrigir o que considera totalmente errado na atual administração. Um fala em manter e melhorar. Outro fala em mudar e melhorar. Na única pesquisa feita até agora no segundo turno, ambos estão tecnicamente empatados. Alguém aí quer fazer uma apostinha?
FUTUROLOGIA: NOMES MAIS QUENTES PARA COMANDO DA ASSEMBLEIA SÃO OS DE REDANO E LAERTE
É só um estudo de futurologia, claro, mas baseado na racionalidade. Logo após o fechamento das urnas e a contagem dos votos para o Governo de Rondônia, começará a batalha pelo comando da Assembleia Legislativa. Com metade das suas cadeiras renovadas, os novos deputados poderão indicar um nome que os represente, mas, pelo que se ouve nos corredores, a tendência é que dois nomes, entre os mais destacados do parlamento, estariam prontos para a missão. Um apoiador de Marcos Rocha. Outro, de Marcos Rogério. Do grupo do atual governador, caso Rocha seja reeleito, o nome mais quente será o do atual presidente da Casa, Alex Redano, do Republicanos, reeleito com quase 20 mil votos. Caso a vitória seja de Marcos Rogério, o mais cotado seria o ex-presidente Laerte Gomes, do PSD, campeoníssimo de votos, mais de 25 mil, na sua reeleição. Claro que na política tudo é muito mutável, às vezes mais rápido do que se imagina, mas é óbvio que, nesse momento, o quadro é exatamente este. Agora, só o futuro pós eleição pode atestar se a previsão está correta ou não.
NO BRASIL DA CORRUPÇÃO, PAI DENUNCIA O FILHO E AINDA FAZ CAMPANHA PRÓ ADVERSÁRIO
Esta campanha eleitoral para a Presidência, maluca e lamentável, de Fake News, de decisões judiciais absolutamente parciais; de ataques virulentos não só dos candidatos entre si, mas também dos seus seguidores, teve mais um capítulo senão tresloucado no Brasil rachado ao meio, mas ao menos muito, muito inusitado. Numa terra onde o comum é vermos famílias de políticos corruptos se uniram para atacar os cofres públicos, uns protegendo os outros, pela primeira vez na história das campanhas se vê um pai, ex-deputado federal, denunciando o próprio filho, governador em exercício. Não só o denunciando, mas participando do programa eleitoral do adversário. O complexo caso aconteceu nas Alagoas, onde o governador afastado Paulo Dantas, do MDB, apoiado pelo ex-presidente Lula, foi denunciado pelo próprio pai, o ex-deputado Luiz Dantas. Mais que isso, o Dantas pai gravou a denúncia e participou do horário eleitoral gratuito apoiando o adversário do filho, Rodrigo Cunha, do União Brasil e bolsonarista. Embora possa parecer um ato de coragem e bravura de um pai, inconformado com a roubalheira de 54 milhões de reais que o filho é acusado de participar, infelizmente não se pode comemorar nada. Mais adiante se saberá, com segurança, toda a verdade sobre a traição do pai contra o filho. Afinal, é o Brasil dos corruptos. O que esperar de diferente?
MONTES E HERMÍNIO CONCORRERAM COM IMPUGNAÇÃO E QUE FORAM LIBERADOS TARDIAMENTE PELO TSE
Não foi só o petista Hermínio Coelho o prejudicado na eleição passada, quando concorreu sub judice, por decisão do TRE rondoniense e teve seus votos anulados, até que decisão superior do TSE, na última hora, mudasse a decisão local. Obviamente que o prejuízo já estava consolidado e restou a Hermínio apenas lamentar que poderia ter chegado à Assembleia Legislativa, mas não conseguiu. O segundo caso foi o do deputado Jair Montes, atua secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Ele também teve sua candidatura impugnada pelo TRE, participou da campanha, mas concorreu sempre sub judice, obviamente também com todo o prejuízo que isso representa. Todos os seus mais de 8 mil votos não foram computados na contagem geral. Como os de Hermínio, terão que o serem agora, numa nova recontagem. Provavelmente, como também ocorreu com Hermínio, a mudança na totalização não mudará a composição da Assembleia. O partido de Montes, o Avante, não conseguiu atingir o quociente eleitoral e, portanto, não tem direito a uma vaga. Da mesma forma, resta ao parlamentar o lamento de que, numa campanha normal, sem o risco da guilhotina da candidatura impugnada, ele poderia ter tido melhor sorte. A complexa legislação eleitoral está incluindo cada vez mais no resultado das eleições, o que é lamentável.
SÓ EX-PREFEITA E DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL DISPUTAM ELEIÇÃO PARA A PREFEITURA DE VILHENA
Eram seis, viraram quatro e agora são só dois. A ex-prefeita Rosani Donadon e o delegado da Polícia Federal Flori Miranda foram os sobreviventes entre as candidaturas que vão disputar a Prefeitura de Vilhena, na eleição suplementar do próximo dia 30, quando os eleitores da cidade votarão no Presidente, no Governador para um mandato de quatro anos, mas também no seu alcaide para os próximos dois anos. Houve ainda uma tentativa da coligação liderada por Rosani, para impugnar a candidatura do delegado, mas a Justiça Eleitoral não acatou e os dois devem ir à reta final da disputa.
Quando foi confirmada a cassação do prefeito Eduardo Japonês, por abuso do poder econômico, vários nomes começaram a surgir na cidade, interessados em concluírem o atual mandato e ficarem aptos a uma reeleição. Mas eles foram ficando pelo caminho, por várias circunstâncias. Uma delas foi o pouco tempo de mandato, alegado por um dos que desistiu. Agora, a duas semanas da decisão, os vilhenenses vão optar se querem uma representante da poderosa família Donadon novamente comandando a Prefeitura ou se vão optar por um nome novo na política do Cone Sul.
PERGUNTINHA
Você compreendeu integralmente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que mandou retirar do ar e de redes sociais vídeo, denunciando atos de corrupção do ex-presidente Lula, afirmando que “mesmo que o que está sendo divulgado seja verdade, o caso pode levar a uma interpretação errônea” sobre o candidato?