A ex-atleta de vôlei Isabel Salgado, que morreu na madrugada desta quarta-feira (16), aos 62 anos, participaria do grupo de transição para contribuir com as necessidades do esporte para o próximo governo.
Ela foi anunciada pelo vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB) na segunda-feira (14).
Isabel trabalharia na transição ao lado da também ex-atleta de vôlei Ana Moser, do ex-jogador de futebol Raí, do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, e da atleta paralímpica Verônica Hipólito.
A causa da morte ainda não foi confirmada, mas Isabel estava internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A informação foi confirmada por Alckmin à Record TV.
Nas redes sociais, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou a morte da ex-atleta e disse que ela foi um símbolo para o esporte e defesa de ideais. “Seu pioneirismo no esporte abriu as portas para muitas brasileiras. Suas conquistas levaram o Brasil a outro patamar na história do vôlei feminino”.
Nascida no Rio de Janeiro, a ex-atleta foi revelada pelo Flamengo e fez história por ter sido a primeira brasileira a atuar no vôlei europeu, quando vestiu as cores do Modena, da Itália, em 1980. Em 2016, Isabel estava entre os atletas brasileiros que carregaram a tocha olímpica.
Depois de se aposentar do vôlei de quadra, a ex-jogadora se tornou um nome importante também no vôlei de praia, em que atuou ao lado de Jackie Silva, amiga dos tempos de quadra. Anos mais tarde, Isabel se tornou treinadora.
Isabel deixa quatro filhos: Pilar, Maria Clara, Carol Solberg e Pedro Solberg — os últimos três seguiram os passos de atleta da mãe e se tornaram jogadores profissionais de vôlei de praia. Musa dos anos 1980, a ex-jogadora foi também treinadora das filhas na areia.