A disputa de duas chapas pela nova Mesa Diretora para o biênio 2023/2024, está gerando reflexos na sociedade com o desgaste institucional do Poder Legislativo devido à “lavagem de roupa suja” e acusações entre os membros da Casa de Leis (leia mais AQUI).
Na sessão legislativa da última segunda-feira, 12, ao responder a ataques de colegas, o presidente do Legislativo, João Pichek (Republicanos), sentindo-se pressionado, reafirmou que não é candidato à reeleição e cutucou colegas pelo silêncio da Comissão na Câmara que investiga o desvio de combustível na prefeitura de Cacoal, caso ocorrido em maio deste ano (leia mais AQUI).
Na ocasião, apesar do prefeito Adailton Fúria (PSD) determinar o afastamento de servidores, a responsabilidade caiu em cima dele. “Infelizmente, chega a notícia que eu mais temia: a corrupção na administração do prefeito Fúria. Até quando o povo que elegeu presenciará o silêncio estarrecedor dessa Casa e do prefeito de Cacoal perante tantas denúncias de irregularidades no Poder Executivo?” disse o vereador Paulo Henrique (PTB), naquela oportunidade (leia mais AQUI).
Na sessão desta semana, Pichek levou o caso à tona e, também, justificou os motivos de ter nomeado uma Procuradora-Geral no Legislativo.
“Os mesmos vereadores que me bateram aqui, na tribuna, sobre a Procuradoria Geral, são os que depois falaram que era a melhor atitude que eu tive. Que Procuradoria Geral tem que existir, sim, se caso qualquer presidente dessa Casa precisar usar. E foi o que eu fiz. Até porque os mesmos vereadores que fazem parte desta Mesa, estavam articulando nas minhas costas. Fazendo reuniões. E vem falar que respeita à Mesa? Deixa de demagogia. Pode falar, espernear, fazer o que for. Eu nasci com costa larga. Já deixei claro que não venho para reeleição. Eu disse isso no começo do meu mandato e não negociei nada. Eu honro os votos que obtive. Eu não negocio minha família. Eu tive a coragem de criar uma comissão para investigar o esquema de combustível em Cacoal. Mas ninguém fala sobre isso. Porque não falam? Todo mundo em silêncio”, questionou.
Na sequência, o vereador Paulinho do Cinema pediu “pela ordem” e disse que “a comissão entregará o relatório até o final do vosso mandato”. Momento em que Pichek respondeu: “Obrigado, vereador, por esclarecer, agora. Somente agora. Porque se eu não tivesse pedido, ninguém dava nem esclarecimento”.
No final de sessão, a eleição foi adiada novamente, sem data para ser realizada, apesar do Regimento Interno da Casa determinar que seja feita na primeira sessão de dezembro do segundo ano de mandato.