A Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão em flagrante de George Washington de Oliveira Souza, suspeito de montar explosivos que foram encontrados perto do Aeroporto de Brasília.
A decisão é da manhã deste domingo (25). À tarde, ele foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda.
Georges é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). O processo contra ele corre em segredo de justiça. No momento da audiência de custódia, o juiz considerou que ele deveria continuar algemado, ou não seria possível “garantir, caso fossem retiradas as algemas, a segurança da escolta, no momento em que o autuado viesse a sair da sala de videoconferência”.
Em depoimento à Polícia Civil do DF, Georges afirmou que mora no Pará e que foi a Brasília para participar de manifestações contra o resultado das eleições na frente do Quartel General do Exército.
Ele afirmou, ainda, que a ideia era usar os explosivos para causar danos à rede elétrica do DF e provocar “caos’. Georges disse que outro homem foi responsável por deixar o material nas proximidades do aeroporto.
O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) pediu a conversão para a preventiva. Defensores do empresário pediram a liberdade provisória. “No caso em análise, após os relatos do custodiado e analisando os elementos concretos existentes nestes autos, entendo que emergem fundamentos concretos para a manutenção da sua prisão cautelar”, afirmou o magistrado.
Além de deixar o explosivo no aeroporto, a polícia apreendeu com o suspeito grande quantidade de armamento. Entre o material recolhido pelos agentes estão, segundo o juiz elencou na audiência de custódia: “um fuzil AR10, duas espingardas calibre 12, 30 cartelas de munição 357 magnum, 39 cartelas de munição 9 mm contendo contendo 10 munições intactas não deflagradas, duas caixas contendo 50 munições de 9 mm, entre outros, capazes de causar danos a uma grande quantidade de pessoas e bens”.
Diante das provas e do depoimento, a Justiça considerou que Washington representa risco à sociedade e liberá-lo provocaria “risco à incolumidade pública. Além disso, o suspeito não tem residência fixa no DF, o que poderia caracterizar “risco para a conclusão da instrução processual”.