João Antônio acompanha a esposa no Hospital do Amor/Foto: Família

A professora Doralice Mendes da Rocha, de 70 anos, está internada no Hospital do Amor, em Porto Velho (RO), desde 4 de janeiro, tratando, ainda, das consequência de um câncer maligno no útero que, a princípio, foi tratado e curado.

O diagnóstico é de 2017. Durante o tratamento do câncer, houve uma metástase e a paciente perdeu um rim.

Na virada do ano de 2022, a professora voltou a passar mal e foi levada para o Hospital Regional de Vilhena. Ficou quatro dias na unidade e foi transferida às pressas para a capital, em decorrência de uma infecção generalizada provocada a partir do catéter colocado no rim. “Ela sobreviveu por milagre à infecção”, resume sua filha, também professora, Josy Mary.

Segundo Josy, o quadro era gravíssimo, pois os médicos de Vilhena teriam dito que eram 99% as chances de ela falecer. “Não temos dúvida do milagre de Deus”, destaca a filha, teorizando que “todo o bem prestado por ela nesta vida voltou de forma maravilhosa”. Afinal, conforme narra Josy, “minha mãe foi recebida por uma equipe maravilhosa de especialistas, no Hospital do Amor”.

Felizmente, Doralice reagiu bem ao tratamento nos últimos dias, saiu da UTI no dia 10 e está atualmente na enfermaria; com previsão de alta nesta sexta-feira, 20. A família comemora o progresso e espera que a pioneira e benemérita vilhenense possa voltar, em breve, para casa.

AMOR AO PRÓXIMO

“Tia Dora”, como é conhecida, é uma pioneira. A paranaense mora em Vilhena há 49 anos, desde que aqui ainda era uma vila e ela uma recém-casada buscando, com o marido, novas oportunidades.

Começou a carreira na educação atuando nos 3º e 4º anos da única escola que havia na vila, a Wilson Camargo. Deste período surgiu o codinome “Tia Dora”, pois era assim tratada pelos pequenos alunos. Atuou, a partir de 1985, como diretora da Escola Estadual Álvares de Azevedo e, também, foi eleita vereadora, em 1992, tendo como pautas principais a educação, o esporte e a assistência social.

Dedicou anos de sua vida à Creche Tia Dora, inaugurada em 1996, atendendo a centenas de crianças carentes, graças a contribuições que ela conseguia — com muito esforço e resiliência — para manter o projeto. Até que o Governo do Estado lhe tomou o terreno, há pouco tempo, encerrando as atividades, depois de mais de duas décadas.

Apaixonada por crianças, a educadora e o esposo João Antônio da Rocha tiveram seis filhos biológicos e adotaram outros seis.

sicoob

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