As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Boletim Focus elevaram de 5,39% para 5,48% a previsão para a inflação mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. A nova estimativa foi divulgado na manhã desta segunda-feira (23).
A previsão de inflação nos preços administrados — que são controlados por contrato ou pelo poder público — aumentou de 6,95% para 7,25%. Enquanto isso, a a projeção para a inflação via Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu de 4,67% para 4,69%.
Para 2024, as instituições financeiras elevaram de 3,70% para 3,84% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A previsão de inflação nos preços administrados em 2024 aumentou de 4,00% para 4,12%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 4,03%.
Inflação, PIB, juros, câmbio e superávit comercial
A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 elevou de 0,77% para 0,79%. As instituições consultadas no Boletim Focus mantiveram em 12,50% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023. Para 2024, a estimativa para a taxa Selic subiu de 9,25% para 9,30%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 5,28 por dólar, enquanto a estimativa para 2024 manteve-se em R$ 5,30 por dólar.
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram a previsão de superávit comercial em 2023 para US$ 58,00 bilhões, de US$ 57,20 bilhões na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).
Por fim, a previsão para o saldo em conta corrente — que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda — foi de déficit de US$ 46,00 bilhões, igual ao saldo negativo de US$ 46,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2023 ficou estável em US$ 80,00 bilhões.