Em 2008, com discursos cheios de pompa e circunstância, começaram as obras de mais um conjunto habitacional em Porto velho, que deveria amenizar a crise de falta de habitação, principalmente para famílias mais pobres.
Cinco anos depois, em 2013, um vídeo de um programa jornalístico da TV Rondônia anunciava, efusivamente, a tentativa de retomada das obras do conjunto habitacional popular Mato Grosso, em Porto Velho. Havia dois anos, portanto desde 2011, que tudo estava paralisado.
Mais um sonho encurtado por uma série de fatores. Mais um pacote de dinheiro público jogado no lixo. Passaram-se quase 12 anos e, agora, sem outra opção, porque os prédios podem cair, depois de invadidos ilegalmente por várias famílias, a Prefeitura decidiu demolir tudo, por absoluta falta de condições de manter o conjunto em pé. Lá em 2013, a previsão é de que seriam necessários pelo menos 7 milhões de reais, valores da época, para que o local fosse colocado em condições de receber moradores.
Quando visitaram o local, ainda incipiente, há mais de uma década, uma equipe de 25 técnicos, entre eles engenheiros e arquitetos, já achava que seria difícil tornar os prédios habitáveis, até porque muita coisa que estava construída, o estava fora das normas corretas. Localizado em área próxima ao centro da Capital (na avenida Raimundo Cantuária com Getúlio Vargas), no bairro Mato Grosso, uma obra prevista para ser entregue em cerca de dois anos, acabou abandonada, por uma série infindável de irregularidades, incluindo-se aí projetos totalmente mal feitos.
Projetado com nove blocos, dezenas de apartamentos e uma boa infraestrutura projetada. Pouca coisa saiu do papel. Os nove blocos chegaram a ser erguidos e vários apartamentos também, embora a partir de determinado momento, a empresa que venceu a concorrência desistiu da obra, como ocorre em tantos outros empreendimentos, não só em Rondônia, mas também em todo o país. Os entraves para a conclusão do conjunto nunca foram superados.
Quase 30 famílias que tinham invadido o local, em 2013, foram retiradas, mas tempos depois, outras tantas voltaram. Passado todo este tempo, os prédios correm o risco de caírem. Depois de vários estudos, a Prefeitura da Capital teve que tomar a decisão para dar início à demolição, o que começou a ocorrer na quarta-feira. Enfim, mais uma entre tantas obras que, mesmo engolindo dezenas de milhares de reais, senão milhões, jamais foram concluídas e entregues. A reportagem de 2013, que contava parte do drama, pode ser assistida pelo link https://globoplay.globo.com/v/3026210/.
ROCHA E GOVERNADORES TÊM PRIMEIRO ENCONTRO COM LULA DEPOIS DA ELEIÇÃO. RONDÔNIA APRESENTARÁ VÁRIAS REIVINDICAÇÕES
A sexta-feira marca o primeiro encontro do governador Marcos Rocha com o presidente Lula, que ainda não completou seu primeiro mês de mandato. Rocha, junto com os demais governadores brasileiros, realizaram um Fórum nacional em Brasília, para criar as pautas que serão encaminhadas ao Presidente, na reunião agendada para o Palácio do Planalto. Cada governante deverá apresentar suas principais demandas. O reeleito governador rondoniense vai pedir prioridade para ações como a regularização fundiária, com a passagem de glebas federais ao Estado, para organizar o sistema de propriedade rural e promover segurança jurídica. Certamente esta proposta não terá nenhuma simpatia do governo petista, mas é pauta prioritária para a administração rondoniense. Rocha vai reivindicar também a construção da ponte binacional ligando Guajará Mirim ao lado boliviano. O projeto já existe há muito tempo e, essa sim, pode ser uma proposta com viabilidade perante os planos do governo federal. Dois outros projetos importantes serão levados a Lula. Um deles, a reestruturação do Porto Organizado de Porto Velho, para aumento de movimentação de cargas, alfandegamento e outras necessidades. A viabilização da Ferrovia Transoceânica EF 354, um sonho antigo de toda a região, também fará parte do pacote de medidas. Como Lula já avisou que pretende ir a vários Estados brasileiros em breve, é possível que Rondônia entre na sua agenda de visitas em breve.
POSIÇÃO POLÍTICA DOS GOVERNADORES ELEITOS: SÃO 14 BOLSONARISTAS, ONZE LULISTAS E DOIS ESTÃO EM CIMA DO MURO
Obviamente que o resultado das urnas, o vencedor e o andamento do novo governo podem mudar tudo, mas até agora, dos 27 governadores eleitos ou reeleitos, 15 se apresentaram como bolsonaristas, 10 como lulistas e dois ficaram próximos ao muro ou em cima dele. Na relação de governadores eleitos no ano passado e que recém tomaram posse para o primeiro ou segundo mandato, elegeram-se com as bases conservadoras ou antiesquerda, a maioria bolsonarista, os seguintes governadores: Wilson Lima (Amazonas), Gladson Cameli (Acre), Antonio Denarium (Roraima), Coronel Marcos Rocha (Rondônia), Mauro Mendes (Mato Grosso)Eduardo Redel (Mato Grosso do Sul), Vanderlei Barbosa (Tocantins), Ibanes Rocha (Distrito Federal), Romeu Zema (Minas Gerais), Tarcísio de Freitas (São Paulo, o maior colégio eleitoral do país), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Ratinho Júnior (Paraná), Jorginho Melo (Santa Catarina) e Ronaldo Caiado (Goiás).
Já o Lula, o presidente eleito, tem ao seu lado os governadores Helder Barbalho (Pará), Clécio Vieira (Amapá), Carlos Brandão (Maranhão), Rafael Fonteles (Piauí), Elmano de Freitas (Ceará), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), João Azevedo (Paraíba), Paulo Dantas (Alagoas), Fábio Mitidier (Sergipe), Jerônimo Rodrigues (Bahia) e Renato Casagrande (Sergipe). Os dois que estão em cima do muro são o gaúcho Eduardo Leite, tucano e a pernambucana Raquel Lira.
TEMPORAL INUNDA VÁRIAS ÁREAS DA CAPITAL. PREFEITO DIZ QUE CONTINUARÁ LUTANDO PARA AMENIZAR AS INUNDAÇÕES
Era visível a preocupação do prefeito Hildon Chaves na Live que ele divulgou na manhã da quarta-feira, pelo Facebook, falando sobre o temporal que se abateu sobre Porto Velho durante horas a fio, causando alagamentos em vários pontos da Capital. O volume de chuvas, em poucas horas, foi o mesmo do que se registraria normalmente em uma semana. Grandes alagamentos ocorreram na avenida; nas avenidas Rio Madeira, Guaporé, Calama, Buenos Aires, Pinheiro Machado e em vários bairros, onde a população sempre sofre mais quando a natureza se pronuncia com tanta força.
Na sua Live, o Prefeito falou sobre o temporal, afirmando que está lutando para acabar com as alagações, mas que não há como vencer uma força tão descontrolada da natureza. A verdade é que mesmo em locais onde foram feitas obras importantes, mesmo assim as águas tomaram conta. Houve exceções, é claro. Um deles se registrou no bairro Lagoa, que sempre ficava embaixo d´água com qualquer chuva mais forte, mas que com o pacote de obras profundas realizadas, simplesmente foi superado um problema da alagação que já ocorria há mais. Só no Lagoa, a Prefeitura investiu perto de 20 milhões de reais. Na Live, Hildon Chaves garantiu que continuará trabalhando duramente para combater as alagações na sua cidade.
MARCOLA FICOU POUCO MAIS DE DEZ MESES EM PORTO VELHO, TRANSFERIDO DE NOVO PARA BRASÍLIA. QUANDO VOLTARÁ?
Vai, volta, vai, volta! Um dos maiores chefes do crime organizado no país, Marcos Camacho, o famoso Marcola, condenado a mais de 300 anos de prisão, ficou menos de um ano no presídio federal de Porto Velho. Fora transferido para cá por suspeita de um plano de fuga para tentar resgatá-lo em Brasília, onde estava preso. O mesmo motivo, aliás, para levá-lo de volta. Investigações davam conta de que agora era Porto Velho o alvo da bandidagem, que queria levar Marcola para a liberdade. Dez meses depois, o Ministério da Justiça o retirou novamente daqui e o transferiu para onde? Exatamente para Brasília, lá onde havia um plano pronto para tirá-lo do presídio de segurança máxima. Daqui a algum tempo, poderemos novamente receber este hóspede indesejado, pelas constantes transferências que ele recebe. As constantes mudanças de presídios federais, ao menos até agora, têm sido importantes para que os planos de resgate dos grandes chefões das organizações criminosas (Marcola é o poderoso comandante do PCC, mesmo estando dentro das cadeias há anos) não consigam sucesso. O problema, principalmente em regiões mais distantes, como a nossa, é que, quando um preso desse quilate chega, aportam também dezenas dos seus “capos”, amigos, familiares e toda uma estrutura de poder, que, obviamente, afeta a segurança pública. Sem Marcola por aqui, é um alívio, mesmo que momentâneo.
SETENTA MIL FORAM PEGOS COM A BOCA NA BOTIJA, FURTANDO ENERGIA ATRAVÉS DE “GATOS” APENAS NO ANO PASSADO
Os números são impressionantes. Com o dinheiro dos impostos roubados pelos “gatos” de energia elétrica só em Rondônia, se poderia custear os estudos de nada menos do que 31 mil estudantes nas nossas escolas. Ou, na área da saúde, se teria comprado 751 ambulâncias. Mais ainda: com os 100 milhões de reais não arrecadados em tributos, nosso Estado poderia ter construído nada menos do que 1.073 casas populares. Rondônia, historicamente, é um Estado onde, proporcionalmente, existem mais “gatos” de energia. Na Capital, principalmente, são famosas as fotos de centenas de fios, uns sobre os outros, desviando a energia dos postes. Nos últimos anos a situação melhorou, graças à fiscalização, ao combate e até as denúncias feitas por quem é prejudicado e que relata a situação do furto de energia. Mas o problema ainda é sério. A tal ponto que só no ano passado, a Energisa, empresa responsável pela distribuição, autuou nada menos do que 70 mil rondonienses que utilizavam, ilegalmente a energia elétrica, sem pagar absolutamente nada por ela e causando sérios problemas não só ao sistema, mas também ao preço pago por aqueles consumidores que são corretos e que jamais praticam este tipo de crime. A Energisa fiscaliza com frequência a rede elétrica para constatar irregularidades, mas as denúncias também são fundamentais para combater os atos criminosos. Ligações clandestinas e fraudes nos medidores podem ser denunciadas de forma anônima pelo telefone 0800 647 0120 ou pelo whats app www.gisa.energisa.com.br e ainda pelo aplicativo Energisa On.
EXPEDITO NETTO NO MINISTÉRIO DA PESCA E ANSELMO DE JESUS COTADO PARA O INCRA. OUTRAS NOMEAÇÕES AINDA SÃO AGUARDADAS
As nomeações para cargos federais em Rondônia, pelo novo governo Lula, ainda estão sendo feitas a conta-gotas. Por enquanto, a função mais importante já definida é a chegada da primeira mulher a comandar a Polícia Federal no Estado, a delegada Larissa Magalhães Nascimento. Já entre os políticos, a única nomeação dada como certa, mas já em nível de governo, é a do ainda deputado federal Expedito Netto, que deve ser o adjunto do Ministério da Pesca. A nomeação deve sair em fevereiro, logo que acabe o mandato dele. Já em relação a outros petistas ou aliados, não existem ainda decisões definitivas, embora algumas já estejam sendo dadas como certas. Um dos nomes que já teriam o sinal verde do Planalto, seria o do três vezes deputado federal Anselmo de Jesus, para comandar o Incra no Estado. Anselmo sempre foi muito próximo a Lula e esteve com o agora Presidente na campanha recente, quando ele concorreu a vice-governador na chapa liderada por Daniel Pereira. O próprio Daniel, aliás, tem sido citado como provável ocupante de um cargo federal, mas até agora, sem confirmação. O mesmo se diz de Fátima Cleide, o mais quente nome do petismo rondoniense, dona de mais de 28 mil votos para deputada federal na última eleição. Nos próximos dias, se saberá qual a posição que Fátima ocupará, se em Rondônia ou em Brasília. Por enquanto, não há mais detalhes sobre o assunto.
COMEÇA EM FEVEREIRO MAIS UMA DOSE EXTRA DE VACINA CONTRA A COVID, PARA GRUPOS PRIORITÁRIOS
Vem aí mais uma dose especial de vacinação contra a Covid, principalmente para os brasileiros e rondonienses que fazem parte dos grupos de risco. A aplicação começará a partir de fevereiro, mas somente para quem tomou pelo meses duas doses anteriores. O programa de imunização, com o reforço da nova vacina bivalente da Pfizer, que oferece proteção específica contra a variante Ômicron do coronavírus, terá quatro etapas. Na primeira fase, serão vacinadas pessoas com mais de 70 anos, residentes em instituições de longa permanência, pessoas na faixa dos imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. A segunda fase será para pessoas entre 60 e 69 anos. Na terceira, gestantes e mamães recentes e, na última, os profissionais da saúde. Já no mês que vem, estarão à disposição cerca de 49 milhões de doses, apenas para este público-alvo. Em Rondônia, até a quinta-feira, tinham sido registradas 479.385 pessoas contaminadas, 9.100 casos ainda ativos, 7.420 mortos e 38 pacientes internados.
PERGUNTINHA
Você ainda teme por termos um Presídio Federal que recebe os maiores criminosos do país, a menos de 50 quilômetros do centro da Capital ou acha que a segurança máxima garante que não há riscos de fuga e nem perigo para a população?