Os preços abaixo do esperado pelo produtor de arroz nos últimos anos levaram os arrozeiros do Rio Grande do Sul a investirem na diversificação da lavoura.
Culturas como soja e milho vem mostrando bons resultados em terras baixas e ajudam a equilibrar os custos da propriedade.
O Rio Grande do Sul produz cerca de 70% do arroz brasileiro e tudo na metade sul.
Segundo o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), a cultura que chegou a ocupar 1,7 milhão de hectares na safra 2010/11, soma apenas 862 mil hectares neste ciclo.
A área de arroz caiu 10% e a de soja aumentou 100 mil hectares, chegando a 500 mil hectares sobre a área de arroz.
O estudo dos cultivos em terras baixas acontece há décadas mas só recentemente ganhou força.
Nos últimos anos, no estado, é cada vez mais comum o arroz conviver com lavouras de soja.
O cultivo de soja na várzea, em terras baixas, vem mostrando a viabilidade produtiva.
Se plantar a oleaginosa na mesma área que produz arroz irrigado antes era inimaginável, hoje é fundamental para cobrir os custos e viabilizar o grão.
“A baixa rentabilidade do setor arrozeiro é o que está empurrando o produtor de arroz para outros grãos”, explica Alexandre Velho, presidente da Federarroz.
A soja tem preço mais estável e produção também já que a propriedade tem irrigação que vem de uma barragem feita pelos produtores e o milho também vem se configurando como boa alternativa podendo entrar em rotação ou sucessão de culturas.