O mercado físico do boi gordo segue com registro de negócios realizados acima das referências médias na Região Sudeste e também em algumas praças de produção e comercialização do Mato Grosso do Sul e em Goiás.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, esse movimento ocorre prioritariamente para animais que cumprem os requisitos de exportação para a China.
“ Esse ambiente altista é consequência de uma segunda quinzena do mês pautada por inexpressivo fluxo de negócios, levando ao encurtamento das escalas de abate nesses estados. No entanto, o quadro muda de figura quando a análise se direciona para a Região Norte e para o Mato Grosso, nessas praças o mercado permanece pressionado, com as indústrias locais testando preços cada vez mais baixo”, diz o comentarista.
Além disso, segundo o comentarista, as pastagens em boas condições fazem com que o pecuarista tenha a capacidade de cadenciar o ritmo dos negócios.
Dessa maneira, em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi subiu para R$ 282 .
Em Minas Gerais, os preços fecharam em R$ 282.
Simultaneamente, em Dourados (MS), a cotação se manteve R$ 258.
Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT), a arroba de boi gordo finalizou o dia cotada a R$ 248.
Já em Goiânia (GO), a arroba está em R$ 267.
Boi: mercado atacadista
Já os preços da carne bovina seguem acomodados no mercado atacadista.
De acordo com Iglesias, a primeira quinzena do mês pode motivar alguma alta dos preços no curto prazo, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição entre atacado e varejo.
“Já o grande entrave para altas mais consistentes está na frágil situação das proteínas concorrentes, em especial da carne de frango, ainda com sintomas de sobreoferta”, destaca o comentarista.
Então, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 14 por quilo. Já a ponta de agulha ficou com preço de R$ 14,30.
Por fim, o quarto traseiro do boi ficou cotado em R$ 19,80 por quilo.