Aquela empresa conquistou, depois de alguns anos de trabalho intenso e focado, um faturamento anual de um bilhão de reais.
Isso não é pouca coisa; pelo contrário, foi uma conquista brilhante. Muitos desejam idêntico resultado, porém poucos são os empresários competentes, visionários e preparados para enfrentar e vencer um desafio desses.
Trago este assunto à reflexão, com o objetivo de avaliar nossas convicções e valores, pessoais e profissionais, na gestão das organizações. Infelizmente, o autêntico espírito empreendedor não está presente e latente na alma de todos os empresários pátrios, uma vez que alguns deles foram convocados à gestão empresarial por laços familiares ou com o fim de substituir o pai no comando dos negócios. Diante desse fato, fica comprometida a expectativa de serem obtidos os resultados habituais do mercado.
Projetos bilionários são para poucos porque exigem das pessoas sonhos grandes, competências únicas, experiência e fibra. A habilidade de ser competitivo e eficiente; de superar seus concorrentes dia após dia; de criar e manter uma equipe unida e forte, sábia e produtiva, requer qualidades incomuns.
Há empresas de médio porte que desejariam ter um tamanho maior, porém não conseguem. Os obstáculos são muitos e as ameaças são enormes. Há uma sensação de impotência e insegurança, na mente dos administradores, a qual os inibe de levar adiante iniciativas marcantes, acompanhadas de avanços nos respectivos mercados.
Os empresários que anseiam participar da elite econômica, devem ter uma visão firme e uma crença inabalável de que seu projeto é viável, de que sua gestão é eficiente e de que os resultados projetados serão regularmente alcançados.
Entre outras coisas, é preciso ter: 1.-Confiança na qualidade e viabilidade econômica de seus produtos; 2.-Dispor de uma estrutura operacional compatível; 3.-Possuir um suporte logístico adequado; 4.-Ter recursos financeiros e respaldo creditício; 5.-Dispor de uma filosofia de trabalho comprovada e um espírito de equipe consolidado.
O problema de alguns é que o medo dos desafios é maior do que sua vontade de lutar; o temor da conjuntura são maiores do que as potencialidades do mercado; de que a falta de liderança, de espírito de equipe e de orientação para resultados, contaminem o planejamento operacional e financeiro.
Não esquecer que este é um país com problemas estruturais, tais como: Que ainda não se converteu totalmente ao capitalismo, nem às leis de livre mercado; que questiona os benefícios da livre concorrência; que admite que o estado é um bom gestor quando as evidências comprovam o contrário. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.