Delegado Regional Fábio Campos, Delegado do DHPP Núbio Lopes de Oliveira e Perito David Matos (Politec)/Foto: Extra de Rondônia

Na manhã desta sexta-feira, 10, o delegado Núbio Lopes de Oliveira, titular do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), da delegacia de Vilhena, acompanhado do Delegado Regional Fábio Campos e do Perito Criminal David Matos de Oliveira, em entrevista coletiva, falou sobre a conclusão do inquérito do assassinato de Carlos Garcia dos Santos Junior, popular (Juninho Laçador).

De acordo com Núbio Lopes, o crime começou a ser arquitetado em meados de novembro de 2022, quando na ocasião a arma, uma pistola, no qual não pertencia a família de Ana Clara Marquezini, mas estava guardada na propriedade foi furtada.

O Delegado disse que a primeira narrativa que o crime teria sido motivado por ganancia, haja vista, que Felipe Gabriel Campos da Silva, atual namorado de Ana Clara, estaria de olho nos bens da família e via em Ana uma oportunidade de mudar de vida, foi descartada durante as investigações.

A questão é que Ana não aceitava que Juninho estava em outro relacionamento e, com isso, rejeitava as tentativas de aproximação dela, mesmo ela estando namorado com Felipe, procurava de alguma forma se relacionar com Juninho e ele a rejeitava.

Com isso, ela começou a nutrir certa raiva do ex-namorado e começou a colocar na cabeça de Felipe que Juninho tinha que ser eliminado, e ela o desafiava a matá-lo, e dizia que ele não tinha coragem para isso.

Contudo, para agradar a namorada e satisfazer seu ego, Felipe conversou sobre o assunto com o amigo Kaio Cabral da Silva Pinho, no qual também foi desafiado por Ana, ela disse que ele também não tinha coragem para matar Juninho.

Entretanto, o delegado ressalta que o crime não teve uma sequência programada, foram atos pensados do dia para noite, no qual a arma usada para matar Juninho foi entregue a Kaio no dia do crime.

No dia do crime, Juninho estava treinando no Haras e duas porteiras que dá acesso a propriedade foram fechadas pelos envolvidos, obrigando a vítima a parar naquele local, e assim estava armada a embosca para matá-lo.

Núbio Lopes fala das dificuldades durante as investigações, pois foram dias exaustivos, haja vista, que o local onde aconteceu o crime é amplo e o trabalho da Polícia Técnica Cientifica (Politec) foi fundamental para juntar provas aos autos.

De acordo com o Perito Criminal David Matos de Oliveira, a preservação da área do crime pela Polícia Militar (PM) foi fundamental para que vestígios como rastros de pneus, pegadas entre outros colaborassem na identificação do autor e coautores.

O Perito ainda ressaltou que a arma usada no crime era legalizada e após o homicídio foi jogada em uma lagoa. Porém, apesar de todos os esforços a arma ainda não foi encontrada.

Todavia, as capsulas encontradas na região do crime foram enviadas para Porto Velho, onde passará por perícia, sendo que o proprietário da arma disponibilizou a perícia munições para serem comparadas.

David ainda ressalta a colaboração do Perito Valnei de Lima e Silva de Porto Velho, que se dispôs a trabalhar dia e noite na perícia dos aparelhos celulares dos suspeitos, apreendidos pela equipe de investigação, no qual pode-se extrair dados importantes para elucidar o caso.

O delegado regional Fábio Campos, agradeceu e elogiou o Poder Judiciário pela parceria e dedicação na solução do caso, analisando e concedendo pedido de prisões temporárias e preventivas mesmo de madrugada.

Por fim, Núbio Lopes de Oliveira, disse estar com sentimento do dever cumprido, pois sua equipe não mediu esforços para agregar provas aos autos e assim concluir o inquérito e indiciar Ana Clara como autora intelectual, Felipe como partícipe e Kaio como executor.

>>>Relembre o caso (AQUI), (AQUI), (AQUI), (AQUI), (AQUI) e (AQUI).

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