De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a sexta-feira (10) teve negociações acima da referência média.
Novamente, a alta dos preços no Mato Grosso do Sul é destaque. O cerne deste movimento é que as escalas de abate estão encurtadas, levando a indústria frigorífica a atuar de maneira mais contundente na compra de gado.
“ O movimento se iniciou de maneira mais rápida na Região Sudeste agora afeta de maneira mais incisiva Mato Grosso do Sul e Goiás. Mato Grosso e a Região Norte ainda destoam e apresentam movimentos mais tímidos, mas já contam com maior propensão a reajustes”, diz o comentarista.
Iglesias ainda destaca que os animais padrão China permanecem muito demandados, e carregam ágio de R$ 15/20 em relação a animais destinados a mercado doméstico.
Dessa maneira, em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi subiu para R$ 294.
Em Minas Gerais, os preços fecharam em R$ 297.
Simultaneamente, em Dourados (MS), a cotação se manteve R$ 267.
Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT), a arroba de boi gordo finalizou o dia cotada a R$ 246.
Já em Goiânia (GO), a arroba está em R$ 272.
Boi: mercado atacadista
O mercado atacadista apresentou preços mais altos para a carne bovina.
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De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta das cotações no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo.
“Mais uma vez é importante citar que a situação das proteínas concorrentes, em especial da carne de frango ainda é o grande limitador para altas mais consistentes da carne bovina no atacado”, destaca o comentarista.
Então, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 15,50 por quilo, alta de R$ 0,50. Já a ponta de agulha ficou com preço de R$ 15,15.
Por fim, o quarto traseiro do boi ficou cotado em R$ 20,50, preço R$ 0,50 maior por quilo.