As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa boletim Focus elevaram de 5,78% para 5,79% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. A nova estimativa do mercado foi apresentada na manhã desta segunda-feira (13).
A previsão de inflação nos preços administrados — que são controlados por contrato ou pelo poder público — também aumentou em relação à última semana: foi de 8,44% para 8,53%. Enquanto isso, a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) manteve-se em 4,60%.
Para 2024, a saber as instituições financeiras consultadas pelo boletim Focus também elevaram a projeção inflacionária. Antes estimada em 3,93%, a nova previsão é de IPCA em 4,00% no próximo ano. Além disso, a previsão de inflação nos preços administrados em 2024 aumentou de 4,24% para 4,29%. Por outro lado, a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 4,07%.
Inflação, PIB, taxa de juros, câmbio e balança comercial
De acordo com o material apresentado pelo BC sobre o boletim Focus desta semana, as instituições reduziram de 0,79% para 0,76% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A projeção para 2024 ficou estável, ou seja, em 1,50%.
As empresas ouvidas pelo Banco Central elevaram, a saber, de 12,50% para 12,75% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023. Para o próximo ano, a estimativa para a taxa Selic também foi nesse sentido: subiu de 9,75% para 10,00%.
Todavia, a projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável, em R$ 5,25 por dólar. Contudo, a estimativa para 2024 manteve-se em R$ 5,30 por dólar.
O boletim Focus reduziu a previsão de superávit comercial em 2023 para US$ 57,20 bilhões, de US$ 57,60 bilhões na semana passada. A saber, a balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).