Uma jovem morreu vítima de acidente em Porto Velho. Ela trafegava com sua moto Biz quando foi atropelada por um caminhão. Antes de morrer, foi levada ao hospital e deu à luz um menino.
A criança foi trazida para Vilhena e deixada com a avó paterna. Marli Freitas tem 52 anos, seis filhos e cria cinco netos, incluindo o bebê nascido da tragédia na capital.
Como nasceu precocemente, o menino apresenta problemas de saúde. Ele só se alimenta de um leite especial, o Neocate, utilizado para fins medicinais específicos. Custa, em média, R$ 240.
O leite é indicado para a gestão nutricional de alergia ao leite de vaca, alergias alimentares múltiplas, outras indicações para as quais é recomendada uma fórmula à base de aminoácidos.
Marli tem ajuda do Governo Federal e da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEAS). Os auxílios, porém, não são suficientes para garantir a sobrevivência da família.
“Além dos netos que eu crio, tem a mãe de quatro deles — que é solteira. Essa minha filha tem problemas de depressão. Eu tenho que trabalhar muito para manter tudo. Às vezes falta até o gás de cozinha, sou obrigada a cozinhar em fogão à lenha”, conta, lacrimejante, ao Extra de Rondônia.
A pobre mulher trabalha “carpindo datas”, como ela diz. Por terreno capinado com enxada, cobra entre R$ 50 e R$ 100. O problema é que nem sempre aparece serviço. “Às vezes fico até uma semana sem trabalho”.
Mãe de outros cinco filhos que moram em várias cidades, Marli é mineira e vive desde 1980 em Rondônia. Atualmente, sua casa fica na Rua Paraíba, 2072, no Setor 19. Quem puder/quiser ajudá-la terá que ir pessoalmente ao local. “Eu nunca tive condições de comprar um celular”, encerra.