O grupo não é dos maiores. Umas 50 pessoas, talvez. Mas, pelo menos, o Carnaval 2023 não passou em branco em Vilhena.
Com direito a trio-elétrico (com som eletrônico), a galera do “Bloco Canelinhas na Folia” agitou a Avenida Major Amarante, no sábado, 18.
O “bloquinho” fez tudo o que tinha direito, e não faltou até o estandarte tradicional, igual aos dos carnavais das antigas. Ah, e teve também as marchinhas clássicas. À altura da praça Nossa Senhora Aparecida, o som que vinha do caminhão era um velho axé: “O amor de Julieta e Romeu”, gravado há 27 anos por Daniela Mercury.
A concentração inicial dos foliões foi na Banca do Zoio, às 16h. Seguiram pela Major até chegar a Diip, boate que abriu as portas de graça para os membros do bloco.
A idealização do movimento foi coordenada pelo professor Jeferson Batista, a teatróloga Valdete Souza e a professora Janete Maria Warta. Muitas amantes da folia não perderam a oportunidade de aderirem. Teve a presença até da vereadora Vívian Repessold, que agitou do começo ao fim.
A saída do bloco isolado às ruas foi um ato de resistência ou um protesto contra a apatia de quem não curte a cultura popular. Faz nove anos que Vilhena não tem Carnaval promovido pela prefeitura.
Boa parte dos jovens que estavam na brincadeira estreou na avenida (igual o bloco). Nunca, antes, tiveram acesso à folia que toma conta de muitos lugares no país. Em Porto Velho, por exemplo, o bloco “Banda do Vai Quem Quer” arrasta mais de 100 mil pessoas — é o maior do Norte do Brasil.
POR QUE CANELINHAS?
O nome do bloco que estreou no Carnaval 2023 em Vilhena foi inspirado num rio que fica próximo da zona urbana de Vilhena. É um riozinho raso e que molha as canelinhas, apenas.
Mas onde fica o Rio Canelinhas? A parte do leito frequentada por banhistas fica a uns três quilômetros do centro. Basta ir pela rua 1005, de onde se entra numa estada à direita de quem segue no sentido Clube dos Estados/Setor Chacareiro.