O Ministério do Desenvolvimento Social anunciou que ao menos 1,55 milhão de beneficiários do Bolsa Família deixarão o programa em março porque o governo Lula já comprovou que eles recebiam o auxílio de forma irregular.
Segundo a estimativa do ministro Wellington Dias, que comanda a pasta responsável pelo programa de transferência de renda, até o mês de maio cerca de 2,5 milhões de pessoas serão excluídos, conforme a revisão do Cadastro Único (CadÚnico) for finalizada.
“Já agora, em março, vamos tirar mais de 1,5 milhão de famílias dessas cerca de cinco milhões em que estamos focados.
Temos segurança de que essas não preenchem os requisitos”, diz Dias. Até a manhã desta sexta-feira, 24, segundo a pasta, 2.265 pessoas pediram, voluntariamente, para sair do programa através do aplicativo Cadastro Único por uma funcionalidade de autoexclusão de cadastros unilaterais realizados de maneira incorreta. No total, o pente-fino feito pelo governo federal já havia identificado cinco milhões de beneficiários com alta probabilidade de irregularidades cadastrais.
Ainda segundo o ministro, outros 700 mil beneficiários – que estavam fora da folha de pagamentos do governo federal – passarão a integrar o programa a partir do próximo mês. “Com a busca ativa e a rede do Sistema Único de Assistência Social, os quais são muito preparadas e muito competentes, nós temos condições agora de trazer também para o recebimento quem tem o direito e estava na fila, estava fora”, explica Wellington Dias. “A decisão do presidente Lula é dar a mão a essas pessoas e trazê-las para o programa.
Aproximadamente 700 mil já entrarão agora em março”, completou. Entre saídas e novas inclusões, o Ministério do Desenvolvimento Regional estima que cerca de 21 milhões de beneficiários seguirão cadastrados e aptos para receber o auxílio.