Todo ano a história se repete. Sempre alguém reclama de “sumiço” de restos mortais ou da remoção de jazigos no Cemitério Cristo Rei, em Vilhena.
Desta vez, é uma mulher de São Paulo que entrou em contato com o Extra de Rondônia alegando que havia a suspeita de que sepultura de sua avó havia “desaparecido”.
A reclamante disse que uma parente dela tinha ido ao local e que o túmulo não estava mais lá. Ela apontou à reportagem, pelo WhatsApp, o local onde ocorreu o enterro, em 2007.
O EXTRA entrou em contato com a direção do cemitério. O diretor Pedro Rocha esclareceu que o túmulo está no mesmo lugar, só que sem qualquer placa de identificação. O nome da cidadã e o local estão compatíveis com os registros.
Em 2012, quando foi feito o levantamento de todos os túmulos identificados no cemitério, estava incluído o da cidadã. “O túmulo está tomado pelo lodo. Vou limpar ele, vai faltar só a lápide”, promete a coveira Shuellem da Silva.
SUMIÇO DE PLACAS
Os trabalhadores do cemitério estão atentos ao sumiço de placas de identificação dos túmulos. O muro baixo e a iluminação precária favorecem a entrada de marginais no local.
Embora vigilantes, os funcionários ainda não conseguiram flagrar nenhum furto durante o dia. O provável é que os criminosos entrem no cemitério durante a noite.
Em Vilhena, a situação não é grave, se comparada com a de outras cidades. “Aqui houve alguns casos isolados”. Objetos feitos com bronze — placas e imagens religiosas — são os preferidos pelos que cometem esses furtos em todos os pontos do país.