Líder indígena reconhecido internacionalmente, Almir Suruí recebeu em Manaus (AM), nesta segunda-feira, 27, o Prêmio ‘Nobel Verde’.
Almir é líder na Terra Indígena Sete de Setembro, localizada em Cacoal (RO).
O Prêmio Nobel Verde tem o nome oficial de “United Earth Amazônia Award” e foi conferido pela ONG homônima conduzida pelo sueco Marcos Nobel, sobrinho-bisneto do criador do prêmio mais importante do mundo.
Além de Almir Suruí, foram homenageadas outros cinco projetos e personalidades que defendem o meio ambiente. Entre elas, o “rei” Roberto Carlos, na categoria arte. O artista foi lembrado por ter gravado, em 1989, a música “Amazônia” [composição sua com Erasmo Carlos] que ele cantou durante a cerimônia, acompanhado pela Orquestra de Câmara do Amazonas, regida pelo maestro Marcelo de Jesus.
O Prêmio Nobel Verde será outorgado anualmente, cada edição em um país. O idealizador explicou o porquê de ter escolhido Manaus para a estreia: “Eu ouvi a música do Roberto e me senti inspirado a entregar o prêmio aqui nesta cidade. O Nobel Verde já estava projetado há quase 100 anos pelo meu pai, Claes Nobel”, que faleceu em 2021. Ele foi o fundador da National Society of High School Scholars.
Almir Suruí recebeu o prêmio por conta do “Projeto Pamine – Renascer da Floresta”. Ele discursou falando que “em 2000, quando vimos sair aproximadamente 400 caminhões de madeira de nossa terra, decidimos que tínhamos que plantar de novo”. Foi um “renascimento” da comunidade indígena que tornou-se referência em sustentabilidade. Hoje, inclusive, cultiva um café premiado e desenvolve o ecoturismo.